Marcus Melo > O Governo dos Juízes e o Governo dos Generais Voltar
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Na década de 60/70 assisti muitos filmes enlatados americanos q depois de algim tempo entendi q eram formas de educar a população. Tempos outros. A partir do fim do Estado do Bem Estar Social o mundo foi de ladeira abaixo. Nem a educação dá mais jeito no Brasil. Acabou!
Francisco de Oliveira infelizmente nos deixou de tal modo que a sociologia brasileira tornou-se uma terra deserta. Chico fez a 'CrÃtica da Razão Dualista' a questões como essa, dos '2' (Brasil com S e Z) de forma definitiva e esgotante. Quem fiscaliza os 'fiscais'? Sejam juÃzes ou generais? A Corte Suprema nasceu no Império como um 'puxadinho' do Senado. Floriano fez a República a golpe de mão. Luis Carlos Prestes definiu de forma cabal. As Forças Armadas 'tutelam os 3 poderes'; suseranas.
Nunca se pode perder de vista que nossa republiqueta bananosa teve inÃcio através de um golpe militar. Pode ser essa a razão de sermos a eterna expectativa de um futuro que nunca chega. Um passo à frente, dois para trás ou para os lados. Um-dois; esquerda, direita. Volver! Depois de tanto tempo cumprindo suas funções constitucionais, quero acreditar que as FFAA não hão de se envolver em nova aventura, embora haja um insano no poder que acredite que sim.
Mais uma ótima sÃntese. Os ferrabrás encastelados nos Poderes estão em súbita alegria.
Na escola, nas aulas de história, V. deve ter aprendido que a República foi garantida pelos Marechais: agora aguente.
A democracia brasileira está por um fio. E a razão maior é a antipolÃtica, a ilusão de que se possa instituir um governo de técnicos, juÃzes ou oficiais militares em substituição aos polÃticos eleitos. Precisamos de bons polÃticos, não de tiranos.
No Brasil de bolsonaro vivemos acossados, com medo. Medo de um vÃrus que o governo nega e nada faz para controlar e medo de seu golpe e suas milÃcias que ele anuncia todos os dias e com os quais a imprensa, que deu enorme contribuição para eleger bolsonaro, não se escandaliza e não faz editoriais de capa para mostrar sua "indignação". Em seus 100 anos a FSP deveria fazer a autocrÃtica que tanto cobra do PT.
Com todos os seus defeitos, e os tem em pencas, hoje dependemos do STF para evitar a trajédia de uma ditadura bolsonarista com milicianos como daniel silveira armados até os dentes contra quem não tem armas. Qual é a ameaça que paira sobre o paÃs de bolsonaro? Nenhuma! A nossa mais dura ameaça é o próprio bolsonaro e seus asseclas! Ameaçam as nossas vidas todos os dias!
Goste -se ou não, o Judiciário é o poder que, no limite, sustenta a democracia porque é o guardião da constituição. E estamos no limite. Quando o Legislativo não faz a sua parte, resta ao Judiciário colocar os pingos nos is provocado pelo Legislativo e a Sociedade Civil. O protagonismo é resultado sim da antipolitica, prato cheio para autoritários como Bolsonaro. Precisamos qualificar os polÃticos e principalmente os partidos.
Em 1968, o exército se sentiu ofendido por palavras de um deputado. Pediu ao congresso sua cabeça. Diante da negativa fechou-o. Dessa vez a ofensa foi ao tribunal, que deu uma carteirada, e a câmara facilitou as coisas, entregando a cabeça do colega na bandeja. E a suprema ironia é que o colega defendia o AI-5.
Carteirada não. Nas democracias as cortes superiores tem seus mecanismos de defesa, quando quem deveria defendê-la não o faz, no caso a PGR. E espero que continue defendendo as instituições democráticas, porque é a nossa única arma contra a escalada autoritária, para dizer o mÃnimo.
Pode-se questionar o hiperativismo judicial do STF, mas reivindicar o seu fechamento ou tentar desacreditá-lo atenta claramente contra a democracia.
É, Seu Marcus, é um bom argumento: se não há, em nÃvel judicial, o grupo de força diretamente por detrás das partes, e seus argumentos provêm de um arcabouço comum, é menos pior. Mas isso, seguramente, não quer dizer que não haja partidarismos também lá. Assusta, desconfia, mas resguarda: a piração bozolina é tão sem direção que tamos topando descontroles menores, quase como se nem assim o fossem...
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