Ainda que os apedeutas governe, é preciso buscar a luz e inteligência. Ótimo texto.

Obrigada. Precisaríamos de mais textos como esse para os tempos obscuros que vivemos.

Spinoza mostra-se cada vez mais fundamental. Deveria ser estudado nas escolas!

Ótimo texto, obrigado.

Isso mesmo! Muito bom o texto!

Bíblia: livro mentiroso e imoral, que mostra uma deus floclórico rancoroso e malévolo. Deveria ser vendida lacrada e somente para maiores de 18 anos.

Tão atual. A tecnologia mudou muito mas os humanos quase nada. Lendo um clássico italiano que se passa em uma época de peste na Itália (I promessi sposi) fica-se atônita com as semelhanças com o que está acontecendo.

Está ai Monteiro Lobato para comprovar a tese.

Ótimo artigo! Necessário! Obrigado.

Ou a Verdade existe e é, portanto, atemporal, ou tudo é relativo, inclusive o contexto onde se deu a escrita.

Fico pensando (utopicamente) se esses pastores evangélicos lessem esse estudo do Spinosa e passassem a interpretar a bíblia com responsabilidade e inteligencia, quantos brasileiros poderiam ser 'salvos' da ignorância (e ganância ).

Li na internet há pouco tempo esse livro do Spinoza. O interessante para mim foi sua defesa do "texto em si". Se algo está lá escrito em mais de um lugar, e uma análise da língua original não deixa muita dúvida quanto ao significado, então não há porque procurar pelo em ovo. Se for absurdo após essa análise, é porque está errado mesmo. A noção de que a obra (ou seu autor) tem sempre razão, desde que se interprete "corretamente", a torna um fetiche, um apêndice da elucubração de teólogos.

Texto muito bom. Mas cuidado para não cair em outro extremo e tentar produzir uma leitura desideologizada e absolutamente fiel ao que os clássicos quiseram dizer. Qualquer leitor lê a partir de seu tempo - e isto em grande medida é rico e legítimo. A leitura mobiliza instrumentos mentais e culturais de recepção da leitura que são típicos de cada época. A hermeneutica não consegue eliminar completamente estes impulsos de recepção, pois são comuns a todos. Mas pode-se ler com mais objetividade.

Em dublinenses, joyce perscruta de modo detalhado muitas das nuances irlandesas. Mas, nao apenas em joyce, é dificil ter uma representaçao fiel da realidade do tempo de cada autor. Nas paisagens descritas, nas carruagens e trajes e, principalmente, nos modos e nas linguagens, captar a verdadeira atmosfera de uma época angustia o leitor de hoje, embora o exercicio contínuo da leitura nos satisfaça progressivamente ainda que a velocidade de uma carruagem não seja a mesma de um sedan 2.0.