Realmente aconteceu comigo: substitui um volume de filmes por uma grande série de cada vez. Justo pelo motivo contrário ao apresentado pelo colunista, por gostar de ver a evolução de personagens em diferentes circunstâncias. Séries como Mad Men ou Narcos - para usar gêneros bem diferentes - têm como atração justamente a duração de uma trama para mostrar muitos lados de uma mesma pessoa.

Imaginemos que o seriado tem tradição nas aberturas de filmes no cinema, bem antigamente. Romance e novela como comparação foi bola na rede. Mas tivemos só esse momento de glória no jogo do texto.

Seu Mário, não tenho como não lhe dar boa parte da razão. Mas, tal como na queda de braço entre cultura erudita e popular, acho mérito nas duas. Fazer as séries com o nível de inovação que já se viu no cinema, é esse o ponto. Vamos em frente, é só fazer em alto nível, algumas dão conta. Vamos provocar, que, ao fim e ao cabo, é a finalidade da arte,

Gosto das séries onde a ligação entre os episódios é frouxa. Embora possa haver referências, cada episódio em princípio basta por si mesmo. A continuidade estrita como nas novelas é mais pobre.

Achei a definição e a visão sobre seriados bem limitada. O gênero possui tanto potencial artístico quanto qualquer outro. Um seriado como "Breaking Bad", por exemplo, evidencia esse potencial e é inteiramente focado no desenvolvimento das personagens.