Flavia Boggio > Mesmo centenária, ainda insistem em dizer o que a Folha deve fazer Voltar
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Sou oficialmente uma idosa e leio a Folha desde que aprendi a ler (claro que primeiro lia só os quadrinhos). Todos - pessoas e instituições - sempre podem melhorar e de vez em quando fazem alguma bobagem. Mas quando uma velha amiga faz aniversário, tudo o que a gente pode dizer é Parabéns, muito obrigada pela convivência!
O "seu" jornal diz o que bem entende , inclusive insinuar a morte do Chefe da Nação, mas não é assim que os ditadores togados agiram em relação ao Deputado. Dois pesos e duas medidas, desde que o melhor lhes pertença.
Nossa, que texto horroroso.
Exceto que a Folha não é uma mulher que envelheceu: é um jornal, um representante do Quarto Poder, instituição poderosÃssima que se apresenta por vezes como fator desestabilizador nas democracias atuais. A não ser pelo gênero gramatical, não há motivo algum para conceitualizá-la como uma figura feminina, aplicando a ela as mesmas estruturas discriminatórias que vitimam as mulheres hoje. Pelo contrário, a Folha é muito mais análoga a um homem velho, branco e privilegiado: um patriarca.
A não ser que a folha seja gerida pelo Murray, o Ser Eterno, a construção do texto não tem qualquer sentido. A Folha não é uma entidade que acumula conhecimento mÃstico. Seus profissionais não recebem um pó mágico ao assumirem seus cargos. Nesses 100 anos muitos fizeram o jornal, muitos cometeram e cometem erros... outros tantos acertaram. Se durou até hj, houveram mais acertos que erros até agora. Mas isso em nada garante o futuro, ou original o tipo de sabedoria mistica defendida no artigo.
Vergonha alheia dessa coluna
A Folha, a Globo, o Estadão e outros meios de comunicação foram os principais responsáveis pelo apoio midiático que resultou na deposição de uma presidenta honrada e colocou na cadeia o maior presidente da república de todos os tempos, sem provas, para que este não pudesse se candidatar nas últimas eleições, viabilizando a chegada ao poder do traste que hoje lá se encontra.
Que comparação medÃocre e despropositada: um jornal e uma pessoa idosa, como se a crÃtica à segunda fosse equivalente à critica ao primeiro. Inacreditável. Não há um editor nesse jornal para perguntar à colunista: você quer mesmo publicar isso? Não seria o caso de refinar seu argumento? Afinal, não é esse o papel de um editor? Realmente, é assustador o nÃvel da imprensa brasileira...
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