Podcasts > Síndrome do impostor é tema em podcast sobre neuroses modernas; ouça Voltar
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Tati,este trabalho que vcs todos responsáveis por este podcast fazem é de uma audácia, coragem e de uma beleza indizÃveis. Vc fica preocupada com a exposição excessiva de sua vida e seus familiares e tudo que eu enxergo é não só uma exposição que deixa explÃcito o grau de humanidade dentro de vc e dos outros responsáveis por este trabalho como o que é e como é ser um ser humano nos dias atuais. Parabéns à todos!
Mas percebo que essa sensação de impotência é falsa porque tem que ser forte para manter o equilÃbrio com bom humor, promovendo o bem estar entre as pessoas ao redor, assumindo responsabilidade, tomando atitudes no dia a dia sentindo uma dor constante e latente por 24 horas que vc sabe que um dia essa dor vai estourar numa crise aguda ,tentando manter uma saúde mental e tuto isso mesmo quando não temos condições de manter só pode ser porque a pessoa quer muito viver apesar disso tudo.
A fibromialgia não permite vc nem evoluir para atleta na atividade fÃsica que vc escolhe porque qualquer exagero desencadeia dores e crises terrÃveis, nem permite que vc seja sedentária. Gera uma sensação de impotência também na produtividade das atividades diárias, vc admite que tem um limite que deve ser respeitado caso contrário vc não desenvolve nenhuma atividade nos dias seguintes.
Só não tive um surto de Burnout porque fui demitida 6 meses após ser promovida. A demissão me expurgou daquele ambiente de trabalho que me sufocava. Hoje, ainda desempregada tenho crises esporádicas de dor crônica da fibromialgia, no qual lamento ter que tomar remédios que se tornaram um mau necessário porque as dores são incrivelmente fortes, e o efeito dos remédios são péssimos. Remédios com cafeÃna causam crises de angústia e remédios sem cafeÃna fazem dormi e deixa uma ressaca horrÃvel .
Depois que pego no sono durmo feito pedra por até 3 horas e acordo renovada como se nada estivesse acontecido. Quanto à minhas crises de fibromialgia iniciaram com 16 anos com enxaquecas, mas eram na verdade dores nos músculos da cabeça muito intensas, mas evoluiu para dor crônica no corpo inteiro quando eu estava trabalhando. Eu era projetista de pontes e viadutos no momento anterior da copa no Brasil em 2014. Comecei a desenvolver a sÃndrome de Burnout.
Hoje, com a doença controlada tenho crises esporádicas, mas nem um pouco menos intensas. Tenho medo de ter crise toda vez que dá vontade de ir só banheiro. O que mudou foi que hoje, na crise tenho consciência de que é irreal,tenho coragem de pedir meu marido que me abrace é me faça cafuné até dormir. Enquanto, meu marido faz cafuné eu controlo a respiração e fico repetindo mentalmente para mim mesma como fosse um mantra que - Isso não é real.- até dormir.
As crises iniciam com dor de barriga muito forte e vontade de ir só banheiro, depois vômitos, calafrios,suor,desmaios, fadiga e falta de ar tudo ao mesmo tempo evoluindo para um sofrimento psicológicos intenso que gera impotência e um medo de morrer naquele momento. Dá vontade de ir ao pronto Socorro para pedir ao médico ou enfermeiros para fazer eutanásia em mim. Antes de descobrir a causa e controlar os hormônios foi um inferno de tantas crises recorrentes.
Eu também tenho fibromialgia e como não poderia ser diferente tenho hipotireoidismo, a maioria das mulheres com fibromialgia possuem hipotireoidismo. Tenho também dois nódulos na tireóide isso implica que tenho crises de angústia também, mas a causa das minhas crises são fÃsicas. Sua comparação com bolas de gude eu faço comparando que meu corpo é um aquário e eu o peixe que quer pular para fora do aquário durante as crises de angústia.
Gerar um filho pelo corpo e não pelo cérebro é uma questão bem histérica, já que uma das grandes perguntas histéricas é "sou homem ou mulher?" (p/ Lacan). Ficar grávida no útero é a notÃcia de que você é mulher, não tem como escapar.
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