Marcos Lisboa > Mercado ou sociedade? Voltar
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No caso de pedágios em estradas, ou tarifas de água e esgoto os preços precisam de monitoração constante, mas no caso do petróleo a polêmica é vazia. Se os caminhoneiros por exemplo acham abusivo o preço da Petrobrás, que se organizem para importar diesel. O monopólio acabou faz tempo. Se não conseguem lá fora mais barato é porque o preço interno é justo.
Como é raro ver artigos inteligentes escritos na imprensa. Subdesenvolvimento não se improvisa, requer esforços permanentes de gerações de governantes. Pena que Marcos Lisboa, e outros pensadores não são lidos pelos nossos polÃticos.
Os comentários são de espantar pela ignorância, falta de lógica e pura estupidez. Então é justo e belo pedir capital ou investimento e depois frustrar a expectativa de retorno. Como disse Marco Lisboa, nossa situação não é obra do acaso.
A expectativa de retorno é bacana-legal-justa. Está corretÃssimo, você. Acontece que do ponto de vista liberal em certos momentos o jogo pode não ser justo e até se tornar viciado, compreende?
As liberdades da entidade “mercado”/corporações devem sempre ser mitigadas quando invadem as liberdades individuais. É a raiz do liberalismo. A concentração de renda em Banânia escraviza indivÃduos. Se não se compreende o básico, não ouso nem tratar de jogos econômicos e poder de mercado.
1O mercado é pro sociedade. Mas quando há gov ñ há mercado e ele nem deixa ter mesmo q ñ haja monopólio legal ele se estabelesse pela intervenção estatal. Caso da Petrobras. Pos crise, em nome do saneamento a empresa se auto administrou. Uma empresa livre tem o dever de maximizar lucros o q é equilibrado pela concorrência no mercado, coisa q a Petrobras ñ tem. Então ela aumenta preços sem controle pra cobrir suas ineficiências e gerar lucro. A única solução e a venda fragmentada da Petrobras.
2Qto a monopólios naturais, como *parecem* ser a Linha Amarela, a distribuição de energia, saneamento, e outros, devem ser propriedade do estado mas sua gestão, ou regulação, deve ser por colegiado de representantes de consumidores como indústrias, comércio e usuários domésticos. A regulação do estado de tais monopólios já se viu q ñ funciona. As reguladoras são manipuladas pelas concessionárias.
Claro que os interesses dos cidadãos e do mercado financeiro são diferentes. As condições sociais da população brasileira, em especial dos 50% mais pobres e dos cerca de 30% de indigentes, diz muito sobre as circunstâncias em que as estatais foram criadas e a acumulação de riqueza que elas promoveram para uma parcela infinitamente pequena de indivÃduos. As ações de Bolsonaro em todos os setores são sempre desastrosas. Ele pouco sabe sobre as condições de produção da Petrobras.
Era proposta do governo Bnaro a desestatização. Indicou Salim Mattar, empreendedor, pra secretaria da desestatização q saiu do governo dizendo q e impossÃvel faze-las, q o stablisment impede.
Será que o Sr Lisboa acredita em uma linha do que ele escreveu? Melhor dizendo: acredita mas sabe bem que tudo que ele diz obedece muito mais a um critério ideológico claro de loas e aplausos aos interesses de mercado do que a boas e fundamentadas racionalidades econômicas, sobretudo se considerarmos um setor econômico tão atravessado por intervenções, cartéis e manipulações. Insper sendo Insper!
Hoje tá bom, o seu Lisboa e o seu armÃnio fazendo bate-bola ultraliberal...
Seu Marcos, tanto quanto é simplificador colocar a equação nesses termos, é simplório ignorar propositalmente o valor estratégico da energia, em qualquer de suas modalidades. O tripé energia, saúde e educação pode, por estratégia, ser controlado pelo governo, em diversas configurações, inclusive a de acionista. Se integrado a polÃticas de estado, a uma concertação voltada para o desenvolvimento e o bem-estar, interessa a todo mundo. Por que fazê-lo privadamente? Para dar lucro a alguns?
ImpossÃvel excluir o controle do "tripé" a que fez referência na situação econômica de quase quebrado em que o PaÃs se encontra.
Não e obra do acaso, é um projeto consistente de atraso.
Por exemplo: "o capitalismo americano tem, desde o inÃcio dos anos 1970, sido "manipulado" e "corrompido" pelos ricos e poderosos para a autoengrandecimento, em detrimento dos americanos de média e baixa renda"
Teoria 1: Capitalismo manipulado por ricos e poderosos Teoria 2: Gestão baseada em valor
Engraçado, paÃses que usaram o Petróleo pra se desenvolver transformar o setor em polÃtica de estado. Ainda existem brasileiros contra termos uma empresa de Petróleo de alta performance. Querem de todo jeito atender ao imperialismo, e olha que foi criada nos anos 50 do século passado. Porque temos de pagar combustÃvel em dólar?
Muitos comentários refletem uma desconfiança justificada, uma vez que a abordagem foi simplista. A fuga de capitais não se resume à intervenção na empresa, que está com preço baixo segundo os indicadores fundamentalistas. Os preços também não se justificam em vista da capacidade ociosa de refino e da entrega de poços de águas profundas. O preço do petróleo no mercado internacional não segue as determinações de um mercado ideal no sentido clássico, i.e., sem atores hegemônicos.
Ao contrário do que o tÃtulo da coluna sugere não acho acho que o autor considere que essa seja uma questão complexa. Pra ele, o investidor merece ser recompensado e pronto.
Resumo da ópera, o mercado sempre ganha ou tem sempre que ganhar. A sociedade que se vire.
Palavrório de ex-Secretário que em 2004 não resolveu o X da questão quando dirigia a polÃtica econômica dos preços públicos de insumo no caso de consumo industrial e de interesse social. A garantia de demanda cativa permanente - a exemplo da energia elétrica, petróleo, água e eletricidade - desde Joan Robinson é quase monopsônica. Só o 'idiota da objetividade' ou 'cretino fundamental' desconhece o papel da OPEP nos 70 e do Cartel das 7 Irmãs nos 80 na fixação do preço do barril de petróleo.
Enquanto meu comentário está sendo censurado, com motivo, pois eu não acredito que o autor teve coragem de escrever o que escreveu, pergunto aos senhores onde acham que a Petrobrás se financia. Quem aqui acredita que exista um mercado global não manipulado de preço do Petróleo? Que o preço respeita a relação oferta/demanda natural?
Ainda há quem acredite em preço de mercado regido pelas flutuações de oferta e demanda? E principalmente no petróleo? Como ele ode um economista alegar investimentos privados e não apontar o montante? Seria interessante saber onde a Petrobrás busca financiamento. Ela pega no BNDES a 5% ao ano, enquanto o pobre se financia no cartão, a 400%/ano. Eu não acredito que o autor acredite em uma linha do que escreveu.
O colunista apenas repete o pensamento ideológico que contrapõe a uma realidade atroz - miséria e fome de grande parte da população, serviços públicos deficientes, desemprego crescente - algumas teorias que não se verificam na prática da economia brasileira: investimentos privados em infraestrutura (quais?), preços de ações refletindo a situação das empresas (aqui no Brasil? só pode estar brincando). A crise brasileira exige coragem e imaginação, e não a repetição de velhos dogmas acadêmicos.
perfeito. só acrescento q não são dogmas acadêmicos, são dogmas do mercado com verniz acadêmico.
Não pode haver antagonismo entre mercado e sociedade, o que é preciso é uma governança sustentável, onde a atividade econômica seja viável mas com justiça social. Lucro predatório a custa do sofrimento da população é inadmissÃvel. Se for necessário demita-se o ministro Guedes. O pau da barraca é o povo brasileiro.
Ele diz...o setor privado arcou com o custo e não terá o retorno...nos sabemos bem , no Brasil, quem financia as obras do setor privado. Eles não arriscam o próprio dinheiro, tem o do povo na mão. Além do mais eh conhecida a prática de tirar o lucro rápido, na metade ou menos do tempo q se consegue em paÃses desenvolvidos. Mas o gado cai nessas "explicações técnicas".
Concordo plenamente com as ponderações do colunista. Se o Estado decide exercer uma atividade econômica, deve seguir as regras do mercado. Simples assim. Contudo, a sua quota parte do lucro deve ser reinvestido em melhorias na própria atividade e na sociedade. Não é razoável que o Estado utilize o seu poder para tungar o investidor, Porém, a empresa estatal deve, necessariamente, ter uma finalidade social além das empresas de capital exclusivamente privado.
Que paÃs é este em que o colunista diz que o investidor constrói a infraestrutura e, por isso, deve ser adequadamente remunerado? Não é o Brasil. Aqui os investidores compram barato, à s vezes até com financiamento de banco estatal, refinarias, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, hidrelétricas, distribuidoras de energia, empresas de saneamento, campos de petróleo, gasodutos, etc. Tudo pronto para faturar. E depois são agraciados com generosos reajustes tarifários, sempre acima da inflação.
Pedro Parente, com seus aumentos diários do combustÃvel, teria "salvado" a Petrobrás, após as loucuras de Dilma, segundo os tecnocratas de plantão. Levou o paÃs ao caos, com forte retração do PIB. O Brasil retira 3mi de barris de petróleo/dia, e vende parte.A quem, e por quanto? Compra gasolina de quem, e por quanto? Quando fala em equiparar aos preços internacionais, que preços são esses? Da Europa, dos EUA, do Irã. Por que o preço do trigo, que é importado, não sobe? Mistérios!!!
E a corrupção? O clientelismo? O populismo? A desigualdade? A educação pública de péssima qualidade? Tanta coisa errada.
A primeira vez que o Marcos Lisboa escreveu essa coluna foi em 2003... até quando vamos continuar culpando o "neoliberalismo" pelos problemas do intervencionismo ineficiente?
"O rompimento dos contratos depois da obra pronta significa que o setor privado arcou com o custo, mas não terá a receita esperada." O setor privado não exatamente "arca com o custo" pois quase sempre vai no BNDES pegar dinheiro, ou seja, não tira nada do bolso. E o rompimento depois da obra pronta pode ser porque a empresa está se entupindo de dinheiro por ter encarecido o serviço.
Quanto do capitalizado por ações foi usado para investimento produtivo nos últimos anos? A extração esta sendo feita apenas nas reservas liberadas pela Dilma, aquela que teria afundado a Petrobras. Criar narrativas sem fatos e dados eh como dar lucro com preços dolarizados, custeios em reais, mercado monopolizado, com produto inelastico, até minha vó faz e olha que ela já morreu, tenhavergonha.
Em muitas situações, como estradas e empresas estatais, quem financiou foi o tributo cobrado da sociedade. Em outros casos, a emissão monetária também financiou tal investimento, gerando inflação que, como todos nós sabemos, afeta a classe mais baixa economicamente. De repente, o governo transfere à iniciativa privada algo pronto e funcionando, e cabe a empresa apenas mudar o nome da placa na portaria. Como já dizia Keynes: no longo prazo estaremos todos mortos!
Marcos Lisboa: com todo respeito qual é o porquê de, na sua opinião, a maioria dos articulistas não aprofundam o debate fora das ideias neoliberais? Há toda uma discussão séria a respeito, mas com raras exceções (na Folha e no Estadão), tal discussão não vem à tona. Biden, nos USA, sob pandemia, neste momento, ousa por aÃ...Ver: Dweck, E. et al. economia pós-pandemia; Carvalho, L. Curto-circuito: o vÃrus e a volta do Estado.
Marcos Lisboa: com todo respeito qual é o porquê de, na sua opinião, a maioria dos articulistas não aprofundam o debate fora das ideias neoliberais? Há toda uma discussão sério a respeito, mas com raras exceções (na Folha e no Estadão), tal discussão não vem à tona. Biden, nos USA, sob pandemia, neste momento, ousa por aÃ...Ver: Dweck, E. et al. economia pós-pandemia; Carvalho, L. Curto-circuito: o vÃrus e a volta do Estado.
Quanta bobagem! Os EUA se desenvolveram, a partir de uma matriz energética farta e barata, além de uma carga tributária de 10%. Como no Brasil, a carga tributária é de mais de 50% , aà está o maior problema, lógico, não? PG prometeu um choque de energia barata para reindustrializar o paÃs. Cadê-la?
É como a dÃvida pública federal.quem tem interesse em pagar? idem em receber? se o usurário tem um bom cliente, é bom que o seu dinheiro continue "alugado" a ele
A verdade é que por trás de tudo isso há um jogo de interesses como sempre em detrimento da sociedade, mormente dos menos aquinhoados
Excelente Prof !! Got it porem tem um doido no piloto .....
A questão é bem mais complexa . PaÃses produtores de petróleo como o Brasil não precisam ficar a mercê do cambio e das oscilações da commodity. Há diversas opções para manter o preço mais estável no mercado interno já comentadas neste jornal. Desde o mecanismo utilizado nos EUA que impõe ao intermediário o custo da oscilação do preço durante o transporte rodoviário do produto, quanto á taxação móvel em periodos de baixo /alto preço e ainda a criação de fundos monetários operados pelo governo .
Trata como "leis da natureza" o arranjo leonino de indexar os combustÃveis ao dolar (e ao preço internacional do barril). Foi adotado na 'calada da noite' durante o governo Temer. Internacionalizou-se o preço do petróleo dentro de um paÃs produtor e auto-suficiente. Internacionalizou-se também o próprio petróleo. Fez-se assim o furto do pré-sal. Simples, né? ;)
Aliás furtar foi atributo principal do governo formado por Temer. No congresso de hoje predomina os que deram base ao governo Temer, o centrão. Canalhas egoÃstas e corruptos.
Voces nao entenderam nada
É a lógica do ""mercado"". A oferta de saneamento exige investimentos, diz o autor. Ora, continuo sem entender porque o Estado não pode fazer esses investimentos e o ""mercado"" pode. Vai tirar o dinheiro de onde? E a remuneração desse investimento, vai vir de onde? É a lógica dos mercadores da miséria querendo lucrar até em cima do esgoto para o pobre. Querem desmantelar o Estado para ocupar seu lugar, em nome dos lucros. Não sei como essa gente consegue se olhar ao espelho.
Palavras de um ex-colaborador de governos petistas. Mas a 'corrente' palocista do petismo não está em alta, né?
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