Hélio Schwartsman > A banalidade do impeachment Voltar
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Essa foi a contabilidade de Maia para deixar de receber os pedidos de impeachment acumulados em sua gestão. Recebeu e recebe crÃtica duras, mas as pessoas que o fazem não estão interessadas no resultado do processo, só no trauma que vai causar. Nunca lhes passa pelas cabeças que a rejeição de um pedido desses significa um voto de confiança do parlamento no desvairado, causando um dano muito maior do que deixar de acontecer. Sou favorável à medida, mas no momento certo.
Não foi o que pensaram os Democratas no Câmara de Representantes dos EUA, quando iniciaram dois processos de impeachment contra Trump, apesar de saberem que o primeiro seria rejeitado e que é grande a probabilidade de acontecer o mesmo com o segundo. Iniciaram porque era a coisa certa a fazer. Tenho grandes dúvidas sobre o que pode ter motivado a inatividade de Rodrigo Maia quanto a isso.
O senão é que o impeachment funciona como ação dúplice, ou seja, o indeferimento do pedido numa ação de impeachment leva não só à derrota do proponente como ao fortalecimento do réu. Não se trata apenas do afastamento da causa de pedir, e isso pesa. É aÃ, penso, que está o busÃlis, é algo que não se pode deixar de sopesar com calma.
Pode ser, Jove, a gente não tem exemplo próprio. Mas não foi exatamente que aconteceu com o Trump que, se não caiu, não saiu forte do processo. Será que eu esqueci?
Não vê perigo desde que não seja mandatário/partido de sua predileção.
Apesar de toda a base cultural do articulista, eu o vejo já a alguns anos como um manipulador intelectual, a favor de seus interresses e de seus patrões.
Mais um bom artigo seu, Hélio, desmistificando pretensas verdades. Continue, por favor. Obrigado
impeachment como aconteceu com Dilma foi que, a mÃdia ponto G pediu que a massa batesse panela, vá para rua, jornalista Mirian Leitão e outros do canal fechado e aberto no horário das 20:30 h. era o inferno, o Brasil iria acabar, hoje esta pior e não vemos nada disso. Classe média se acovarda, a esquerda não convoca nada, impeachment infelizmente não sairá . Acredito que o Centrão poderá fazer acontecer com traição genial que ficará para a historia..
Impeachment ou gol.pe, o que voces preferirem. Eu não confio nem um pouco na classe polÃtica po.dre este paÃs. Eu só confio no li.xo da história. Hit.ler fez o que fez e a ele nada aconteceu. Como conv.arde que era, se matou no final. O Collor fez o que fez, saqueou a população e mui.tos se sui.cida.ram, outros faliram. Nada aconteceu. A única coisa é que todos eles estão no li.xo da história. (Menos para Alagoas). O mesmo acontecerá com o excrementÃss.mo . Mas será tarde para uns 400.000.
É aà que entra a cultura mais evoluÃda da Europa: o Parlamentarismo.
são décadas de democracia consolidada com parlamentarismo - esse é o segredo
Caro Hélio, creio que há duas questões postas em uma. A aceleração apontada pelo Virilio, deve ser observada como um fenômeno que muda qualitativamente a vida, não simplesmente "acelera a mesma coisa". Não é o fenômeno do impedimento que se banaliza: banaliza-se o processo de levar o poder, através da manipulação de fatos e construção de imagens polÃticas, indivÃduos e grupos tóxicos à res pública. Casualmente, a democracia tem um fórceps disponÃvel, creio que seja um acaso sortudo, aproveitemos
Muito bom!
A banalidade da reeleição. Quando as pesquisas de avaliação do governo insiste em mostra-lo num patamar ótimo-bom, muito acima dos seus concorrentes, significa q a população reconhece e apoia sua gestão. Mais ainda quando 58% da população não aprova o impeachment sugerido pela oposição. Esta é a banalidade dos fatos. Sem mencionar q o governo ganhou esta semana as presidências do Senado e da Câmara o que irá impulsionar as pautas governamentais. Conclusão, o Presidente será reeleito em 2022.
Caro Lineu, a simplorice nos argumentos, o olhar enviesado aos números e a insensibilidade ao que vem sendo demonstrado por pessoas reais, já famintas ou com esta perspectiva, em sofrimento, com medo da doença e da sobrevivência futura, me levam a outras conclusões possÃveis: má-vontade, mau-caratismo, pequenez cognitiva. Nenhuma delas é certeira, nem são mutuamente excludentes.
O golpe dado em Collor teve as elites como principais articuladoras pois foram prejudicadas em seus interesses de especuladores financeiros.Lembar que o PT e a esquerda participaram dessa ilegalidade.Em 2016 por motivos parecidos Dilma foi também derrubada.Bolsonaro certamente escapa de um impeachment porque tem a maioria esmagadora dos deputados federais e senadores em suas mãos.Bobo ou idiota ele nunca foi.
A eleição para a presidência da câmara não deixou de ser uma estimativa da probabilidade do impeachment. Se os deputados tivessem rejeitado o candidato abertamente apoiado pelo planalto, haveria nuvens no horizonte presidencial. Do jeito que foi, é céu de brigadeiro.
Não acho bom comparar EUA e Brasil na questão de impeachment. Lá existe um sistema partidário de ''insiders'' onde outros partidos (''outsiders'') nunca chegam ao congresso. Lá vale aquela máxima de que quem com ferro fere, com ferro será ferido. As vozes das ruas não é a melhor conselheira, o presidente da Câmara, se decidir acatar um pedido, deve submeter ao plenário, e se dois terços aprovar, deve chamar um referendo para ratificar a decisão. Não havendo a ratificação, arquiva-se o processo.
Alguns dizem que o impeachment da Dilma foi golpe. Golpe também foi o afastamento do Collor, pois não? Impeachment é um processo polÃtico que vigora no Brasil desde a Lei 1079/1950 e recepcionada pela Constituição de 1988(também Constituições da Ditadura Militar: 1967/1969!). Não é banalizar, desde que se a maioria da Câmara assim o decida: processo polÃtico! Collor (que nem deveria ter sido eleito!), pelo mesmo fato que deu ensejo ao impeachment foi absolvido pelo STF!
Para dar inÃcio ao processo de impeachment, tem que ter a voz das ruas! Porque se for esperar pelo Congresso,a dupla bolsonaro e panzuelo vai dizimar o povo brasileiro. Nem se o Brasil tivesse um inimigo na Presidência ,seria tão desumano quanto o capitão. E ainda dizem que militares são patriotas! Pois sim!Como dizia meu defunto pai, então vivo:o patriotismo dessa gente é dinheiro no aspas borso. Confio no Centrão(virou as costas para dilma e Collor!)...Impeachment do bolsonaro, já!
''Desde que a abreviação do mandato tenha previsão legal, como ocorre no impeachment, não vejo por que não usá-lo.'' - está subentendido na frase dois dispositivos para afastar o mandatário. Qual é o outro dispositivo?
O prédio da Fiesp ainda se cobriu de verde e amarelo; as eleições da Câmara e do Sendo fizeram com que a cotação da Bolsa subisse, puxada pelas boas expectativas do mercado financeiro; e Guedes reapareceu como popstar preconizando novas reformas, com vistas à satisfação do rentismo. Tudo como o diabo gosta, ou seja, tudo convergindo para a continuidade da espoliação em que nós, pessoas comuns, continuam bancando uma das classes polÃticas mais perdulárias do mundo. Impeachment?
Impedimento não é panaceia, não é, caro João? Mesmo que não mude estruturalmente a ordem das coisas, no caso especÃfico, pode evitar grandes desastres. Continuaremos a ser devorados, mas sobreviveremos para o futuro - que talvez seja estruturalmente igual, é fato.
Mudou o conceito então? Pelo que lembro "era golpe" .
Por que todo bolsonarista é mentiroso contumaz? O colunista nunca, jamais, falou em golpe! E ele está errado, aliás.
O impeachment é necessário e urgente mas só acontecerá quando os grandes grupos econômicos que realmente governam esse paÃs assim o desejarem. E tem que ter pressão da população.
Eu ainda tenho esperança Lineu. A polÃtica econômica que temos não se sustenta muito tempo. Não existem milagres.
Então esquece impeachment. Bolsonaro será reeleito em 2022.
Se um jornalista com uma certa bagagem acumulada no ramo e atento ao noticiário não consegue enxergar os motivos para a não deposição do presidente é um sinal de que já está na hora de pendurar as chuteiras e partir pra outra, porque muitos de nós já enxergamos
De fato um processo de impeachment desconcerta nossa curta democracia. desde a redemocratização. Ainda temos o fato de que 02 dos últimos 04 Presidentes eleitos sofreram este impedimento constitucional. Temos que aprender uma lição. Toda a nação que tem bem estar e inclusão social (europa ocidental) tem democracia consolidada há tempos e parlamentarismo. Se as Coisas vão mal, é muito mais fácil trocar o gabinete. Impeachment apenas para um Presidente contundente. E Fora Coiso.
O compadrio mafioso, a estrutura distributiva de privilégios e a corrupção instalada confortavelmente nos deixam distantes do impeachment
Além disso, são insuportáveis os custos polÃticos, financeiros e econômicos de um mandato que perdeu as condições de se manter incólume. O ideal seria a substituição do atual sistema pelo parlamentarismo, mais democrático e mais dinâmico. Se não for possÃvel, será preciso tornar o impeachment mais célere.
Hélio. A questão não parece tão simples. Compare o impeachment de Color com a Dilma. No primeiro caso, a saÃda do ex-presidente não trouxe celeumas para democracia. Já no caso da Dilma, desde então parece que a sociedade anda em areia movediça. Afunda cada vez mais.
Desde tempos imemoriais, normas legais punitivas são dirigidas a pessoas e segmentos sociais subalternos e dominados. O impiche é dirigido a governantes fracos e abandonados pelo andar de cima. Não é o caso de Bolsonaro (ainda). A grande imprensa acha que faz o seu papel, mas talvez alguma ambiguidade constitutiva esteja atrapalhando...
Ah, mas essa é uma ferida que não fecha, né, caro Ayer? Eu tenho alguma dificuldade em acompanhar/localizar a posição institucional do jornal, e não tenho boa memória disso - e, em meu passado pessoal, menos informação do que hoje. Mas, o que você delicadamente chama de "ambiguidade constitutiva" Tá mesmo aÃ, e não é de hoje.
Talvez pq no Eua houve Thomas Jéfferson q dizia q o melhor governo é o q menos governa. Onde ainda se pensa, conforme discursou Reagan reforçando, q o povo livre constrói a nação ñ o estado. -- Marx previu q qto mais a velocidade de produção aumenta mais acontecem as transformações sociais q eu traduziria por diminuição do estado, poder e polÃtica, desde sempre, entraves a produção. Bnaro, liberal, já insinuou rebeldia fiscal no passado e apóia armas p o povo contra o estado.
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