Demétrio Magnoli > Eu acuso! Voltar
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Aproveito pra enganchar outra questão... será que alguém vai sugerir o cancelamento de Jonathan Switf pela obra "Modesta proposta (...)", achando que ela incentiva o infanticÃdio, canibalismo ou, figuradamente, a pedofilia?
Monteiro Lobato era racista, até eugenista, eu diria. Quem não era, naquela época? Isso não desmerece a obra dele... em vez de censurar e fingir que as coisas não eram como eram, por que não aproveitar para usá-la, inclusive nas referências racistas, com caráter pedagógico? Quando criança, eu perguntava para minha mãe: Por que a EmÃlia trata tia Nastácia tão mal? Ela respondia: Porque a EmÃlia é muito mal educada e sem respeito, minha filha, você não deve fazer nunca fazer como ela.
Excelente análise .
Caro, tua excelente obra Uma gota da sangue - história do pensamento racial vale a leitura independentemente do caso do Brasil, pois é vasta como o próprio tÃtulo indica. Mas a parte que trata da instituição oficial de raça entre nós está bastante desatualizada. Precisamos de alguém a atualizar em nova obra nosso (lamentável) percurso na última década nesse tema, de uma perspectiva antirracista e anti-racialista como a tua. Se puder mais esse esforço, te agradeço.
Boa coluna. Precisamos parar de alimentar racismo em nosso paÃs e focar no preconceito e discriminação de pobres em geral. Este é o maior desperdÃcio e a maior vergonha do Brasil. Devemos seguir as polÃticas inclusivas de Singapura e China nas próximas décadas, e tudo isto começa com os partidos fazendo Planejamento de Governo.
China acabou c a miséria de centenas de milhões de cidadãos. Investimento massivo em infra-estrutura social p toda a populaçao. Vide controle do corona. Em um paÃs daquele tamanho sempre há um grupo ou outro ainda não completamente satisfeito. Buscam harmonia geral sem atender questões q não achem importantes p o pais como um todo. A coletividade é mais importante q o indivÃduo ou grupos pequenos.
Isso sempre me faz pensar nos descendentes de poloneses pobres do interior do Paraná, que acabam excluÃdos pela situação sócio-econômica e pela cor da pele também, já que para eles não há cotas. Mas não considero que a China seja inclusiva. O que estão fazendo com os uiguires e nepaleses...
A superficialidade das conclusões daqueles que procuram preconceitos em qualquer obra, seja literária, cênica ou pictórica sempre leva a encontros nunca existentes, exceto nas cabeças já armadas para tanto. Tiram-se obras de seu contexto temporal e extraem o que bem entendem, querendo que as situações narradas não fossem parte do cotidiano da época, como se, caso não fossem descritas, não tivessem existido de fato. Sem pesquisa, sem substância. Puro preconceito.
Nós, brasileiros, acusamos!Acusamos os movimentos negros d falsificarem a nossa História;os acusamos tbm do projeto absurdo de birracializar nossa sociedade miscigenada;os acusamos de manipular estatÃsticas q já provêm de fraude por eles praticada ao racializar como negros os pardos-mestiços; os acusamos de fragmentar a nacionalidade e identidade brasileira;os acusamos de querer implantar guerra racial; os acusamos de criar "consciência de raça"em quem não a possuÃa;os acusamos de oportunistas!
O que sera que nosso maior escritor, O mulato Machado de Assis, acharia dos livros de monteiro lobato? Provavelmente nada, nao iria perder tempo com aquela pataguada mediocre e racista
Anacronismo e sincronismo são, ambos, conceitos fundamentais para compreensão de objetos culturais (E. Husserl), algo que o articulista trouxe, muito oportunamente, ao debate. Parabéns por trazer luz e coerência à dialética, que estava indo pela vereda meramente opinativa.
Concordo....
Demétrio toca num conceito pouco conhecido da nova (e antiga) intelectualidade, muito menos tratada na escola: o anacronismo. Encaixar um pensamento ou uma passagem histórica sem se considerar o contexto em que ocorreu pode ser um erro gravÃssimo não só para historiadores (que tem a missão de não o fazer), mas para polÃticos, intelectuais, ativistas etc. Se se ensinasse isso na escola talvez não houvesse tanta confusão e perda de foco nos problemas atuais.
Pour moi, j'accuse (salve Zola) Lobato de ser uma fonte inesgotável de conhecimento e sabedoria. Quando eu estava entrando na adolescência, li integralmente a obra infantil de Lobato. Para mim, nunca houve nada mais encantador. Pois bem, o tempo passou, cresci, li a IlÃada e a Odisseia - de que tomei conhecimento através de Lobato - e Cervantes, e Shakespeare e outros clássicos, e outros mais modernos. Mas garanto: nem Salomão, com toda sua sabedoria chegou aos pés do nosso José Bento.
Compartilho sua opinião e lembro de Lobato colorindo minha infância e juventude. Mas ... mobilis in mobili....
A geração que leu e se encantou com Lobato pode e deve sim também rever os vÃcios e preconceitos do espÃrito da época. Nem por isso o encantamento com o que Lobato escreveu diminuirá.
Chocante como a ignorância decisiva de Monteiro Lobato pelo autor, usada como fator principal no argumento (estamos na era da "ignorância-ostentação", pois) ...há o tÃtulo, que aparentemente é desconhecido em origem ao autor, que usa a frase que se popularizou no "caso Dreyfus" numa denúncia corajosa, contra a corrente, de antissemitismo por parte de poderosos...para reclamar de "mimimi" de quem denuncia, corajosamente, contra a corrente...racismo em poderosos rs
Uma das coisas mais engraçadas e que passou desapercebida é que o Haddad confundia o Diogo Mainardi com o Demetrio M. no Manhattan Connection. Nem precisa explicar o porquê.
O Haddad não é referência. Confunde qualquer coisa com qualquer coisa.
Os progressistas americanos prestam um grande favor a extremistas como Trump e seus apoiadores. O mesmo vale para os canceladores de Lobato. Os bolsonaristas estão salivando com tudo isso. Apagar a história em nada contribiu para o debate sobre o racismo, pelo contrário, só atrapalha. Colocar as coisas no seu devido momento histórico é necessário para que os debates sejam racionais.
Correto. O Grande Eleitor de Donald Trump chama-se Bernie Sanders. Já ajudou a derrotar Hillary, e não fosse o vÃrus, teria ajudado a derrotar Biden. Não sei quem vai dar mais trabalho ao Biden, se a direita ante-diluviana, ou a esquerda iluminatti.
Essa gente faz isso, como se tivesse o dom de mudar o passado direto no presente. Ninguém tem esse dom.E se tivesse? O presente não seria presente!Aliás, se eu tivesse esse dom(de mudar o passado!), teria mandado Cabral e Colombo irem aportar em outra freguesia e aqui ficaria apenas para o autóctone (estaria aqui!) O passado é para servir de exemplo e que jamais ocorra. Não se apaga a História por uma penada no presente.
Adoney: endosso com meus cumprimentos.
Deus, o poderoso Jeovah, Senhor dos Exércitos pode tudo. Mas tem uma coisa que nem mesmo Deus pode: mudar o Passado. Ainda assim, os revisólogos lacradores, dos quais a Folha está cheia, bem que tentam. Se em lugar disso se preocupassem em mudar o Futuro, e o Futuro aÃ, quase Presente, são mais de 300 mil mortos, por perversidade, ignorância e incompetência. Falta apenas o beijo do PrÃncipe Carluxo nos lábios dos intelectuais adormecidos para que acordem?
A coisa mais clara que o articulista mostra é que de fato conhece muito pouco de Monteiro Lobato e não achou digno de seu tempo se dedicar a saber mais, desperdiçando, assim, o tempo do leitor. Recomendo um artigo detalhadÃssimo de Roberto Pompeu de Toledo, "um visionário espiroqueta", caso o interesse do autor pelo assunto seja real e vá além de mero clickbait de desinformado cheio de convicção mas paupérrimo em informação. https://piaui.folha.uol.com.br/materia/visionario-espiroqueta/
Li O Presidente Negro aos 10 anos, por recomendação de meu pai. E como ele vi uma condenação ao racismo. Tão agressiva que jamais foi aceita por qualquer editora americana, que publicam qualquer coisa, ainda que com méritos de distopia. Estranho que Pompeu de Toledo omita o conto *Quero ajudar o Brasil*, onde a celeuma se racista, ou não racista, se liquefaz: https://www.portalsaofrancisco.com.br/literatura-infantil/quero-ajudar-o-brasil
Acusas de anacronismo quem denuncia o racismo em Lobato, mas é imparcial em compreender os efeitos da obra do autor na psicologia infantil. Veja o relato de Marilena Felinto nesta Folha para compreender a superfÃcie da crÃtica ao racista, sim, Lobato. Além disso, você distorce os dados de evasão e distorção idade-serie para bradar contra as cotas. Traga esses dados com seriedade que se torna impossÃvel negar os déficits de aprendizagem entre negros e brancos pobres e em escola pública.
Se o Magnoli tivesse lido duas ou três cartas do Monteiro Lobato, em que ele destila com todas as letras o seu desprezo pela raça negra, talvez não escrevesse o artigo de hoje. E pô-lo ao lado do Gilberto Freyre e do José Vasconcelos, no que diz respeito à questão racial, é realmente inacreditável.
Este debate precisa continuar, e é, de certa forma o que acontece. É precipitada a ação de oficialmente cancelar, alterar nomes, remover estátuas, enfim, antes de um consenso a respeito. A prática pode levar a um apagamento da história crÃtica para as gerações futuras. Uma das práticas vincendas no mundo é o culto à personalidade. Estátuas e sÃmbolos revistos poderiam formar um Museu: além da história crÃtica, há também a arte a serviço de uma época. Apagamentos por si só não constroem.
Exatamente prezado Luis. Caso contrario as Piramides do Egito e muitas e muitas obras primas - patrimonios da humanidade - deveriam ser destruidas pelo fato de terem sido construidas por escravos da epoca.
Tem razão o Magnolli quando reclama atenção ao momento histórico, ambiente de época, na análise de fatos e protagonistas. Todavia é preciso cautela na adoção do método. O uso do mesmo pode conferir ao analista e segundo as suas – dele – pessoais convicções, liberdade para abusivas relativizações de fatos e protagonistas. Os exemplos dados pelo próprio Magnolli, me parece, demonstram que na subjetividade do analista reside o perigo.
Perfeito seu artigo, Prof. Magnoli. É um erro absurdo avaliar os fatos do passado com os olhos do presente e sem levar em consideração as circunstâncias da época. O que tentam fazer com Monteiro Lobato é uma covardia e uma igonorância.
Sera que Oscar Schindler deve ser considerado nazista pelo fato de ter empregado milhares de judeus para trabalhar de graca em sua fabrica de panelas livrando os do holocausto???
Uma comparação que não faz absolutamente nenhum sentido, ou, antes, se mostra da mesma qualidade da do artigo: nem o filme Lista de Schindler mostra Schindler como um herói inatingÃvel pela crÃtica, como o autor deste artigo pretende seus citados.
Magnoli sempre tendente à direita e espezinhando a esquerda. Nenhuma surpresa. Foi um dos grandes responsáveis, como comentarista, pelo monstro bozonista que aà está. Hoje, dá uma de arrependidinho. Parece o encarcerado deputado truculento, que vociferou fezes numa live e ontem só faltou chorar diante da Câmara. Falta ao Demétrio chorar por ter apoiado o golpe/2016 e ajudado a eleger o Bozo. Deve cantar, no carnaval, "como a cor não pega, mulata quero seu amor". Ou "atirei o pau no gato". E da�
Nem vou perder meu tempo aqui com bolsonaristas estú pidos. Já ouviram falar em Google? Basta uma pesquisa rasa, que é o máximo que um bolsominion consegue alcançar, para se constatar o ganhos que todo o povo brasileiro teve com as polÃticas públicas adotadas pela esquerda. PerÃodo: 2002 a 2014. A partir de 2015 nada conta. A partir daÃ, com o pronunciamento do pudico Aécio e o boicote do Congresso ao governo Dilma, tudo mudo, culminando com essa maravilha que temos aÃ. Basta uma pesquisa rasa.
Quem colocou Bolsonaro foram pessoas que serviram de massa de manobra do golpe que a justiça e o grande capital deu em 2016 e depois votaram sem pudor no capitão
Um progressista da gema!!! Para sua informação quem colocou Bolso na presidência foi a esquerda que cultua ba ndi dos, desvia dinheiro público, doa grana para ditaduras de estimação, endossa banqueiros,etc,etc,etc
O segundo dever do historiador é citar a possÃvel referencia do tÃtulo de seu artigo. Em 1898, Émilie Zola, publicou uma carta ao presidente da República francesa, Eu acuso! [J´accuse], em defesa do judeu acusado de trair a França e condenado, depois de um processo puramente baseado em preconceitos raciais, digamos assim. Entretanto, sua acusação procede, o anacronismo e a vingança aos que morreram, por quem sequer viveu, e apagar o passado não apagará a cor de nenhuma pele e nem o preconceito.
José Silva, você peca por excesso de convicção. Abolir o passado é impossÃvel e justo essa bagagem que nos faz avançar. Apagar pura e simplesmente é falsear a história para as gerações futuras. É preciso saber o que fazer, sobretudo no sentido de preservar a história, sua crÃtica e superação. Substituir estátuas ou acabar com o culto a personalidade — que aliás, é anacrônico hoje. Reunir estátuas num Museu de História CrÃtica, alinhavando aspectos positivos e negativos das trajetórias?
Não apaga, mas fomenta. InadmissÃvel o racismo desde sempre. Músicas, livros, estátuas entre outros, com cunho racista ou qualquer evidência de pregação (que fique claro, pregação) preconceituosa, devem ser banidos de vez. Sem dó. Seja Lobato, seja Lamartine Babo, Seja Platão. Não há necessidade dessa fomentação. Há muita coisa de qualidade no mundo da arte com respeito total à s diversidades. Se nem o ser humano, consumidor da arte, faz falta alguma, imaginem-se artistas fomentadores do ódio.
Fenomenal. Politicaram a virtude.
Monteiro Lobato é um importante escritor brasileiro e era racista numa época de um Brasil mais racista, cada coisa é uma coisa... Não dá para ignorar e desquaificar a obra do escritor e também não tem porque negar o racismo de Monteiro Lobato.
Espetacular!! Captura muito bem a briga pelo monopólio da virtude!! Como sair desse ciclo maldito? Os extremos são igualmente despresÃveis.
As sociedades conhecem o passado como experiência, tradição ou diferença, segundo o historiador Eric Hobsbawm (Sobre história). Quanto ao racismo, prefiro enxergá-lo como experiência, da qual tiramos a lição de ser uma mácula. Não vejo tentativa de cancelamento ao se reconhecer racismo em Lobato. Anacronismo é atribuir ideias e práticas presentes ao passado, não é o mesmo que identificar no passado algo que não mais nos convém como sociedade.
"frases suspeitas de Lobato": "um dia se fará justiça ao Ku Klux Klan; tivéssemos aà uma defesa desta ordem, que mantém o negro em seu lugar, e estarÃamos hoje livres da peste da imprensa carioca —mulatinho fazendo jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destrói a capacidade construtiva" Suspeitas?
Demétrio acerta muito mais do que erra. Ao que parece, o nÃvel de educação/informação das pessoas anda tão baixo, que ficam se confundindo e perseguindo suas próprias sombras (rabos?). Seria melhor uma sociedade com menos mimimi, onde se procurasse gastar energia em concertar e melhorar o que precisa. Enquanto isso, o revisionismo rola solto. Mais oportunidades perdidas, pena...
Sempre bom ouvir e refletir sobre posições do Doutor,assim como de vários outros intelectuais ou referencias em suas áreas.Já me incomodou muito artigo anterior do Dr.Demétrio escrachando o Microbiologista Ãtila Lamarino,agora é a vez de Marcelo Coelho.No caso do Ãtila usou um argumento descontextualizado para tachá-lo de algo como apocalÃptico, agora de novo, creio que erra na forma.Pode-se discordar do Marcelo mas não é dessa forma professoral de oraculo dono da verdade tentando ridicularizar.
Para mim, Marcelo Coelho fez isso mesmo: pincelou frases de Monteiro Lobato e indo para tão já batido terraplanismo de que se acusa os outros, quis descontruir e grosseiramente a crÃtica q a professora e crÃtica literária fez ao q ele chamou de racismo delirante de Monteiro Lobato. Acredito q deve haver a contextualização dessa e de outras questões sim e não "cancelar" ou por abaixo monumentos de lÃderes,p.ex, vistos, nos tempos de hj, só como racistas. Churchill foi tb contra nazifazcismo.
Se o articulista considera como moderado e conciliador a um autor como Lobato, que em seu romance O presidente negro propõe o extermÃnio da "raça" negra por meio da esterilização (em nome da eugenia, da qual era ardoroso defensor) , francamente não sei o que ele considera ser racismo.
Muito bom, Demetrio. Nao se combate o racismo, perpetuado pela desigualdade social, condenando-se autores e obras literarias sem se considerar o contexto historico. O racismo tem que ser combatido hoje, nao ontem, para que ele nao mais exista amanha.
Até hoje não sei se foi crÃtica ou elogio quando o Tolstoy disse que os Historiadores parecem surdos, que saem pelo mundo oferecendo respostas para perguntas que ninguém fez. Uma coisa é certa: muitos historiadores trabalharam duro para destruir a própria credibilidade. Nos convenceram que o Tiradentes era parecido com JC e que Santos Dumont havia inventado o avião e o relógio. E em escala maior que o Gandhi foi o herói da independência da Ãndia. Dos crimes do colonialismo pouco se escreve.
Perfeito. Essa elite negra quer adulterar a nossa literatura e cultura. O problema do negro esta embaixo. Os de baixo recebem salario merreca que está valendo menos de 20% do valor legal que esta na constituição. Os pais mandam os filhos na escola para comer porque o salario que recebem não dá nem para a alimentação da famÃlia.
Entendo e concordo, em parte, com o argumento do autor. Contudo pergunto: o que seria das sociedades sem aqueles que forçam seus limites no sentido transformador, revolucionário, buscando torná-la menos injusta e desigual? Os movimentos identitárias têm que lidar com suas contradições internas, mas também os que censuram esses movimentos precisam compreender, e considerar democraticamente, aquele papel transformador das sociedades que eles carregam.
Muito bom. A literatura de Lobato, sobretudo a infantil, foi fundamental para estimular o gosto pela leitura em várias gerações de brasileiros, que conviviam nas escolas públicas, então ótimas, com amigos brancos e negros sem que houvesse essa polarização ridÃcula de hoje.
Excelente abordagem. Importante cancelar o cancelamento de lá e de cá; de todos os lados. Principalmente, quando se retira o contexto histórico.
Perfeito. Mas discutir com o pessoal do cancelamento é o mesmo que discutir com bolsonários (bolsonaristas-ot.ári.os). Dá em nada.
Como sempre ,lúcido!
Excelente texto. Serviço de teóricos desprovidos de coragem para mudar nossa realidade.
Pelo menos essa polêmica obriga algumas pessoas a conhecer mais sobre o escritor, que é uma figura das mais complexas. O mesmo racista delirante que escreve "O presidente negro", e o crÃtico de arte tacanho que desanca Anita Malfati, cria o mundo do SÃtio do picapau amarelo. No final da vida teve aproximação com os comunistas, de modo que até disso pode ser acusado...
Monteiro Lobato era inclusive nacionalista com relação à exploração de petróleo ("O Poço do Visconde"). Era o pensamento da época, hoje não cabe mais. Mas aposto que nisso a esquerda canceladora estaria com ele. Será que leram esse livro?
Concordo.Excelente exposição.
Não podia faltar a condenação pelo autor das cotas raciais. Segundo seu raciocinio não haveria nenhum esforço pela melhora no ensino público e aà elas viriam para contornar. Sem falar no "cancelamento". O William Waack está aà para demonstrar a força desse tal cancelamento. Coluna no outro grande jornal paulista e trabalho na CNN.
o waack é contemporâneo, tem obrigação de ao menos respeitar a diferença. em outros tempos se praticava outras eticas e outras morais. devemos saber das mazelas e dos motivos de ter sido, mas julgar o passado com olhos contemporâneos não funciona.
Concordo essencialmente com as suas ponderações, mas tenho algumas ressalvas. Primeiro. Marcelo Coelho não propõe o cancelamento de Monteiro Lobato, mas a adequação de sua obra aos tempos atuais. Segundo. Lobato viveu em uma época em que a eugenia estava em curso e ele se posicionou favorável ao racismo. Logo, o suposto julgamento de Lobato não é com as lentes de hj, mas de sua época. Por fim, concordo com o seu argumento central. A cultura do cancelamento só nos levará ao retrocesso.
Perfeito. Uma aula de sensatez em um mundo cada vez mais paranoico.
Lobato era um caipira chato, mas filho de um tempo. Demétrio também. Viva nosso anacronismo delirante!
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