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  1. Alexandre P Cabral de Medeiros

    Certeiro. Na pós-modernidade professores repetem como papagaios que a escola tem que ensinar a pensar. Errado. A função da escola é ensinar sobretudo língua e matemática, sem as quais a criança nunca vai aprender a pesar. Por isso, sou totalmente contra ensinar sociologia e filosofia no ensino médio para alunos que saíram do fundamental sem saber ler, escrever, nem calcular as quatro operações básicas.

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  2. Galdino Formiga

    É bom ler um artigo sobre literatura. A política nacional é podre.

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  3. MILTON AKIRA KIYOTANI

    Na infância, li livros da Melhoramentos que apresentavam clássicos resumidos em linguagem mais simples: Ilha do Tesouro, 3 Mosquiteiros, etc. No antigo ginásio, os livros didáticos de português apresentavam textos de autores brasileiros e portugueses. Nessa época, li muito de José de Alencar. Machado, Eça, Camilo, vim a ler depois. Era comum, clube de livros. Incentivar a ler é mais importante que indicar autores e obrigar a lê-los.

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  4. Daniel Liaz

    Assino em baixo

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  5. RODRIGO NAFTAL

    Hélio. O clássico deve sim ser valorizado..Mas acho que há clássicos mais apropriados para os jovens. A cartomante, Missa do Galo, A causa secreta são contos mais apropriados para o jovem. Senhora, O Ateneu, Iracema, parece-me livros mais enfadonhos para o ensino mdio O ideal seria um mix de literatura atual, que não necessariamente precisa ser maniqueísta, e os grandes clássicos.

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  6. alfredo araujo

    Acho delicioso ler Machado hoje e sempre e é bom lembrar que o vocabulário d'antanho é mais rico e não usual para os nossos adolescentes,daí o estranhamento.Quem sabe, hoje em dia,o que é conhecer uma pessoa "de chapéu",ou dizer se alguém tem "fumos" de intelectual?

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    1. MARCOS BENASSI

      D'antanho é um bagulho lindo, tipo alhures. As línguas são maravilhosas.

  7. ANTONIO AD LIO BELMONTE FERREIRA DE CARVALHO

    Antes da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil o aluno que terminava o segundo grau tinha em seu currículo a cumprir o estudo da Literatura, o que incluía razoavelmente clássicos e modernos. Cheira a analfabetismo alguém terminar o curso médio no Brasil sem conhecer a estrutura da Literatura Brasileira, de Gonçalves Dias a Mário de Andrade. Machado, resume em si, todo o esplendor das letras brasileiras. E sua leitura é fácil e agradável ao não ser para os ALIENISTAS.

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  8. Flávio Guilherme

    Penso que a educação deveria ser reformulada: além da questão da leitura, inserir nas grades disciplinas que fomentem o desenvolvimento do cidadão enquanto ser pensante. Filosofia, Direito, sociologia, comunicação (que envolveria retórica, argumentação, línguas etc), mantendo, obviamente, o que é indispensável, como lógica (englobando matemática, geometria etc). Atualmente o ensino se resume a um preparatório para vestibular, para quem terá condições de cursar uma faculdade.

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  9. RODRIGO DORNELLES

    A questão não é: ler ou não Machado. Mas COMO ler o "Bruxo do Cosme Velho".

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    1. MARCOS BENASSI

      Podicrê!

  10. RODRIGO DORNELLES

    Se é verdade que "não nos perguntamos se a trigonometria é mais ou menos "divertida" que a análise combinatória nem se as agruras de uma cotangente tiram o gosto da garotada pela matemática", também é verdade que aqueles que discutem o ensino da matemática também se perguntam se não há modos mais instigantes/interessantes ou mesmo "divertidas" de ensinar a disciplina de Pitágoras.

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  11. Paulo Silva Barbosa

    Gostar de ler deve sempre um incentivo aos alunos e os cidadãos de modo geral, onde faz ter uma visão crítica e real do pensamento e o comportamento da sociedade , que pode influenciar para melhor ou pior conforme saber interpretar e adotar estas leituras .

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  12. Wil Prado

    Você matou a questão a pau, Adonay. Em um país onde o próprio presidente diz que os livros são complicados, porque estão cheios de coisas, e que só é possível ler no máximo 15 páginas por dia, esperar o quê dos estudantes? "Grande-Sertão: Veredas"? "Fogo Morto"? Vão sempre optar pelo mais fácil. E o mais fácil é a banalidade dos ditos influenciadores, eufemismo de oportunistas digitais.

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    1. MARCOS BENASSI

      Então, Will, a gente não tem que esperar pela opção, a opção é do docente, é isso que tem que entrar no trabalho cotidiano, fim de papo. De pode ser delicioso, advogo isso com toda firmeza que posso.

  13. DEROCY GIACOMO CIRILLO SILVA

    Penso que a leitura dos clássicos serve, antes de tudo, para aprendizado e aprimoramento/opção de estilo e enriquecimento de vocabulário. Uns são mais rebuscados, outros mais contidos. Quanto ao conteúdo, o leitor, a partir de sua formação, memórias e imaginação, é quem vai estabelecer até que ponto o autor é mais ou menos interessante, como, aliás, ocorre em todas as leituras.

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  14. José Cardoso

    O Paulo Freire sempre enfatizou a importância do contexto social e material dos alunos no processo de alfabetização. No caso da literatura é semelhante. O importante é saber ler e escrever corretamente, e para isso o melhor é que os alunos leiam e escrevam sobre assuntos que despertem seu interesse. Lembro de uma professora nos anos 60 falando sobre a letra de Roda Viva do Chico Buarque. Isso ficou na minha memória porque era uma absoluta exceção. Típicos eram textos do século 19.

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    1. MARCOS BENASSI

      Prezado José, cara, uma das coisas que me dói é a ignorância do xingamento ao Paulo Freire. Ele próprio, tão educado, tão tolerante, é horrível a violência contra a figura da delicadeza. Répteis mentais, contudo, hoje estão na moda...

  15. Wil Prado

    Você está certo, certíssimo Hélio. Os que defendem o contrário (água com açúcar) é porque nunca leram um clássico. É, na maioria das vezes, o caso desses youturbers.

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  16. maria do socorro japiassu marinho

    Não é possível gostar de música erudita se a pessoa não é ensinada a gostar. Aqui vai minha analogia. Esses YouTubers deveriam calar para o que desconhecem. Querem nivelar por baixo.

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    1. MARCOS BENASSI

      Ocorre que há música significativa em tudo quanto é instância, Socorro. Se a pessoa ouve rap e instalada a pensar na métrica, aprender sobre as batidas, entender as nuances, ela ouvirá tanto aquilo quanto outras coisas com ouvidos mais espertos. Ouvir música clássica pode ser um exercício delicioso, mas a pessoa pode simplesmente não gostar, e querer rap. E, se a música ensinar a refletir sobre o mundo, tá de ótimo tamanho. Se em um certo momento neguinho pirar com Aldir Blanc e Guinga, é lindo.

  17. Nelson Oliveira

    Não foi o Bolsonaro que disse que os livros didáticos têm conteúdo demais? Qual é a real diferença entre Bolsonaro Felipe Neto? Essa profissão de "influenciador digital" é nefasta. Deveria ser sobretaxada como forma de desestímulo.

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  18. Claudete Moreno Ghiraldelo

    Sem dúvida que há textos mais ou menos difíceis de serem lidos. Aí entra o trabalho do professor. No caso de Machado de Assis, pode-se começar pelos contos. A escola é o lugar por excelência para introduzir o indivíduo na civilização, o que inclui, dentre outros conteúdos, conhecer a história de seu país. A obra de M.A. mostra em detalhes a sociedade brasileira do século 19 e começo do 20. Tem de ler não só MA, mas Lima Barreto, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Graciliano Ramos etc. etc. etc.

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    1. MARCOS BENASSI

      O Guimarães daria uma delícia de discussão sobre as gírias dos manos: como é que acontece a mudança na língua, as diferenças regionais, o valor de uma linguagem. Pega um conto, destrincha sem reverência, mostra que é vivo, os mecanismos da língua... Um texto da Clarice, cada coisa linda. Às vezes me parece que a escola se diminuiu, não é somente uma questão de ser rejeitada pela molecada, ela perdeu um tanto do tteazao da existência...

  19. URARIANO MOTA DE SANTANA

    "Há pessoas que gostam de ler e há as que não gosta". Discordo. Acredito que ninguém nasça sem gostar de ler. Torna-se, leitor ou não-leitor. O papel do mestre profissional, ou do educador em sentido mais amplo, é despertar na criança e jovem o gosto do conhecimento, a maravilha do conhecimento. A leitura ocupa o primeiríssimo lugar, antes de qualquer ciência. Mas não obrigatória, nunca. No sertão nordestino há um ditado que reza: "Forçado, nem pra defecar presta".

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    1. Daniel Liaz

      As foi justamente isso que o Hélio disse. Não falou em nenhum gosto inato pela leitura

  20. Claudete Moreno Ghiraldelo

    A polêmica que surgiu da opinião de Felipe Neto, que se declara autoditada e que se deu bem na vida em termos financeiros, me faz lembrar do que disse Umberto Eco numa entrevista no começo dos anos 2000, quando a Internet comercial ainda estava começando, que foi mais ou menos isto: antigamente, quando um idiota falava ou fazia uma idotice, isso ficava restrito à sua aldeia; com a Internet, a idiotice do idiota ganha o mundo. Só espero que o MEC não leve essa bobagem do Felipe Neto a sério.

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  21. MARCELO SA DA SILVA

    Emulando o argumento de HS, tem gente que gosta de trigonometria, tem gente que não gosta... Ademais, se formos consequencialistas, obrigar a ler Machado ( clássicos)tratá mais ou menos pessoas ao universo dos leitores ? Temos certaza de que no fundo não queremos apenas empurrar aquilo achamos que é bom pra gente sem perguntar o que é bom pra maioria? " Ah, eu li e amei..." Sim, e eu li e detestei. Isso não me fez menos leitor. O que me fez leitor foi ficar exposto a escolhas de literatura.

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  22. Vito Algirdas Sukys

    Depois de ler "O Navio Negreiro" de Castro Alves; o professor nos apresentou "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado. A narrativa de um defunto, me surpreendeu. Na prova sobre o livro de Machado, perguntei ao professor se podia responder em forma de poema; o mesmo consentiu. Ao receber a correção da prova vi apenas um rabisco. Anos depois vi que era 'muito bem. A literatura abria um mundo paralelo ao mundo científico em que eu vivia. O papel dos nossos clássicos é parte de nossa comunidade.

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  23. Herculano JR 70

    1Ñ deve cobrar literatura-lit, só apresentar, historias simples, ou algo como um manual de panela de pressão, algo útil, p treinar ler, dentro dos 4 anos primários junto com a função básica da escola q e ensinar contas, ler e, ao final, escrever, essências p o trabalho. Com renda o individuo constrói seu saber, baseado em seu interesse e oportunidades. Lit. é sobretudo diversão. Qdo nos referimos a trabalho ela é discriminada como técnica.

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  24. Herculano JR 70

    2Lit. e ciências são os devaneios q o estado intrometido na escola impinge aos jovens. Pessoas gostam de ler algo, ñ ler por ler, motivados pelo trabalho, q representa a sobrevivência, e gosto pessoal q pode ser lit.

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  25. Herculano JR 70

    3Mas a escola oficial insiste na massificação de conhecimentos, inúteis p gde maioria. Aposto q dos leitores letrados da Fsp, muitos ñ sabem trigonometria e analise combinatória, ou genética, química ou outros dos *conhecimentos* empurrados. Prova q tal escola ñ ensina e ñ faz falta.

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    1. Herculano JR 70

      Augusto, cerca de 90% de tudo q se faz na sociedade é simples, e diversificado. Um meia duzia inova a gde maioria constroi rotineiramente. A vida é plural, ñ é de massa. Diante na necessidade o individuo vai em busca de conhecimento. Hoje temos a net essa gde biblioteca a disposição pra aprender o q quiser. E possivel inclusive perguntar e se informar em debates. Escola oficial gasta muito e tenta esninar o q ñ e quer aprender.

    2. Augusto Ramos

      É importante a compreensão de conceitos fundamentais de matemática e ciências, por exemplo. Nosso mundo é dominado pela ciência e tecnologia e a pandemia escancarou a ignorância do brasileiro. De repente, os que diziam, durante a escola, que quimica e biologia não serviriam pra nada se tornaram especialistas no assunto. E quantos médicos se revelaram absolutamente incapazes de compreender como a medicina se baseia em evidência cientifica.

    3. Herculano JR 70

      eu me incluo entre s q ñ sabem

  26. jose borges

    Exato. Li Machado na escola . Foi um dos maiores prazeres da vida. A partir dali comecei a ler sem parar. O argumento de Felipe Neto me deixou estupefacto. Concordo com Hélio , uns gostam de ler , outros não. O país que tendo Machado, desisti de partilha-lo entre todos os seus cidadãos, começará a deixar de existir.

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  27. FERNANDO SCAVONE

    "Influenciadores" consideram ameaçador qualquer desenvolvimento de senso crítico.

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  28. ADONAY ANTHONY EVANS

    Como uma nação, que Castro Alves em O Navio Negreiro diz *Inglaterra é um navio, Que Deus na Mancha ancorou*, criou o Império Britânico, o maior de todos, onde o sol jamais se punha? Para muitos pelo estudo dos clássicos gregos em suas escolas. Shakespeare não criou Júlio César, Romeu e Julieta e Hamlet, ouvindo apenas a oralidade dos adivinhos das feiras, os youtubers da época. O estudo dos clássicos, para alguns escalada íngreme, leva ao cume do Himalaia, de onde, se descortina o Mundo.

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  29. ADONAY ANTHONY EVANS

    Não é à toa que o desempenho do País nos índices mundiais de aprendizado está entre os piores, e que isso se reproduza na vida pública elegendo populistas e demagogos. Uma nação agráfica. Á leitura de um bom livro, e os clássicos são os que desses, transcendem o tempo, deve ser seguida em sala de aula pelo debate de seus personagens e nuances de suas tramas. É assim que países moldam seu futuro, criando cidadãos críticos com noção de Ética. O contrário cria apenas gado, a ser tangido.

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    1. Herculano JR 70

      Adonay, nessa coluna Helio publicou sobre o Relatório Colemam, estudo q concluiu q quem define o aluno, portanto o aprendizado, e o nivel dos pais ñ e a escola. Como os pais, que trabalham e provêm, fazem o país, concluo q o pais faz a escola e ñ o contrario. Publicado Editorial FSP 16/11/2020 *Desigual na Raiz* q confirma Colemam: na rede publica municipal as escolas perifericas tem pior desempenho q as centrais, obvio pq na periferia moram os pais e seu filhos mais pobres.

    2. MARCOS BENASSI

      Boto a maior fé, Adonay. E o machadão precisa parar de ser tratado como estátua no pedestal, seus textos são divertidos, há os contos, um sem-número de coisas a ler. Precisa desmistificar. Eu me lembro de uma coleção da Ática, "para gostar de ler", que trazia textos curtos fantásticos, uma delícia, como o nome da série dizia. É questão de criar ggooozo com a atividade de leitura, tal como um videogame é prazeroso para a garotada. Com prazer, literatura dá um pau no Facebook