Demétrio Magnoli > Eu acuso! Voltar

Comente este texto

Leia Mais

1 2 Próximas

  1. Renata Moro

    Aproveito pra enganchar outra questão... será que alguém vai sugerir o cancelamento de Jonathan Switf pela obra "Modesta proposta (...)", achando que ela incentiva o infanticídio, canibalismo ou, figuradamente, a pedofilia?

    Responda
  2. Renata Moro

    Monteiro Lobato era racista, até eugenista, eu diria. Quem não era, naquela época? Isso não desmerece a obra dele... em vez de censurar e fingir que as coisas não eram como eram, por que não aproveitar para usá-la, inclusive nas referências racistas, com caráter pedagógico? Quando criança, eu perguntava para minha mãe: Por que a Emília trata tia Nastácia tão mal? Ela respondia: Porque a Emília é muito mal educada e sem respeito, minha filha, você não deve fazer nunca fazer como ela.

    Responda
  3. Bruno Camacho

    Excelente análise .

    Responda
  4. Fernanda Ribeiro

    Caro, tua excelente obra Uma gota da sangue - história do pensamento racial vale a leitura independentemente do caso do Brasil, pois é vasta como o próprio título indica. Mas a parte que trata da instituição oficial de raça entre nós está bastante desatualizada. Precisamos de alguém a atualizar em nova obra nosso (lamentável) percurso na última década nesse tema, de uma perspectiva antirracista e anti-racialista como a tua. Se puder mais esse esforço, te agradeço.

    Responda
  5. Eduardo Giuliani

    Boa coluna. Precisamos parar de alimentar racismo em nosso paÃs e focar no preconceito e discriminação de pobres em geral. Este é o maior desperdício e a maior vergonha do Brasil. Devemos seguir as políticas inclusivas de Singapura e China nas próximas décadas, e tudo isto começa com os partidos fazendo Planejamento de Governo.

    Responda
    1. Eduardo Giuliani

      China acabou c a miséria de centenas de milhões de cidadãos. Investimento massivo em infra-estrutura social p toda a populaçao. Vide controle do corona. Em um país daquele tamanho sempre há um grupo ou outro ainda não completamente satisfeito. Buscam harmonia geral sem atender questões q não achem importantes p o pais como um todo. A coletividade é mais importante q o indivíduo ou grupos pequenos.

    2. Renata Moro

      Isso sempre me faz pensar nos descendentes de poloneses pobres do interior do Paraná, que acabam excluídos pela situação sócio-econômica e pela cor da pele também, já que para eles não há cotas. Mas não considero que a China seja inclusiva. O que estão fazendo com os uiguires e nepaleses...

  6. CESAR PAES

    A superficialidade das conclusões daqueles que procuram preconceitos em qualquer obra, seja literária, cênica ou pictórica sempre leva a encontros nunca existentes, exceto nas cabeças já armadas para tanto. Tiram-se obras de seu contexto temporal e extraem o que bem entendem, querendo que as situações narradas não fossem parte do cotidiano da época, como se, caso não fossem descritas, não tivessem existido de fato. Sem pesquisa, sem substância. Puro preconceito.

    Responda
  7. José Flavio

    Nós, brasileiros, acusamos!Acusamos os movimentos negros d falsificarem a nossa História;os acusamos tbm do projeto absurdo de birracializar nossa sociedade miscigenada;os acusamos de manipular estatísticas q já provêm de fraude por eles praticada ao racializar como negros os pardos-mestiços; os acusamos de fragmentar a nacionalidade e identidade brasileira;os acusamos de querer implantar guerra racial; os acusamos de criar "consciência de raça"em quem não a possuía;os acusamos de oportunistas!

    Responda
  8. eli moura

    O que sera que nosso maior escritor, O mulato Machado de Assis, acharia dos livros de monteiro lobato? Provavelmente nada, nao iria perder tempo com aquela pataguada mediocre e racista

    Responda
  9. Helio Lobo

    Anacronismo e sincronismo são, ambos, conceitos fundamentais para compreensão de objetos culturais (E. Husserl), algo que o articulista trouxe, muito oportunamente, ao debate. Parabéns por trazer luz e coerência à dialética, que estava indo pela vereda meramente opinativa.

    Responda
  10. Helcio Fernandes Mattos

    Concordo....

    Responda
  11. MARCOS CESAR MORAES

    Demétrio toca num conceito pouco conhecido da nova (e antiga) intelectualidade, muito menos tratada na escola: o anacronismo. Encaixar um pensamento ou uma passagem histórica sem se considerar o contexto em que ocorreu pode ser um erro gravíssimo não só para historiadores (que tem a missão de não o fazer), mas para políticos, intelectuais, ativistas etc. Se se ensinasse isso na escola talvez não houvesse tanta confusão e perda de foco nos problemas atuais.

    Responda
  12. Geraldo da Silva

    Pour moi, j'accuse (salve Zola) Lobato de ser uma fonte inesgotável de conhecimento e sabedoria. Quando eu estava entrando na adolescência, li integralmente a obra infantil de Lobato. Para mim, nunca houve nada mais encantador. Pois bem, o tempo passou, cresci, li a Ilíada e a Odisseia - de que tomei conhecimento através de Lobato - e Cervantes, e Shakespeare e outros clássicos, e outros mais modernos. Mas garanto: nem Salomão, com toda sua sabedoria chegou aos pés do nosso José Bento.

    Responda
    1. Helio Lobo

      Compartilho sua opinião e lembro de Lobato colorindo minha infância e juventude. Mas ... mobilis in mobili....

    2. sergio barbosa

      A geração que leu e se encantou com Lobato pode e deve sim também rever os vícios e preconceitos do espírito da época. Nem por isso o encantamento com o que Lobato escreveu diminuirá.

  13. JOSE EURICO NOGUEIRA FILHO

    Chocante como a ignorância decisiva de Monteiro Lobato pelo autor, usada como fator principal no argumento (estamos na era da "ignorância-ostentação", pois) ...há o título, que aparentemente é desconhecido em origem ao autor, que usa a frase que se popularizou no "caso Dreyfus" numa denúncia corajosa, contra a corrente, de antissemitismo por parte de poderosos...para reclamar de "mimimi" de quem denuncia, corajosamente, contra a corrente...racismo em poderosos rs

    Responda
  14. sergio barbosa

    Uma das coisas mais engraçadas e que passou desapercebida é que o Haddad confundia o Diogo Mainardi com o Demetrio M. no Manhattan Connection. Nem precisa explicar o porquê.

    Responda
    1. ADONAY ANTHONY EVANS

      O Haddad não é referência. Confunde qualquer coisa com qualquer coisa.

  15. Felipe José

    Os progressistas americanos prestam um grande favor a extremistas como Trump e seus apoiadores. O mesmo vale para os canceladores de Lobato. Os bolsonaristas estão salivando com tudo isso. Apagar a história em nada contribiu para o debate sobre o racismo, pelo contrário, só atrapalha. Colocar as coisas no seu devido momento histórico é necessário para que os debates sejam racionais.

    Responda
    1. ADONAY ANTHONY EVANS

      Correto. O Grande Eleitor de Donald Trump chama-se Bernie Sanders. Já ajudou a derrotar Hillary, e não fosse o vírus, teria ajudado a derrotar Biden. Não sei quem vai dar mais trabalho ao Biden, se a direita ante-diluviana, ou a esquerda iluminatti.

  16. Neli de Faria

    Essa gente faz isso, como se tivesse o dom de mudar o passado direto no presente. Ninguém tem esse dom.E se tivesse? O presente não seria presente!Aliás, se eu tivesse esse dom(de mudar o passado!), teria mandado Cabral e Colombo irem aportar em outra freguesia e aqui ficaria apenas para o autóctone (estaria aqui!) O passado é para servir de exemplo e que jamais ocorra. Não se apaga a História por uma penada no presente.

    Responda
    1. Neli de Faria

      Adoney: endosso com meus cumprimentos.

    2. ADONAY ANTHONY EVANS

      Deus, o poderoso Jeovah, Senhor dos Exércitos pode tudo. Mas tem uma coisa que nem mesmo Deus pode: mudar o Passado. Ainda assim, os revisólogos lacradores, dos quais a Folha está cheia, bem que tentam. Se em lugar disso se preocupassem em mudar o Futuro, e o Futuro aí, quase Presente, são mais de 300 mil mortos, por perversidade, ignorância e incompetência. Falta apenas o beijo do Príncipe Carluxo nos lábios dos intelectuais adormecidos para que acordem?

  17. JOSE EURICO NOGUEIRA FILHO

    A coisa mais clara que o articulista mostra é que de fato conhece muito pouco de Monteiro Lobato e não achou digno de seu tempo se dedicar a saber mais, desperdiçando, assim, o tempo do leitor. Recomendo um artigo detalhadíssimo de Roberto Pompeu de Toledo, "um visionário espiroqueta", caso o interesse do autor pelo assunto seja real e vá além de mero clickbait de desinformado cheio de convicção mas paupérrimo em informação. https://piaui.folha.uol.com.br/materia/visionario-espiroqueta/

    Responda
    1. ADONAY ANTHONY EVANS

      Li O Presidente Negro aos 10 anos, por recomendação de meu pai. E como ele vi uma condenação ao racismo. Tão agressiva que jamais foi aceita por qualquer editora americana, que publicam qualquer coisa, ainda que com méritos de distopia. Estranho que Pompeu de Toledo omita o conto *Quero ajudar o Brasil*, onde a celeuma se racista, ou não racista, se liquefaz: https://www.portalsaofrancisco.com.br/literatura-infantil/quero-ajudar-o-brasil

  18. Thiago dos Santos Molina

    Acusas de anacronismo quem denuncia o racismo em Lobato, mas é imparcial em compreender os efeitos da obra do autor na psicologia infantil. Veja o relato de Marilena Felinto nesta Folha para compreender a superfície da crítica ao racista, sim, Lobato. Além disso, você distorce os dados de evasão e distorção idade-serie para bradar contra as cotas. Traga esses dados com seriedade que se torna impossível negar os déficits de aprendizagem entre negros e brancos pobres e em escola pública.

    Responda
  19. newton penna

    Se o Magnoli tivesse lido duas ou três cartas do Monteiro Lobato, em que ele destila com todas as letras o seu desprezo pela raça negra, talvez não escrevesse o artigo de hoje. E pô-lo ao lado do Gilberto Freyre e do José Vasconcelos, no que diz respeito à questão racial, é realmente inacreditável.

    Responda
  20. Luiz Paulo Santana

    Este debate precisa continuar, e é, de certa forma o que acontece. É precipitada a ação de oficialmente cancelar, alterar nomes, remover estátuas, enfim, antes de um consenso a respeito. A prática pode levar a um apagamento da história crítica para as gerações futuras. Uma das práticas vincendas no mundo é o culto à personalidade. Estátuas e símbolos revistos poderiam formar um Museu: além da história crítica, há também a arte a serviço de uma época. Apagamentos por si só não constroem.

    Responda
    1. Ary Dantas oliveira Junior

      Exatamente prezado Luis. Caso contrario as Piramides do Egito e muitas e muitas obras primas - patrimonios da humanidade - deveriam ser destruidas pelo fato de terem sido construidas por escravos da epoca.

  21. JOSÃ GALDINO DA SILVA FILHO

    Tem razão o Magnolli quando reclama atenção ao momento histórico, ambiente de época, na análise de fatos e protagonistas. Todavia é preciso cautela na adoção do método. O uso do mesmo pode conferir ao analista e segundo as suas – dele – pessoais convicções, liberdade para abusivas relativizações de fatos e protagonistas. Os exemplos dados pelo próprio Magnolli, me parece, demonstram que na subjetividade do analista reside o perigo.

    Responda
  22. ALEXIS SALES DE PAULA E SOUZA

    Perfeito seu artigo, Prof. Magnoli. É um erro absurdo avaliar os fatos do passado com os olhos do presente e sem levar em consideração as circunstâncias da época. O que tentam fazer com Monteiro Lobato é uma covardia e uma igonorância.

    Responda
  23. Ary Dantas oliveira Junior

    Sera que Oscar Schindler deve ser considerado nazista pelo fato de ter empregado milhares de judeus para trabalhar de graca em sua fabrica de panelas livrando os do holocausto???

    Responda
    1. JOSE EURICO NOGUEIRA FILHO

      Uma comparação que não faz absolutamente nenhum sentido, ou, antes, se mostra da mesma qualidade da do artigo: nem o filme Lista de Schindler mostra Schindler como um herói inatingível pela crítica, como o autor deste artigo pretende seus citados.

  24. José Silva

    Magnoli sempre tendente à direita e espezinhando a esquerda. Nenhuma surpresa. Foi um dos grandes responsáveis, como comentarista, pelo monstro bozonista que aí está. Hoje, dá uma de arrependidinho. Parece o encarcerado deputado truculento, que vociferou fezes numa live e ontem só faltou chorar diante da Câmara. Falta ao Demétrio chorar por ter apoiado o golpe/2016 e ajudado a eleger o Bozo. Deve cantar, no carnaval, "como a cor não pega, mulata quero seu amor". Ou "atirei o pau no gato". E daí?

    Responda
    1. José Silva

      Nem vou perder meu tempo aqui com bolsonaristas estú pidos. Já ouviram falar em Google? Basta uma pesquisa rasa, que é o máximo que um bolsominion consegue alcançar, para se constatar o ganhos que todo o povo brasileiro teve com as políticas públicas adotadas pela esquerda. Período: 2002 a 2014. A partir de 2015 nada conta. A partir daí, com o pronunciamento do pudico Aécio e o boicote do Congresso ao governo Dilma, tudo mudo, culminando com essa maravilha que temos aí. Basta uma pesquisa rasa.

    2. Fernando Jose da Costa Brito

      Quem colocou Bolsonaro foram pessoas que serviram de massa de manobra do golpe que a justiça e o grande capital deu em 2016 e depois votaram sem pudor no capitão

    3. Marisa Coan

      Um progressista da gema!!! Para sua informação quem colocou Bolso na presidência foi a esquerda que cultua ba ndi dos, desvia dinheiro público, doa grana para ditaduras de estimação, endossa banqueiros,etc,etc,etc

  25. José Oliveira

    O segundo dever do historiador é citar a possível referencia do título de seu artigo. Em 1898, Émilie Zola, publicou uma carta ao presidente da República francesa, Eu acuso! [J´accuse], em defesa do judeu acusado de trair a França e condenado, depois de um processo puramente baseado em preconceitos raciais, digamos assim. Entretanto, sua acusação procede, o anacronismo e a vingança aos que morreram, por quem sequer viveu, e apagar o passado não apagará a cor de nenhuma pele e nem o preconceito.

    Responda
    1. Luiz Paulo Santana

      José Silva, você peca por excesso de convicção. Abolir o passado é impossível e justo essa bagagem que nos faz avançar. Apagar pura e simplesmente é falsear a história para as gerações futuras. É preciso saber o que fazer, sobretudo no sentido de preservar a história, sua crítica e superação. Substituir estátuas ou acabar com o culto a personalidade — que aliás, é anacrônico hoje. Reunir estátuas num Museu de História Crítica, alinhavando aspectos positivos e negativos das trajetórias?

    2. José Silva

      Não apaga, mas fomenta. Inadmissível o racismo desde sempre. Músicas, livros, estátuas entre outros, com cunho racista ou qualquer evidência de pregação (que fique claro, pregação) preconceituosa, devem ser banidos de vez. Sem dó. Seja Lobato, seja Lamartine Babo, Seja Platão. Não há necessidade dessa fomentação. Há muita coisa de qualidade no mundo da arte com respeito total às diversidades. Se nem o ser humano, consumidor da arte, faz falta alguma, imaginem-se artistas fomentadores do ódio.

  26. Helano Timbó

    Fenomenal. Politicaram a virtude.

    Responda
  27. Márcia Meireles

    Monteiro Lobato é um importante escritor brasileiro e era racista numa época de um Brasil mais racista, cada coisa é uma coisa... Não dá para ignorar e desquaificar a obra do escritor e também não tem porque negar o racismo de Monteiro Lobato.

    Responda
  28. ALEXANDRE ZACARIAS I PEREIRA

    Espetacular!! Captura muito bem a briga pelo monopólio da virtude!! Como sair desse ciclo maldito? Os extremos são igualmente despresíveis.

    Responda
  29. Paloma Fonseca

    As sociedades conhecem o passado como experiência, tradição ou diferença, segundo o historiador Eric Hobsbawm (Sobre história). Quanto ao racismo, prefiro enxergá-lo como experiência, da qual tiramos a lição de ser uma mácula. Não vejo tentativa de cancelamento ao se reconhecer racismo em Lobato. Anacronismo é atribuir ideias e práticas presentes ao passado, não é o mesmo que identificar no passado algo que não mais nos convém como sociedade.

    Responda
  30. Bruno Crotman

    "frases suspeitas de Lobato": "um dia se fará justiça ao Ku Klux Klan; tivéssemos aí uma defesa desta ordem, que mantém o negro em seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca —mulatinho fazendo jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destrói a capacidade construtiva" Suspeitas?

    Responda
  31. fernando knijnik

    Demétrio acerta muito mais do que erra. Ao que parece, o nível de educação/informação das pessoas anda tão baixo, que ficam se confundindo e perseguindo suas próprias sombras (rabos?). Seria melhor uma sociedade com menos mimimi, onde se procurasse gastar energia em concertar e melhorar o que precisa. Enquanto isso, o revisionismo rola solto. Mais oportunidades perdidas, pena...

    Responda
  32. Alexandre Arantes

    Sempre bom ouvir e refletir sobre posições do Doutor,assim como de vários outros intelectuais ou referencias em suas áreas.Já me incomodou muito artigo anterior do Dr.Demétrio escrachando o Microbiologista Ãtila Lamarino,agora é a vez de Marcelo Coelho.No caso do Ãtila usou um argumento descontextualizado para tachá-lo de algo como apocalíptico, agora de novo, creio que erra na forma.Pode-se discordar do Marcelo mas não é dessa forma professoral de oraculo dono da verdade tentando ridicularizar.

    Responda
  33. José Rosa

    Para mim, Marcelo Coelho fez isso mesmo: pincelou frases de Monteiro Lobato e indo para tão já batido terraplanismo de que se acusa os outros, quis descontruir e grosseiramente a crítica q a professora e crítica literária fez ao q ele chamou de racismo delirante de Monteiro Lobato. Acredito q deve haver a contextualização dessa e de outras questões sim e não "cancelar" ou por abaixo monumentos de líderes,p.ex, vistos, nos tempos de hj, só como racistas. Churchill foi tb contra nazifazcismo.

    Responda
  34. ALFREDO SCHECHTMAN

    Se o articulista considera como moderado e conciliador a um autor como Lobato, que em seu romance O presidente negro propõe o extermínio da "raça" negra por meio da esterilização (em nome da eugenia, da qual era ardoroso defensor) , francamente não sei o que ele considera ser racismo.

    Responda
  35. Carla C Oliveira

    Muito bom, Demetrio. Nao se combate o racismo, perpetuado pela desigualdade social, condenando-se autores e obras literarias sem se considerar o contexto historico. O racismo tem que ser combatido hoje, nao ontem, para que ele nao mais exista amanha.

    Responda
  36. Cloves Oliveira

    Até hoje não sei se foi crítica ou elogio quando o Tolstoy disse que os Historiadores parecem surdos, que saem pelo mundo oferecendo respostas para perguntas que ninguém fez. Uma coisa é certa: muitos historiadores trabalharam duro para destruir a própria credibilidade. Nos convenceram que o Tiradentes era parecido com JC e que Santos Dumont havia inventado o avião e o relógio. E em escala maior que o Gandhi foi o herói da independência da Ãndia. Dos crimes do colonialismo pouco se escreve.

    Responda
  37. João Leite Leite

    Perfeito. Essa elite negra quer adulterar a nossa literatura e cultura. O problema do negro esta embaixo. Os de baixo recebem salario merreca que está valendo menos de 20% do valor legal que esta na constituição. Os pais mandam os filhos na escola para comer porque o salario que recebem não dá nem para a alimentação da família.

    Responda
  38. Rubens Guimarães

    Entendo e concordo, em parte, com o argumento do autor. Contudo pergunto: o que seria das sociedades sem aqueles que forçam seus limites no sentido transformador, revolucionário, buscando torná-la menos injusta e desigual? Os movimentos identitárias têm que lidar com suas contradições internas, mas também os que censuram esses movimentos precisam compreender, e considerar democraticamente, aquele papel transformador das sociedades que eles carregam.

    Responda
  39. Adriana Santos

    Muito bom. A literatura de Lobato, sobretudo a infantil, foi fundamental para estimular o gosto pela leitura em várias gerações de brasileiros, que conviviam nas escolas públicas, então ótimas, com amigos brancos e negros sem que houvesse essa polarização ridícula de hoje.

    Responda
  40. Haroldo Silva

    Excelente abordagem. Importante cancelar o cancelamento de lá e de cá; de todos os lados. Principalmente, quando se retira o contexto histórico.

    Responda
  41. Nilton Silva

    Perfeito. Mas discutir com o pessoal do cancelamento é o mesmo que discutir com bolsonários (bolsonaristas-ot.ári.os). Dá em nada.

    Responda
  42. Gil Cabral

    Como sempre ,lúcido!

    Responda
  43. Flávio Sasso

    Excelente texto. Serviço de teóricos desprovidos de coragem para mudar nossa realidade.

    Responda
  44. José Cardoso

    Pelo menos essa polêmica obriga algumas pessoas a conhecer mais sobre o escritor, que é uma figura das mais complexas. O mesmo racista delirante que escreve "O presidente negro", e o crítico de arte tacanho que desanca Anita Malfati, cria o mundo do Sítio do picapau amarelo. No final da vida teve aproximação com os comunistas, de modo que até disso pode ser acusado...

    Responda
    1. Renata Moro

      Monteiro Lobato era inclusive nacionalista com relação à exploração de petróleo ("O Poço do Visconde"). Era o pensamento da época, hoje não cabe mais. Mas aposto que nisso a esquerda canceladora estaria com ele. Será que leram esse livro?

  45. Irene Maria Paulino Ribeiro

    Concordo.Excelente exposição.

    Responda
  46. Irene Maria Paulino Ribeiro

    Concordo.Excelente exposição.

    Responda
  47. João Paulo de Jesus Martins

    Não podia faltar a condenação pelo autor das cotas raciais. Segundo seu raciocinio não haveria nenhum esforço pela melhora no ensino público e aí elas viriam para contornar. Sem falar no "cancelamento". O William Waack está aí para demonstrar a força desse tal cancelamento. Coluna no outro grande jornal paulista e trabalho na CNN.

    Responda
    1. edilson borges

      o waack é contemporâneo, tem obrigação de ao menos respeitar a diferença. em outros tempos se praticava outras eticas e outras morais. devemos saber das mazelas e dos motivos de ter sido, mas julgar o passado com olhos contemporâneos não funciona.

  48. RODRIGO NAFTAL

    Concordo essencialmente com as suas ponderações, mas tenho algumas ressalvas. Primeiro. Marcelo Coelho não propõe o cancelamento de Monteiro Lobato, mas a adequação de sua obra aos tempos atuais. Segundo. Lobato viveu em uma época em que a eugenia estava em curso e ele se posicionou favorável ao racismo. Logo, o suposto julgamento de Lobato não é com as lentes de hj, mas de sua época. Por fim, concordo com o seu argumento central. A cultura do cancelamento só nos levará ao retrocesso.

    Responda
  49. Eduardo Nogueira

    Perfeito. Uma aula de sensatez em um mundo cada vez mais paranoico.

    Responda
  50. Luiz Eduardo Cantarelli

    Lobato era um caipira chato, mas filho de um tempo. Demétrio também. Viva nosso anacronismo delirante!

    Responda

1 2 Próximas

De que você precisa?

Copyright Agora. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Agora.