jogadores ganham muito $$$$ ...não sabem administrar a cabeça , o dinheiro, o lado de jogador...entram num marasmo .... craques por um jogo, por um torneio e só !!! ( copa é coletivo )

Considero também a influência perniciosa de certa parte da crônica esportiva e provavelmente do envolvimento de empresários para divulgação de seu produto. No aspecto técnico é preciso entender quando o jogador se destaca por estar encaixado numa boa equipe e desaparece por não saber se posicionar num esquema de jogo diferente onde já não mais é a estrela. Rodriguinho chegou a ser considerado o melhor jogador em atividade no país. Agora está no Bahia ameaçado de rebaixamento.

Como dizia o craque Sócrates sobre a exportação de talentos: "Não se vende o pintor. Se vende seus quadros".

O Luiz Adriano parece querer seguir o mesmo caminho para o ostracismo. Foi nulo em ambas partidas. O esquema tática do Palmeiras é 1-0-1. Ligação direta. Goleiro e torcedores se iludem que uma vez afugentando a bola para o mais longe possível, haverá vários minutos alívio da pressão. Na verdade, são lançamentos para o zagueiro adversário. Em 5 segundos a pressão ressurge.

Gostaria de assistir um mundial de clubes onde os times jogassem apenas com jogadores nascidos no país do clube, sem estrangeiros.

Enquanto o jogador brasileiro achar que pode enganar a todos, esquecendo que inúmeras imagens são feitas por vários ângulos e a se jogar como se fosse mortalmente atingido em qualquer trombada, medíocre será nosso futebol. Pior, a imprensa não dá a menor importância a tais comportamentos. Não combate e não critica como deveria. Pobre jogo de futebol do Brasil.

Santista, de frequentar estádios, vi duas atuações do Ganso indescritíveis. Na final do Paulista, 2010!O Santos estava sendo massacrado pelo adversário, com 2 jogadores a menos.E o técnico foi tirando os craques...quando chegou no Ganso, ele disse: não saio! Foi a primeira vez em meus 50 anos(ali),acompanhando futebol que vi um Atleta cobrar escanteio para si mesmo. Ele ganhou o Título. No mesmo ano, na Vila, semifinal da C B, marcadíssimo, quando o adversário respirou,acabou com o jogo.

Grande Tostão!! Que bom termos as suas colunas que revelam, por meio do futebol, uma visão filosófica dos difíceis caminhos percorridos na vida.

Prezado Tostão. O futebol não pode ser o espelho do que acontece no país. Enquanto vocês brilhavam no México emitindo uma luz fulgurante, o Brasil era um buraco negro em cujo interior havia Médice e eram torturados os nossos jovens corajosos idealistas. Havia Pelé e Gérson, e Sérgio Fleuri e Brilhante Ustra.

Estamos vendo no Brasil um excelente técnico como Sampaoli sendo perseguido diariamente pela imprensa e torcida. O time joga um excelente futebol, refinado, técnico. Como está no primeiro ano no clube ainda não atingiu o futebol ideal porém a mídia e torcida acham que obrigação de ser campeão. Em seu primeiro ano no City Guardiola não ganhou nada!

Tostão, preciso como sempre. O problema do Palmeiras não é só falta de meias. O maior problema é o Cucabol, que há anos impera no clube. Como ter um padrão de jogo com a bola voando direto da defesa para o ataque e passando 5 m acima das cabeças dos meias? Se o time não mudar de mentalidade, podem trazer o Modric e o De Bruyne que não resolverão nada. O que se joga no Palmeiras está mais para rugby do que para futebol.

Para completar, só duas pessoas no mundo imaginaram que Ganso se tornaria um Gerson, um Rivellino, um Iniesta: Tostao, que passou os últimos 10 anos se perguntando nesta coluna o que aconteceu, e a mãe do Ganso. As expectativas exageradas aqui foram só dele. Se tais expectativas fossem gerais, algum megaclube europeu teria apostado nele, como apostaram em Pato, Gabriel Jesus, Vini Jr.

Amontoado de clichês incoerentes entre si. A tese da superioridade dos europeus e o futebol ultrapassado do Palmeiras, treinado por um europeu (de relativo sucesso onde passou), não batem. O erro está em supor que Liverpool x Bayern é um retrato do futebol europeu. O que ocorre é uma concentração sem precedentes de recursos em poucas ligas e, nelas, em poucos clubes.

Antes era a psicologia de boteco, agora a psicologia da crônica esportiva, que descamba sempre para a exaltação vazia do europeu. Verdadeiro futebol antes da pandemia estava apenas na várzea. Futebol é festa, arte, celebração coletiva. Mesmo o exaltado futebol europeu é jogado hoje por atletas robotizados: o clichê da junção de linhas exige maratonistas, não jogadores com requinte. Para citar Freud, deixe da melancolia, Tostão, aceite o luto, o futebol dos craques acabou para sempre.