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  1. José Lima Malveira

    O que me causa espanto é ver, num mesmo artigo, frases como "línguas são organismos tão vorazes quanto indomáveis" e "o Brasil fala inglês muito mal". Se os falares regionais, os diversos "dialetos" brasileiros, possuem o mesmo "status" da norma culta, por que isto não valeria para as línguas estrangeiras? Nós falamos mal o inglês ou falamos a nosso modo? Então, há um jeito certo de falar inglês e alemão? Os cursos ensinam isso? Mas se o português não tiver regras, tudo bem. É assim? Show!

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  2. PAULO ROBERTO SCHLICHTING

    Excelente, Sérgio. Pode ser só coincidência, Aldo Rebelo assina artigo na edição de hoje (Tendências e Debates). Foi como deputado, salvo engano, que Rebelo reivindicou uma reação nacionalista contra o *colonialismo linguístico*. Propôs até a comemoração do saci-pererê em lugar da jeguice representada pela importação do halloween. Deve ser o tal sabichão autor do abaixa-luz.

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  3. Lucas Cansado

    Gostei muito do texto. Até hoje me doem os ouvidos com a história dos "naming rights". E "lockdown" também é ridículo. Pra não falar de "delivery"...!

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  4. Sylvia Alves Corrêa

    Embora muitos comentarista de hoje tenham se pronunciado com propriedade sobre o assunto, gostaria de enfatizar um ponto : a ignorância subalterna de nossos importadores de palavras ou expressões em inglês. Incapazes de buscar no português palavra equivalente, disseminam a palavra inglesa, mudando muitas vezes o seu sentido original. Luciano Hulk que explique o "nonsense".

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    1. Sylvia Alves Corrêa

      Correção: Luciano Huck

  5. Ayer Campos

    Caro Sérgio, seus exemplos são ótimos e ilustram bem o complexo de vira-latas com sotaque anglófilo. Mas quero registrar minha obsessão inconformista com a invenção e incorporação da palavra 'mídia' (especialmente com o artigo singular: "a mídia"). A recepção de um vocábulo de origem latino grafado com base na pronúncia anglófona, é de estarrecer. Nos demais países lusófonos, assim como em todos os hispânicos, essa adoção não existe.

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    1. Ayer Campos

      Um amigo mais inteligente do que eu sustenta que o modelo de 'a mídia' segue o figurino de 'a imprensa'. Não estou convencido e gostaria de ouvir a opinião de outros participantes deste foro.

  6. José Cardoso

    Talvez a força motriz dessas importações linguísticas esparsas seja a dificuldade de aprender uma língua estrangeira. Diante disso, um atalho é aprender algumas palavras que nos aproximem do padrão linguístico internacional. Isso rende pontos, sem tanto esforço, principalmente no mundo corporativo.

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  7. PAULO TAUFI MALUF JR

    E aplicar, que virou sinônimo de requerer, solicitar? E os pets ? E os exames ou tratamentos padrão ouro ? E o péssimo estado da arte ?

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  8. Antônio Neto Ferreira dos Santos

    Eu concordo com o autor. São muitos os anglicismos. Além disso, essa não é uma tendência atual e nem uma tendência apenas do Português. Ela faz parte das línguas. A diferença é a intensidade e a proximidade dos falantes com a língua internacional. Nesse sentido, falantes de línguas germânicas do norte tem tido certos problemas, porque eles falam muito bem em Inglês.Por fim, acredito que para se reduzir a intensidade de nossos anglicismos, tem-se que melhorar a educação e a inovação tecnológica n

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  9. Berardo Gomes

    Línguas são entes vivos e, como tais, são canibais, apropriativas, incorporativas. Estudei, na infância, latim e francês. Americanos anglófilos puristas se ressentem da intromissão do espanhol em seu vernáculo. Basta assistir a um filme ou telenovela de 50/60 anos atrás para se dar conta de como a língua é viva. E viva a mudança!

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  10. Ivan Bastos

    É um processo de decadência rápida, sem nunca termos chegado ao cume. Perdemos nossas florestas, nosso futebol-arte, nossas indústrias, nossa biodiversidade, nossa música de qualidade, nossa educação, nossa saúde, nossa língua materna.... A distopia agora habita nossos corações e mentes.

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  11. Nelson Oliveira

    Disse tudo! Expressões fracas de significado e muito desagradáveis de se ouvir e ler. Esse tal do "não é sobre isso, mas sobre aquilo" é uma aberração facilmente substituível por expressões consagradas no próprio Português do Brasil. Juntos, subserviência cultural, preguiça, ignorância e apego a modismos fazem estragos em nossa língua e nossa autonomia.

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  12. Alexandre Sebastião Ferrari Soares

    E a roda foi descoberta!!

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  13. Evandro Veiga

    Como tradutor e professor de inglês concordo, com exceção de realizar que já está no Aurélio pelo menos desde 2000.

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    1. Lucas Cansado

      Mas não está no Houaiss (pelo menos na versão que eu tenho).

  14. Matheus de Magalhães Battistoni

    Pra essa gente, no fundo, só americano pensa, e nós devemos obedecer sem discutir. Juntos e shallow now

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  15. MARCOS BENASSI

    Justa lerda, caro Sérgio! É um negócio horrendo, esse. é particularmente triste quando a gente repara na sub-língua o que é o corporativês, mistura de mau português e péssimo inglês correntemente falado nas grandes empresas. Quando escrito, então, é o caso de tomar três prozacs de uma vez só...

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    1. Ayer Campos

      Como diz um amigo meu: "É isso aí, mais frem...". Não é tão mau: lembra o Zé Carioca, da Disney década de 50. "A mídia" requer muito mais prozacs...

  16. MARCELIA GUIMARAES PAIVA

    Gostaria de acrescentar, à lista, "empoderamento"., "empoderado" e " "empoderar". Acho bizarro o uso dessas três palavras.

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  17. Júlio Pedrosa

    Fico espantado com os erros toscos do texto traduzido de documentários dos EUA exibidos no Brasil. No canal History, é comum o uso da palavra tropa com o sentido de soldado: em todo programa sobre a II Guerra a Alemanha invade a URSS com . E a palavra hostes pronunciada com H aspirado? Os tradutores e dubladores desconhecem o vocabulário da própria língua! Esses profissionais não sabem pronunciar palavras portuguesas que nunca viram antes. A que ponto chegamos...

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    1. Júlio Pedrosa

      Completando, pois faltou um pedaço: ... Em todo programa sobre a II Guerra a Alemanha invade a URSS com milhões de tropas (deveria ser soldados, não tropas).

  18. José Costa

    Pretobrás - Por que que eu não pensei nisso antes? Itamar Assumpção. Viva Sérgio Rodrigues!

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  19. Hernandez Piras Batista

    Leio muitas obras teóricas e a tradução quase sempre oscila entre ruim a atroz, criminosa. O problema não é só o desconhecimento da língua estrangeira, é, sobretudo, a ignorância do próprio português. Isto, sem contar a ignorância do tradutor a respeito do assunto tratado pela obra. E o que o autor do artigo não citou foram os vícios produzidos pela má tradução do inglês, como o "amanhã estaremos atendendo o senhor".

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  20. Marcelo Martins

    Uma ojeriza muito grande quando ouço "deixe-me saber se deu tudo certo".

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  21. Carlos Orsi

    Muitos desses anglicismos forçados nascem de problemas na educação de base dos marqueteiros e empresaroides. Como desconhecem, porque não leem, o português, fazem adaptações forçadas do inglês. E acho que a batalha sobre o "sobre" já está perdida, infelizmente.

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    1. Lucas Cansado

      Gostei de empresaroides.

  22. JANE KELI ALMEIDA DA SILVA

    Concordo que devemos nos preocupar com a tradução. Os profissionais estão aí e é uma pauta aberta. Mas discordo que falamos mal inglês, porque o falamos conforme nossos dialetos de origem. Imagine o Brasil em sua grandeza geográfica e cultural, falar apenas de uma maneira o dito inglês. Não precisamos nos preocupar com isso, haja vista o inglês ser uma língua internacional e, portanto, abarcar variações de pronúncia. Temos de nos preocupar em dar acesso aos nossos alunos por meio de um bom ensin

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