Joel Pinheiro da Fonseca > O culto da meritocracia está nos fazendo mal Voltar
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Perfeito. Texto feito para pensar, não para vociferar.
Num paÃs onde há quase 2 décadas se praticam cotas de raça, inclusive para mestrados e doutorados em universidades públicas, há culto da meritocracia? Criaram um espantalho "meritocracia" p desdenhar do mérito,especialmente das análises de mérito em certames públicos.Claro q meritocracia em sociedades de massas não existe nem existirá. Porém,todas as pessoas exigem mérito das outras com as quais se relacionam em situações tÃpicas de cooperação social bem como são cobradas.
E qual é a sua proposta de solução, Joel Pinheiro da Fonseca?
O certo seria: "A educação pública vai mal? Passa cota de raça" O atestado do medÃocre. Uma coisa é perceber q não somos uma sociedade meritocrática, e q quem está em posições melhores não é necessariamente por mérito. Afinal, existe o direito à herança. Outra, é não levar em conta critério do mérito em provas, exames, certames! Levá-lo foi um grande avanço civilizatório. Recompensar os esforçados e incentivar o esforço que vai agregar na cooperação social e desenvolvimento.
Excelente artigo sobre um tema pouco compreendido pela maioria, tratando dos vendedores de ilusão através da meritocracia. Qualidade esperada, pois vem de um colunista com sólida formação intelectual, o que contrasta com a filosofia panfletária, simplória, de para-choque-de-caminhão de bacharéis em filosofia que pregam a morte de adversários polÃticos, como no caso do Nazi-Schwartsman.
Tem quatro hipócritas que se a Folha despedir, não farão a menor falta: Joelzinho Neoliberalzinho, Catarina RochaMoro, Pondé e Fernando Canzian.
..... e cancelar a assinatura de alguns indivÃduos limitados
Ué?! O muleque que quer exaltar o liberalóidismo a cada sombra que se move com esse Papinho? Ontem incentivava o "empreendedorismo" da venda de orgãos como um meio de subir na vida, agora tá nessa?! Precisa escrever uns 500 artigos nesse tom para me fazer acreditar que ele tenha essa mÃnima consciência.
O colunista ancap está c a consciência pesada por fomentar sua doutrina há tempos é? Falar de meritocracia no Brasil é uma piada, um contrassenso; isso nunca existiu aqui.
Em grande parte de suas colunas, discordo do Joel. Desta vez ele acertou, Entendi que o que Joel está dizendo é que existe uma propaganda sobre "meritocracia" que é enganosa. Não é assim: eu quero, eu posso. Existem inúmeras condicinantes que nem dependem do indÃvÃduo. Embora, é lógico, não se possa abandonar a vontade de querer progredir e "melhorar", senão fica pelo caminho mesmo. E, por inúmeras razões, até existem os que se esforçam, mas sucumbem. Nessa hora, tem que haver solidariedade.
Lendo os comentários, dá vontade de sair do Brasil de novo. Quanta gente concordando que a recompensa a quem se esforça é uma coisa ruim! E se ninguém se esforçar, quem produzirá para o uso de quem não se esforça?
Primeiro você deve se esforçar mais para entender o que leu, se realmente leu. Ruim não é a recompensa. Ruim é a tentar convencer que a recompensa é inevitável. Essa é farsa da meritocracia - só o esforço pessoal não é suficiente. Principalmente em um paÃs desigual.
Existe a atitude oposta à crença na meritocracia: pernas para o ar porque alguém tem que nos salvar (de preferência o governo)! O esforço pessoal é, pelo jeito, o produto de uma atitude direitista. O articulista deve ser de uma famÃlia de funcionários públicos.
O serviço público é outro após cerca de 30 anos de análise rÃgida de mérito para ingresso. O Brasil evoluiu bastante institucionalmente por isso. Em 2014 instituÃram cotas raciais em concursos públicos. Ou seja, a mediocridade está tendo passagem. Mas há prazo legal final e vai terminar!
O atual governador do estado de São Paulo não é um exemplo de "empresário de palco"?
Perfeito. A mesma conclusão de Michael J. Sandel em "A Tirania do Mérito".
Sim Joelzinho, esse Cancro é o mesmo do "Politicamente Correto", e o veÃculo para anestesiar e idiotizar o cognitivo das pessoas sempre foi a MÃdia e os Canais de informação, incluindo aà as parcialidades por motivos financeiros ou polÃticos dos Homens de Imprensa, os Jornalistas. Não é a toa que Governos sempre querem dar um "Breque" ala Mussolini nos Órgãos de Informação. A Venezuela, a Turquia, a Rússia e o Foro de São Paulo, são exemplos disso. "Ave Lula"
Brilhante.
Meu Caro, não se trata de que nem todos chegarão lá, com incentivos como o seu, a maioria que não quer chegar, sequer está pensando em ir. falência multipla de tudo, mas quer as benesse de que escalou, galgou, arrastou e queimou as pestanas. mas agora com os treizoitão no pedaço será no gatilhocracia. perdeu, preiboi!
Como assinante, escrevo pela primeira vez para comentar uma coluna. Parabéns ao articulista, um artigo perfeito sobre a mentalidade hoje vigente em nosso paÃs. São textos como esse que fazem valer a assinatura do jornal. Parabéns FSP pelo centenário.
Colunista normalmente com boa visão das coisas, desta vez errou a mão: está falando de oportunismo, não de meritocracia.
Pois é. Parece que ele quer fazer prevalecer e institucionalizar a Lei do Menor Esforço. Lastimável.
Opa! Reconhecer já é um avanço para um autor que, normalmente, defende eficiência de gestão, livre concorrência, estado mÃnimo e outras posições bem pouco solidárias. O problema aqui é que a parte mais importante da questão ficou faltando: contra a meritocracia só o que tem dado certo são polÃticas compensatórias, ações afirmativas, cotas, etc. Vamos defender sem demagogia o combate à s desigualdades? Terá que ser com a força da lei, e com o protagonismo do Estado, não é mesmo?
Cotas e preferências raciais não diminuem desigualdades sociais, não servem a este propósito. Não é compatÃvel. Nenhum Ãndice de desigualdade social diminuiu ou diminuirá com esse tipo de polÃtica custo zero. Apenas abrem caminho para medÃocres e estigmatizam socialmente todo o grupo racial. E são polÃticas inerentemente temporárias, está chegando ao fim a mamata e A Era da Mediocridade institucionalizada. Não pagamos para pessoas ganharem autoestima em universidades.
Fumou um duplo...
Um dos pilares da Teoria Econômica é o Sofisma da Composição, que estabelece, que a situação não pode ser boa para todos ao mesmo tempo. A seleção natural faz as vezes da "Justiça Divina", qual seja, a meritrocracia recompensa os mais aptos. Essa geração de incompetentes criada por cotas sociais; raciais ou compensatórias dos mais estapafúrdios critérios, é extrenamente perniciosa para toda sociedade. Reflexo disso é uma geração, que não desmama nunca dos pais e dos programas sociais!
É isso aÃ, Ricardo. Todos fazemos análise de mérito quando vamos fazer algo como cortar o cabelo. Queremos os melhores. Os que desdenham publicamente da análise de mérito são hipócritas ou oportunistas. Não vivemos numa meritocracia (como um sistema), mas queremos!
Prove que as medidas compensatórias geraram uma "geração de incompetentes". Na PUC-RJ estatÃsticas recentes mostram um desempenho acadêmico ligeiramente melhor dos cotista, apesar de condições normalmente muito piores. Incompetência maior vejo em herdeiros, de fortunas e clãs polÃticos, que têm como único "mérito" o sobrenome.
Uma boa dissertação de nono ano, nota 8,5.
O sistema educacional é um sintoma desse culto em vários paÃses do mundo, não só por aqui. Se alguém tenta mas fica claro que não dá para música, ou para jogar futebol, isso é percebido logo, e a pessoa busca outros caminhos. Aceita-se que só alguns tem talento especial. Mas excelência acadêmica, não sei porque, é tida como acessÃvel a todos. Se você não se forma é um acomodado, mesmo que seja um bom gesseiro ou bombeiro hidráulico.
Eu não chamaria de meritocracia, mas como disse o Thomas Sowell, a busca pela justiça cósmica. Na loteria genética muitas pessoas não são contempladas com alguns pre-requisitos que são necessários para o sucesso nos estudos, carreira e no amor. Mesmo aqueles que acertaram os números precisam de uma dose de sorte: de ter conhecido as pessoas certas, no lugar certo e na hora certa. Reconhecer que não podemos ser tudo que queremos é difÃcil, mas certamente nos livra de muitas frustrações.
Se todos nós nos esforçamos quem é que vai limpar o banheiro da rodoviária?
Funcionaria assim, Jabas: quando não existir mais Casa Grande e Senzala nem pessoas "diferenciadas", muros altÃssimos em condomÃnios com nomes franceses e praças para todos, parafraseando Quintana, "quando a todos for dado o mesmo ponto de partida, a chegada vai depender de cada um". Supondo que cuidamos da limpeza em casa e dos nossos banheiros, faremos o mesmo com o dos outros. Nem precisaria de quarto de empregada em Miami...
Interessante é que, pro Joel, sucesso = dinheiro.
Desigual foi aquele espermatozoide aloprado que conseguiu gerar esse indivÃduo.
Nunca soube de uma história de sucesso que não fosse baseada no mérito.
Os maiores milonários do mundo o são por herança.
Luiz, em tempo, minha tataravó foi escrava. Nossas atitudes, se enfrentamos os problemas ou se simplesmente sentamos reclamamos e choramos, tem reflexo muito além de nossa efêmera existência fÃsica.
Luiz , sua visão de sucesso é muito estreita. Meus avós foram boia fria, meus pais tiveram uma vida dura mas um pouco melhor, meus netos talvez façam MBA no exterior. Na minha visão , meus avós são uma grande história de sucesso baseado no mérito, nunca acabaram o ensino básico.
É mais fácil o mérito aparecer quando uma conjuntura de fatores favoráveis (famÃlia, estabilidade financeira, escolas caras, MBA no exterior etc) atua nos bastidores.
"Não dá para todos chegarem lá" percebi isto no primeiro networking que participei. No segundo entrei com o pé atrás, e não me arrependo. A mais de 100 anos, dois jovens barbudos também perceberam isto: Carl Marx e Engels. Ninguém ainda os desmentiu.
Uma das narrativas mais desmotivacionais que já presenciei aqui na FSP, aliou o texto a polÃtica (até nisso associam o Governo Federal, menos neh...me ajuda aÃ), meritocracia é e deve ser considerada a única forma de sucesso e destaque, textos iguais a esses que transforma essa a geração em “nuttellas” (nada pode, tudo dói). Faço questão de continuar assinando a FSP e me divertindo com essas publicações cômicas.
Bem vindo a realidade. A meritocracia nunca existiu! Vc já parou pra pensar que é mais difÃcil para uma mulher ter um emprego pq simplesmente ela pode engravidar? Esse é só um exemplo. No mais , o autor adicionou elementos polÃticos pq é inegável que esse governo foi eleito por gente q acredita nessa balela chamada meritocracia. Ironicamente um ex capitão q foi expulso das forças armadas e não fez nada em 30 anos de vida legislativa se elegeu, bem meritocrático, não?
Vc acredita que qualquer pessoa pode ter o que quiser por puro mérito? E em papai noel? Coelho da Páscoa? O q mais vc acredita?
Joel, parabéns por desconstruir um pouco a devoção exagerada pela meritocracia, a qual é um dos instrumentos para manter a engrenagem rodando mas também para reduziar eventuais reinvidicações dos menos favorecidos.
Por outro lado, culpar sempre os outros pelo nosso fracasso é atitude comodista que premia os preguiçosos.
O narcisismo de cada um ajuda um pouco, né? Afinal, nada mais aliviante de nossa desgraceira cotidiana do que a expectativa de que 'meu merecido quinhão vai chegar'... Mas o principal é o que se chama 'colonização do mundo da vida': uma era em que todo modo de perceber, sentir e pensar é afetado pela autopublicidade e pelo empreendimento de si mesmo. Isso engabela o indivÃduo e mantém azeitada a máquina de moer carne.
Assino, acrescentando, humildemente: "eu me mereço a mim".
Assino sem tirar nem pôr!
Caro Joel, esse bagulho é tão louco que fico sem saber se vou rumo à ciência ou à galhofa. Como o governo já é uma piada, escolherei a primeira. Nem chego a ela, aliás, paro no senso comum: quem acha que os pontos de partida são equivalentes, que o esforço é aquilo que conta e que é possÃvel sair do mediano sem fazer uso intenso dos "relacionamentos", precisa ir no oculista/psiquiatra. Sem grande esforço, pode buscar o pdf do "privataria tucana"e ver como a meritrÃciocracia produz fortunas.
Caro Marcos, seus inúmeros comentários sobre os mais variados temas são das melhores coisas desse centenário jornal - mas não se anime, tem cada vez menos coisa boa. Deviam te dar uma coluna fixa!
Essa crença de que o fracasso é falha moral e há lugar para todos que lutarem é a ideologia que sustenta o capitalismo e mantém os excluÃdos em mansidão. É bisonha, mas funciona muito bem.
Caro Antônio, tenho a má impressão de que a injustiça da coisa é percebida, ainda que sub-repticiamente, por todos. A grande coisa é a esperança de um dia estar por cima da carne seca, ocupando o espaço de opressão econômica. Enquanto isso, vai ruminando a grama - o pobrema é que ruminar tende ao infinito...
Tem pirâmide que dá certo. A Universal, por exemplo. Sua fórmula é ainda melhor que o Baú da Felicidade. Como Franquia Master de Deus, nem prêmios materiais precisa dar. Seus prêmios são intangÃveis, abstratos, inodoros, incolores. Pérolas de fé. Parabéns ao bispo, pastores, obreiros, mestres-salas, porta estandartes e passistas, pelo empreendimento dessa Organização. Já pensaram em lançar IPO em Bolsa, ou é investimento fechado?
Adonay, meu caro, esse seu comentário me lembrou da música Porrada, do Titãs - punk inteligente e bem tocado. A IURD vai bem, com exceção dos seus empreendimentos na Ãfrica lusófona: parece que a pretalha não se deu bem com o Deus branquinho do Edir, ou o contrário. Sei não, houve uma certa confusão na história do paraÃso, Éden, cobras vasectomizadas etc. Agora, esse negócio de IPO, só depois da regulamentação das milÃcias de Cristo, os Santos dos Últimos Tiros. AÃ, vai.
Bem, só posso presumir que devemos todos entrar na fila do bolsa famÃlia e aguardar bovinamente nossa vez de ser atendido... É óbvio que não há lugar para todos no capitalismo brasileiro que nem capitalismo é....
Não. O que Joel está dizendo é que existe uma propaganda sobre "meritocracia" que é enganosa. Não é assim: eu quero, eu posso. Existem inúmeras condicinantes que nem dependem do indÃvÃduo. Concordo. Embora, é lógico, não se possa abandonar a vontade de querer progredir e "melhorar".
Excelente artigo, parabéns!!!!
Bom artigo. Para um neoliberal olavista, até que foi capaz de evoluir um pouquinho.
Jesus da Goiabeira, Gustavo! D'onde é que tiras uma dessa, rapá? Eu quero fumar um desses também!
Neoliberal e Olavista? Essa é nova para mim, parabéns pela criatividade!
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