Hélio Schwartsman > Réquiem para a Lava Jato Voltar
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Ainda falta prender o Moro e o Dalagnol para acabar com a Lava Jato e servir de exemplo para que não surjam outros. Combater a corrupção sempre dentro da lei sem projetos pessoais e polÃticos, assim deve ser. O saldo da Lava Jato é muito negativo: corrompeu a Justiça, a imprensa e a sociedade mal informada e falsa moralista, gerou desemprego, quebradeira de grandes empresas etcetera
Neste paÃs, corrupto por natureza, qualquer tentativa de diminuir a corrupção é massacrada pelos corruptos e corruptores. Aos corruptos a defesa prevista na Lei, criada e revisada pelos mesmos corruptos. Aos que atuam contra os corruptos, o rigor previsto na mesma Lei e qualquer deslize é massacrado por todos corruptos, corruptores e mÃdia. Brasil, seguirá corrupto.
Quem analisa com isenção o nascimento, vida e morte da Lava Jato há de reconhecer seus méritos iniciais e há de aceitar sua inevitável morte. A operação encontrou uma série de crimes de corrupção e cumpriu o papel que lhe competia desempenhar. Daà em diante foi o desastre que se iniciou com o cômico PowerPoint e culminou com a revelação de conversas espúrias entre acusadores e julgador. Os que inicialmente eram mocinhos se travestiram de justiceiros. Não há lugar para eles na salvaguarda da lei.
Desculpe, não houve méritos iniciais. Tropeçaram com os desvios de recursos da Petrobrás, que foram reais, mas a parir daà passaram a construir a narrativa -- junto com os primeiros delatores -- que poderia levá-los ao estrelato. Se em grande parte alcançaram seus objetivos se deve ao mal funcionamento das nossas instituições, entre elas a imprensa.
Se não se faz justiça com justiça e pela justiça, não há méritos. Aliás, é preciso investigar muito atentamente as conveniências que levaram de um posto de gasolina em BrasÃlia até os nazifascistoides de Curitiba. Desde a confusão que aprontamos com ódio mortal ao PT, o paÃs está pior.
Os jovens de Curitiba da terra brasilis se inspiraram na operação Mãos Limpas da Italia na criação da Lava Jato que mais tarde se tornaria Vaza Jato quando politizaram todas as ações ao invés de se manterem dentro das leis penais.As Mãos Limpas foram liquidadas quando tentou atingir em cheio os meios polÃticos e não só os empresariais.Logo em seguida foram feitas várias reformas politicas e extruturais na Italia que impedem uma volta desse tipo de operações. Por aqui já está acontecendo isso
Não esquecer que na Itália, a mani puliti ressuscitou o Berlusconi!
Um marco histórico para o paÃs. Um punhado de procuradores e delegados eficientes, e um Juiz honesto que não se amedrontou. O pais tem uma dÃvida histórica com essas figuras Ãmpares. Reus entre os mais poderosos da República, com acesso quase diário aos altos escalões da justiça, com meios lÃcitos e ilÃcitos tanto fizeram que acabaram com a Lava-jato. No entanto varias instâncias superiores referendaram as penas e o paÃs não perdoará esses co rruptos. Basta de impunidade!
E depois a reunião com suÃços e americanos, pros paranaenses dividirem o but!m. Pir@tas, sal@frár!os, milicianos da justiça. Um marco histórico para o paÃs: nunca descemos tão baixo.
Maria Gouveia, hipocrisia? Vc só falou bobagens, aliás essa esquerda nossa parece viver em um mundo paralelo. Dão a impressão do delÃrio Boulos que muitos acreditam ser sustentado pelos pais e quer resolver os problemas do paÃs. Quisera tivéssemos mais Moros, e menos Lula, Cabral, Cunha, Dirceu, Palloci, Gleisi, e assemelhados...
Um juiz provinciano, oportunista, representando interesses mais que espúrios, se relacionando com procuradores arrogantes, pretensiosos, imaturos, que negociaram uma perseguição que garantiu a este juiz ser ministro da justica.. acabou defendendo corruptos internacionais.. só a hipocrisia explica esta narrativa heróica
Concordo que a lava jato poderia ter atingido resultados semelhantes sem os artifÃcios utilizados, mas, penso que o combate à corrupção deve ser feito através da reforma e fortalecimento dos órgãos de controle. Afinal, como diz o ditado, melhor prevenir que remediar. Nada de polÃticos ou apadrinhados em tribunais de contas, que devem ser submetidos a auditoria externa permanente. Quando o caso chega ao Judiciário, o prejuÃzo já ocorreu, pessoas já morreram e processos se arrastam.
Srs. Bras quem, Skorninsqui, Paulo Roberto, Sr. Camargo e Sr. Correia, Milton Pascoviti, Aldir Assado, etc., desculpem aà o mau jeito. Pedimos desculpas e podem vir pegar seus milhões de volta. Sr. Eduardo Kunha logo chamaremos o senhor de volta para o seu cargo. Enquanto isso seu sobrinho vai tocando. Que paÃs é esse?
Depois que o cachorro está morto é fácil subestimá-lo. Combater uma quadrilha protegida pela estrutura estatal não é fácil, e respeito ao processo legal é um eufemismo para não punir ninguém. Só que como a inflação no passado, que ressurgia mais forte depois de cada plano de estabilização, a corrupção ameaça voltar agora com mais força ainda, com exército com tudo.
Coerente o seu texto. Hoje temos crÃticas a lava jato com objetivo de manter corruptos (com fatos materiais) fora da cadeia e não para melhorar o combate a corrupção. Assim a corrupção continua no paÃs.
Pode ser. Gato escaldado etc.
É sempre assim: da próxima vez, quem sabe, teremos mais sorte. E assim se passam décadas, séculos, sem que algo nunca mude: a oligarquia corrupta vence sempre.
A lavajato, embora tenha alguns méritos, vai entrar para a história da Justiça Brasileira como a maior vergonha de todos os tempos. Uma persecução criminal que se travestiu de polÃtica e uniu procuradores, juÃzes e desembargadores em conluio tenebroso, maltratando todas as normas constitucionais em busca de um "bem maior". Isso que dá imiscuir religião com polÃtica como fizeram os capiais neopentecostais de Curitiba.
Hélio quase chega no ponto chave da questão. Para condenar quem de fato é corrupto, o devido processo legal dá conta. Mas para as manobras polÃticas maiores, aquelas que realmente moviam o chefe Moro, era necessário dobrar, torcer, rasgar as leis e criar o CPL (código penal do Lula). Uma vez dado o golpe, o poder na mão de procuradores e juÃzes que inventam leis, em tabelinha com a grande mÃdia, ficou grande demais. Assim, os sócios mortais do golpe resolveram que era hora de dar tchau.
O único que vi denunciar lógica, concatenada, consistente e insistentemente o destrambelhamento que se tinha tornado a Lava-jato foi o Reinaldo Azevedo, que trombeteou contra a corrente o tempo todo. V. tem razão, o devido processo legal dá conta de condenar os corruptos, o problema é quando o juiz é o maior deles. A pequenez e corrupção de quem não está à altura do cargo acaba aparecendo. Disso temos exemplos todo santo dia, a presidência está aà para não me deixar mentir.
era impossÃvel não estancar a sangria. A lava jato prendeu parte das Elites economicas e polÃticas do Brasil - 7 anos prendendo sem parar polÃticos de todas as tendências Presidente do Congresso, Senadores, Ministros, deputados, governadores. Estas Elites PolÃticas se unem. A eleição do candidato de Jair para o Senado demonstra muito bem isso. todos juntos para acabar com a operação. Num paÃs sério, novas operações deveriam ser criadas, pois é apenas a ponta do iceberg.
Faltou incluir em sua análise a CULPA per versa que boa parte da imprensa teve ao tomar partido nas ações i morais da lava jato , ao invés de noticiar , apurar e investigar as informações que lhe chegavam em forma de break news. A imprensa Brasileira é co- autora ( suprema ironia) da perseguição a que está passando!
Claro que existe corrupção mas problema do LJ não foi apenas um detalhe ou de procedimento, como sugere o jornalista. Estava no seu DNA, quando virou de operação anti-corrupção (gestada durante o governos petistas) em operação anti PT. O conluio entre Moro e os procuradores perseguindo a condenação do Lula pode ser assimilado ao conluio entre mÃdias (incluido Hélio), elite económica e polÃtica e judicial, para conseguir a derrocada da Dilma e também a derrota do Haddad.
O problema com a corrupção é que ela costuma ocorrer "por fora", sem muita visibilidade. A Lava-Jato teve seu mérito justamente por trazer à tona o funcionamento da corrupção em grandes empresas e partidos polÃticos. E não é porque ela atingiu um partido especÃfico de esquerda e seu lÃder máximo que deve ser vilipendiada e deixar de servir de modelo para os juizados Brasil agora (os eventuais erros ou excessos poderão ser corrigidos em futuros julgamentos).
Só reafirma: PaÃs dos Bruzundangas .
"não teria sido difÃcil", eu discordo. Também, tudo, na "Lava-jato", não é normal. Ainda descobriremos as verdadeiras forças envolvidas nesse episódio bizarro que, a despeito das vozes que o sustentaram enquanto narrativa, já é inegavelmente classificado como Lawfare. Eu realmente não acredito que essa patota macunaÃmica, dada a aconchavo em Telegram, seja responsável por um plano tão elaborado.
Quem criou a Lava Jato, quem alimentou a Lava Jato e quem decidiu quando ela deveria morrer foi a mÃdia. A Lava Jato foi sobretudo um fenômeno midiático. Enquanto chamava atenção, tudo bem. Quando passou a incomodar, então passou-se do afago à pedrada. A imprensa não tem moral para enxovalhar a Lava Jato.
E suprema ironia, a imprensa é vÃtima de perseguição do próprio sistema que criou!
A “relação promÃscua com a acusação” foi o contraponto óbvio à “relação promÃscua com a defesa”. Em um paÃs no qual um “Ãcone” da advocacia criminal se permite fotografar de bermudas no STF, mostrando, como dizia Millôr, que os “melhores” advogados conhecem mais os juÃzes do que as leis, esperar que procuradores da república mantenham distância dos juÃzes é, no fundo, sustentar que para a advocacia criminal, e só para ela, vale tudo!
A maior corrupção ñ é a d propina, mas a feita por leis imorais q faz uso d poder p obter vantagens. Ela redunda em privilégios da maquina publica, regulamentações, etc. Propina é mixaria q distrai o publico, coisa q ele entende, roubar. O LJ so teve um subproduto bom: derrubou o Pt, ha muito tempo no poder. Mas, tribunal de exceção, chantageou pela prisão preventiva e facilidade da delação premiada, o q mostra incompetência de, pela vias certas, obter resultados. Diminuir estado e solução
Caro Hélio, uma coisa me parece subestimada em sua avaliação, quando você menciona essa arrogância, o descomedimento dos acusadores/julgador: agiram em benefÃcio próprio, tão corruptamente quanto os acusados. As palestras/consultas a bom soldo; a fundação bilionária sob gestão dos procuradores; o ministério de Moro e a cenoura do STF. Creio que não se pode somente olhar o "erro do conluio", como se houvessem passado da medida para atingir um fim Nobre. Crimes em seu favor, isso sim, cometeram!
A Lava Jato suicidou-se. A imprensa ficou moribunda também, doente sem imunidade. Infectaram a jovem democracia brasileira, favoreceram a barbárie. A auto-crÃtica alheia que exigiam agora é necessária à própria dignidade da mÃdia. O saudoso jornalista Paulo Henrique Amorim teve razão ao designar a grande mÃdia como Partido da Imprensa Golpista. Assim serão lembrados sempre.
Senti a falta de uma palavrinha neste obituário: imprensa. Sim, porque a Lava-Jato só foi o que foi, para o bem e, principalmente, para o mal, graças ao comportamento irresponsável, preguiçoso e oportunista de grande parte da imprensa, que reproduzia acriticamente tudo o que lhe era repassado pela força tarefa e pelo juiz (ou melhor, pelo chefão) ignorando de forma proposital os indÃcios cada vez mais claros de que algo cheirava muito mal nas atitudes dos justiceiros da república de curitiba.
Verdade. E quem apontou o dedo, levou tabefes a beça. Leva até hoje, se bobear.
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