Entendo "Negrinha" como um grande conto de denúncia da escravidão e de suas sequelas. Em chave ampla, denúncia da crueldade de todos os tempos. E sei que Lobato é acusado de racismo, acusação procedente quanto a outros momentos. Talvez a garotada da turma de que a colunista fazia parte não estivesse na idade de ler e entender o conto. Cruel demais para ser lido por crianças, eis tudo. Mas é mostra de que Lobato, apesar de toda a estúpida eugenia, soube produzir um conto genial sobre o racismo.

 Li Monteiro Lobato na infância. Claro q, aos olhos de quase cem anos depois, as descrições pontuais "racistas" na obra de ML o qualificariam como tal. Creio porém q o demérito de Lobato foi ñ estar à frente de seu tempo. Que era mais racista q o atual. Evoluímos, apesar de tudo. O q escrevi na íntegra sobre esse artigo está no Facebook.

É realmente muito sombrio saber que alguém é "escritor", que produz literatura tornar público um lixo desse. Essa senhora é mais um na fila daqueles "gênios" que querem apagar a história. Essa fúria desembestada somente irá tornar a vida humana ainda mais intolerante e horrenda!

Nunca vi tanta bobagem junta nem comentários tão infantis de alguns leitores.

Li alguns livros de ML na infância e sempre abominei o racismo. Minhas posições foram determinadas pelos valores e princípios que aprendi em casa. A Sr. colunista investe com fúria em nome da nova pauta identitária. Demonstra muita raiva contra um autor sem levar em conta o contexto da época. Se sente humilhada em uma leitura que denuncia as barbaridades cometidas contra uma criança, talvez seja assunto para a psicanálise. Seu potencial de revolta seria muito mais útil se fosse.......

Dona Marilene, como mexeu com as pessoas esse seu artigo! Eu, que li mal o jornal neste domingo, perdi oportunidade de conversar, fiquei atazanando os colegas leitores que abominam a Laerte... A única coisa que digo à senhora é que continuo admirando seus miolos ainda que você não goste de Lobato; analogamente, admiro muitíssimo o Lobato, como escritor, empreendedor e pessoa, a despeito do racismo em pontos de sua obra. Não se deve jogar fora o todo em função de uma parte, acredito firmemente.

Algumas pessoas acham graça fazer comentários idiotas sobre uma questão tão séria quanto a abordada pela autora. Alguém disse que vamos fazer campanha pelos canhotos, gagos etc. É muita alienação e narcisismo, não consegue enxergar nada ao redor. Se a preocupaçao é com a careca, esqueça, dentro da sua careca não tem nada a não ser vento.

Parabéns, Marilene! O racismo estrutural e o racismo individual se alimentam mutuamente. Escritores racistas, vivos ou mortos, devem ser denunciados, inclusive para não ser premiados por suas ações que deveriam envergonhar a branquitude.

... "sala estranha, estrangeira, cheia de meninos e meninas branquelos, de sobrenomes italianos, alemães e japoneses." ???

Quem leu os livros de Lobato, na infância, certamente ama o escritor e os personagens. Quantos tornaram-se racistas? E ler os livros para adultos? E conhecer a vida deste brasileiro que merece respeito .

Artistas, incluindo escritores, são apenas seres humanos com virtudes e defeitos. Pode-se gostar ou não de suas obras. Estas devem ser analisadas. Tentar recriar uma obra equivale a adulterá-la. É uma censura absurda. Equivale ao tão discutido famigerado controle social da mídia que tem muitos adeptos. É uma mutilação politicamente motivada.

Que loucura, hein.

Pelo número de comentários, nota-se que o assunto é muito importante atualmente.

Revisão literária tardia não muda a história. Existem outros assuntos mais importantes para discussão.

Essa postura dá fama e, com sorte, grana. Na National Geographics está passando uma cretinice chamada Escravidão, uma questão de injustiça. Há muito não assistia a algo tão vil. MAM

Pleonasmo puro!

Temos um grande problema aqui pois se ele sendo este racista nojento que foi tivesse grandes feitos em áreas diversas como matemática, física, química etc sua obra continuaria a ter o peso e relevância que mereceria independente de seu mal caráter MAS no caso de um escritor que permeia todo seu mundo literário com deturpada visão de humanidade fica bem mais difícil separar a obra do autor que deve tal projeção muito por agradar uma elite "na época" muito sintonizada com seus preconceitos.

Lobato era mais que racista, era um EUGENISTA. Declarou em carta a um amigo que usaria a Literatura para disseminar os princípios da Eugenia e estimular a sua prática. E seguiu para os Estados Unidos com a proposta de escrever sobre o tema, para ganhar grana alta – era ambicioso. Só que se deu mal. Ninguém lá se interessou pela proposta dele, que voltou para o Brasil com o rabo entre as pernas. O que significa isto? Que se tornou um prostituto da Literatura. https://www.anf.org.br/monteiro-lobat

Não vejo nenhuma aberração nesse tendência revisionista em relação à literatura que possa conter elementos racistas. Lobato foi um grande escritor, mas tinha esse viés racista. Isso não anula seu talento, mas também não quer dizer que, por conta desse talento, seja intocado. Esses analista têm toda razão em apontar as mazelas do escritor. Todo o meu apoio à Marilene e Coelho.

Daqui a pouco estaremos queimando livros em praça pública. Lembram quem patrocinou este tipo de coisa no passado? Só falta isso para coroar o estado radicalismo que alcançamos. Vamos deixar cada um avaliar os conteúdos de suas leituras e deixar que façam suas escolhas, seus julgamentos. Não polarizar. Vamos deixar as mantes livres. Nada de policiamento stalinista-facista. Pregações , fogueiras, e crucificações pertencem a época obscura da inquisição."Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós"

Aberração é a Folha dar voz a esse racialismo identitarista tosco que, até outro dia, só tinha espaço em lixos como a Carta Capital. Lamentável.

Marcelo Coelho é um branco covarde. A bisneta do escritor, Leo Lobato, é uma branca covarde. A senhora Marilene Felinto é uma negra covarde. Covardia, como muitas outras espécies de se praticar a desonestidade, nada tem que ver com a cor da pele. Tripudiar sobre cadáveres é a maior das covardias. Aliás, é crime tipificado no CP.

Monteiro Lobato era um eugenista es.túpido! Lembro-me que, recentemente, tentaram impedir a utilização dos livros dele nas escolas e a elite branca protestou, alegando haver censura! Ridículos e hipócritas!

Imaginem se eu fosse puritano e quisesse colocar um sutiã na Vênus de Milo...

Texto bobinho.

Vejo toda a celeuma em torno da obra de Monteiro Lobato como uma grande hipocrisia . Até hoje, os pretos são discriminados e, em especial, pela classe média e branca. Empregadas de uniforme, babás nos clubes. Sem carteira assinada, sem respeito aos horários. Sem falar nas que trazem" sobrinhas " do Nordeste para "criar", transformando-as em escravas. Li monteiro Lobato, meus filhos leram, minhas neta leem. Não se transformaram em racistas. Revisão é o mesmo que censura !!!

O artigo de Marilene Felinto não é uma análise de Monteiro Lobato ou do seu conto "Negrinha"; parece-me apenas um desabafo de traumas pessoais. Não há nenhuma dúvida sobre a existência cruel do racismo no Brasil. No entanto, no artigo, Lobato foi retirado do contexto histórico e o conto citado não foi devidamente compreendido, inclusive a cena do ovo está referida de modo equivocado. "Negrinha" é um texto literário adequado para entender e fazer a crítica da sociedade daquela época.

Excelente texto de Marilene Felinto. Os r a c i s t a s ficaram ofendidos por serem confrontados com a verdade e partiram para a ofensa pura e simples. Incapazes de reflexão. As evidências do ra cis mo de Lobato são tão bem documentadas que somente a má fé justifica tanta cegueira.

Felinto! Eu sinto! ... que você é B U R R A.

"que a obrigava a segurar nas mãos um ovo quente, recém-saído da panela fervente." Esse fato não existe no conto. Eis o trecho: "Negrinha abriu a boca, como o cuco, e fechou os olhos. A patroa então, com uma colher, tirou da água 'pulando' o ovo e zás! na boca da pequena. E antes que o urro de dor saísse, prática que era D. Inácia nesse castigo, suas mãos amordaçaram-na até que o ovo arrefecesse. Negrinha urrou surdamente, pelo nariz. Esperneou.(...)". A veracidade ao citar ainda tem valor?

Negrinha, de Monteiro Lobato, é uma crítica à hipocrisia da sociedade da época. A mulher que a pegou para praticar toda a sorte de torturas é a mesma que na sociedade se posa de protetora da menor, inclusive para a igreja. O que Lobato fez foi expor o que ocorria nos palacetes, às escondidas, contra meninas e meninos como à da história. Ele deve ser lembrado por ter tido a coragem de fazer tal denúncia. Não se calou como se nada ocorresse.

Negrinha, de Monteiro Lobato, é uma crítica à hipocrisia da sociedade da época. A mulher que a pegou para praticar toda a sorte de torturas é a mesma que na sociedade se posa de protetora da menor, inclusive para a igreja. O que Lobato fez foi expor o que ocorria nos palacetes, às escondidas, contra meninas e meninos como à da história. Ele deve ser lembrado por ter tido a coragem de fazer tal denúncia. Não se calou como se nada ocorresse.

Tem-se que fazer um exercício simples de raciocínio e entender o momento de época em que ele viveu. A esquerda quer reescrever a história!!

O chicote já deixou a tatuagem na pele. Não temos como não sentir vergonha.

Que o Brasil é um país recista, ainda que alguns teimem em negar, é incontroverso.Que o racismo precisa ser combatido e erradicado, é igualmente inegável.Mas usar de revisionismos históricos não me parece o caminho adequado, é um erro tremendo (muita gente nega que houve ditatura militar no país, vamos apagar isso dos livros de história também?)O pensamento anacrônico não deve e não pode prevalecer.Se isso virasse regra teríamos que alterar por ex a obra de Aristóteles, que defendia a escravidão

Essa senhora é analfabeta funcional!!!

Estou assustada com o nível dos comentários. Para quem acha que não existe rascismo no Brasil é só ler os comentários cheios de ódio. E do que adianta ler, ler e ler clássicos da literatura e não ter senso crítico?!

Monteiro Lobato tinha certamente tendências racistas, como praticamente todos os brancos em 1920. Não foi exceção. Ainda no século XXI um amigo me confessou que até os 20 anos " não dava bom dia a preto". Seu livro a onda verde e o presidente negro mostra bem esta tendência. O conto "negrinha" é porém uma ode contra o racismo, descreve o tratamento revoltante que era dado aos negros. Quem lê o conto verifica que a heroina do mesmo é negrinha e a vilã D. Inácia. Causa ojeriza ao racismo.

Se queria produzir polêmica, conseguiu! (279 comentários até agora). Se queria escrever bobagem, também conseguiu! Vá mexer nas coisas que você produziu, não nas dos outros. Lobato povoou minha infância com fértil imaginação. Você povoa meu presente com ativismo e ignorância...

q texto bem escrito, lindo, provocador. o problema é que com todo esse potencial e qualidades, a autora (e a grande maioria de nós -99,9%) vai ter que nascer duas, três, quatro vezes para produzir algo da envergadura de um monteiro lobato. enfim, acho interessante e necessário a militância da autora, mas, daí, querer que mortais mexam ou deixem de lado obras produzidas por deuses é, como dizemos aqui no interior, "pular o corguin".

Tbem devemos acabar com a mentira dos bandeirantes, herois desbravadores. O proprio nome é inventado, ninguem os chamavam.assim. Ladroes, assassinos, escravagistas e afins, travestidos de herois...Parece ate o BR de hoje rapá...A bu r rice e o trouxismo sao historicos

Vim aqui ler a resposta de um cidadao de bem me indicando livros, para aprender a aceitar o racismo, como parte de um contexto na historia, 30 anos apos a aboliçao no BR, e 200 em Portugal. Acho ate que estes indigentes morais, aprovam estes pensamentos. Nao é concordancia historica dos fatos. É concordancia moral, independente dos tempos.

Como sempre, a galera do ódio vem atacar a colunista, em vez de discutir o tema por ela proposto. Lobato é racista, Platão é misógino, Shakespeare é antissemita e sexista, Eça é homofóbico, Gregório de Matos é racista, Borges apoiava a ditadura, Heidegger foi nazista, quase toda literatura francesa do séc XIX é antissemita (exceção a Zola), nossa literatura do XIX idem, de O Guarani à Escrava Isaura, há racismo em quase tudo. O que fazer?

A coluna trata de suposto preconceito como única preocupação. É óbvio que o respeito ao próximo deve ser a conduta esperada de um ser humano mas, eu não consigo ver nesse debate a parte fundamental, melhoria da qualidade de ensino as classes menos favorecidas algo relevante e útil de fato. Monteiro Lobato só escreveu de acordo com o aceito em seu tempo, outros tempos e foi brilhante, auxiliou gerações ao gosto pela leitura sua obra não merece servir de argumento de preconceito.

Discussões sobre a polêmica à parte, o que mais surpreende é a pobreza dos argumentos da colunista. Marilene Felinto não está à altura de um jornal do porte da Folha de S. Paulo.

Não sei se referir-se a outras crianças como "branquelas" distancia a autora de seu alvo. A Lobato pelo menos se pode dar a desculpa, certa ou errada, de ser um fruto de seu tempo, mas à autora, qual seria a justificativa empregada?

Em seu distorcido texto, a autora só tenta esconder uma coisa: sua intolerância, seu próprio racismo. O ódio incontido cega a razão e deseja e deseja despertar, apelativamente, o mesmo sentimento em terceiros. O mal pelo mal.

Aberração é a militância querendo fazer revisão da história da humanidade; aberração é o marxismo pós moderno.

Aqui estou estou tentando ver se o racismo é mais lobatiano ou felintiano. Lobato escreveu clássicos da literatura que nos atraem cada vez mais. Felinto escreve coluna de enredo frouxo e sectário que também dão vontade de ler pra ver o que é vitimização, arrogância e sectarismo.

É importante que haja revisão da aberração que é dita nesse artigo. Para o seu complexo, procure um analista.