Solange Srour > O Brasil caminha para a estagflação? Voltar
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A cada dia mais inútil a tentativa de um debate minimamente razoável.
Brasil se meteu num buraco na terra cada dia mais fundo; quem sabe a gente chega lá no Japão. Seria ótimo.
Graças a este governo, que inclusive os economistas apoiaram, e o fizeram sabendo da incompetência do candidato, acreditando em um ministro da economia, que nada tinha de especial em seu currÃculo. Sim e vai piorara se não tirara este governo urgente do planalto!
Não o Brasil não caminha para a estagflação; caminha para nova recessão , por causa do recrudescimento da Covid 19 e os consequentes lockdowns, e para a inflação. Os juros estão muito baixos e o dólar deve subir de valor comprometido pelo desequilÃbrio fiscal. Só vacinação rápida melhora o curto e o médio prazo, mas não compramos vacinas quando nos eram oferecidas.
Os mais pobres e classe média sentem hoje no bolso o peso do supermercado e do tanque de combustÃvel. O paciente está morrendo, há que agir, não adianta mais apenas ler os parâmetros no monitor! EstatÃsticas e parâmetros frios não conseguem esconder métricas óbvias como a absurda concentração de renda promovida desde os anos 70. É fato que 54% da renda nacional fica com os 1% mais ricos. Nos eua e Chile, a percepção de uma concentração de renda bem menor (Algo como 20%) gerou movimentos sociais!
O importante é reconhecer que a ausência de um plano nacional para a pandemia e a falta de pressa na obtenção de vacinas são as causas do que vivemos, não as restrições impostas por prefeitos e governadores. A verdade dura e simples é que o governo apostou na imunidade de rebanho e quebrou a cara. E foi amplamente avisado que a aposta era temerária. E esse desastre é apenas a cereja de um bolo de fiascos, com o desmanche das estruturas ministeriais e a destruição da imagem do Itamaraty.
Neoliberalismo gerou queda de demanda que, não surpreendentemente para economia essencialmente doméstica, produziu estagnação e queda da inflação. Com a pandemia, houve transferência de renda e aumento do consumo em um momento de alta do dólar, que juntos explicam a pressão inflacionária. Com uma transferência de renda bem mais modesta em 2021 e mais 6 trilhões de dólares e euros, nem demanda nem dolár se sustentam e nós vamos voltar para estagnação. A moça não domina a lei da oferta e demanda.
Não é que ela não domina, ela ignora, simplesmente. Todo neoliberal ignora essa parte, porque acha que "a mão invisÃvel do mercado" sempre dá um jeito. Só que não...Qualquer estudo aprofundando sobre oferta e demanda derruba essas teorias neoliberais...
A situação fiscal do PaÃs é mesmo delicada: não há como negar. No entanto, não há hoje o mais remoto sinal de estagflação, um fenômeno que ocorre em situações muito singulares. Alertar sobre nossos problemas fiscais não justifica dizer qualquer tolice para "assustar" as pessoas.
O perigo é grande mesmo. O presidente é refém dos sindicalistas caminhoneiros e policiais, enquanto que o congresso chuta o pau da barraca da gastança. Mas discordo que o BC possa fazer alguma coisa. Com a porteira fiscal escancarada, um aumento nos juros é inútil.
Senhora Economista-chefe de Brasil do banco Credit Suisse, o problema do Brasil é a desigualdade social, onde metade da renda nacional está concentrada na mão de apenas 1% da população brasileira. Como integrante dessa entidade etérea "mercado", o seu discurso nesta seção demonstra que os rentistas especulativos, só querem saber de estado mÃnimo, de ajuste fiscal, do propalado "equilÃbrio" das contas públicas e outras polÃticas neoliberais. Levadas ao cabo, estas polÃticas geram mais pobreza.
A concentração de renda só aumenta e hoje sufoca o paÃs. A tributação bruta continua igual, a tributação lÃquida diminui, sobra pouco ou nada para o estado investir. O 1% mais rico é avesso a riscos. Pequenos negócios morrem, pessoas morrem. Mortos não pagam dÃvidas. Situação surreal, mas eles não compreendem.
Se um paÃs não quer ter "rentistas" , esse paÃs não pode se endividar. Se escolhe se endividar, tem que mostrar que pode pagar a dÃvida. Se não demonstra capacidade de manter as conta em dia, acaba não mão agiotas.
Para mim, a estagflação já se iniciou, mas não pelos motivos descritos pela banqueira, como o descontrole fiscal. A estagnação se deve por falta de polÃticas públicas na direção do crescimento econômico aliado a uma melhor distribuição de renda, agravado pela pandemia. Já a inflação se deve pela excessiva valorização do dólar e escassez de produtos básicos para o mercado interno. Muito parecido com o que ocorria no ocaso da ditadura militar. Não à toa, temos um adorador desse regime no comando.
A valorização do dólar e problemas com a oferta de produtos básicos se devem a polÃticas neoliberais deste desgoverno, que freiam qualquer possibilidade de crescimento econômico...
Tipo o dentifrÃcio?
Puro terrorismo fiscalista! Com o agravamento da pandemia, o que se prenuncia mesmo é uma brutal queda da taxa de crescimento do PIB ou, até mesmo, recessão econômica. E, como o auxÃlio deve ser reduzido, não se sabe se haverá massa salarial suficiente para sustentar o consumo. E sem este, não há inflação.
O fantasma da estagflação já era usado como assombração por ortodoxos radicais e ultraliberais há três anos atrás e não se concretizou. O que a recessão produziu mesmo, como dói acontecer, foi queda do consumo e, portanto, da inflação. As condições para estagflação são muito singulares e nada diz que as temos no momento.
Leia-se "sói acontecer" não "dói acontecer"!
Sempre o mesmo tema, agora com uma dose de desonestidade intelectual. Qualquer pessoa sensata saberia que ainda é muito cedo para falar em estagflação. Nem mesmo sabemos se, de fato, a inflação deve ficar acima da meta este ano. Catasteofismo fiscalista.
Leia-se "catastrofismo", não "catasteofismo".
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