Latinoamérica21 > A popularidade das políticas de punho de ferro no Brasil e na Colômbia Voltar

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  1. Said Ahmed

    Diante da violência o eleitor busca proteção, primeiro na segurança pública e segundo na segurança divina. Ele imagina que se a primeira falhar, a segunda não falha. Mas ambas falham. Crentes empedernidos também tombam mortos, por balas vindo de várias direções. Ainda assim, são cada vez mais populares os políticos que se elegem valendo-se da fé e da força. A religião tem papel importante na política, apesar do desdém de muitos. As bancadas da bíblia, bala e boi crescem em número e influência.

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    1. Said Ahmed

      A bancada do boi não se relaciona tão diretamente com a violência endêmica, sua relação está mais ligada à violência rural e movimentos populares por reforma agrária. Mas ela se beneficia de um fator subjacente, que é a inflação, principalmente a inflação de alimentos. Quanto mais desvalorizado o Real, melhores serão os retornos da exportação de commodities agrícolas. Fatores socioeconômicos como inflação e desemprego contribuem de algum modo para a violência endêmica, embora não sejam únicos.

    2. Said Ahmed

      Do mesmo modo que a religião na política, o punho de ferro também se beneficia da violência endêmica. Quanto maior a violência, maior o pânico e a paranoia entre os eleitores. Não é uma questão a ser discutida no prazo que é dado a outras questões menos urgentes. Há um senso de urgência que somente os políticos que pregam o punho de ferro conseguem elaborar discursos convincentes. O bandido quebra a vidraça, o policial conserta.

    3. Said Ahmed

      A religião (na política) se beneficia da violência epidêmica, mas também se beneficia de outras causas. A violência epidêmica gera medo, angústia, desespero e clamores. A violência epidêmica faz lotar as igrejas em busca de resposta e proteção. Quanto maior a violência, melhor para a religião. O bandido quebra as vidraças e o pastor oferece conserto.

    4. Said Ahmed

      O Garoto, filme famoso de Charlie Chaplin, trazia uma cena onde o garoto tacava pedras para quebrar vidraças e fugia. Ato seguinte, aparecia o vidraceiro, realizando os consertos e sendo pago pelo serviço.

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