Não li sua coluna, pois não tenho saco para baboseira. Mas, respondo a pergunta do título: "" Onde terminam os vilões""? Terminam fundando sindicatos e partidos de esquerda; nas redações canhotas da imprensa subversiva; e alguns na cadeia. Mas, o STF manda soltar!

Sintomático. Quando começamos a procurar na ficção lenitivo para o que desejamos que aconteça com personagens cruéis da realidade, é sinal de que consideramos que só no irreal há justiça. Procurei, numa busca rápida na memória, punição cruel que pudesse ser avaliada como apropriada para o vilão real. Vieram- me a mente Iago, de Otelo, e Javert, de Os Miseráveis. A pior (ou melhor?) punição de que me lembrei foi a de Prometeu, tendo seu fígado eternemente devorado por abutres. Também apropriada.

Sérgio, caríssimo: a despeito da excelente sugestão, não carece de adotarmos tal metodologia. Uma rolha no Bozo, bastaria, e nem precisaria ser na popa: fosse na proa, já ajudava nosso vilão a não excretar as idiotices de sempre. Dada a toxicidade do que fala o quadrúpede em chefe, teria bom resultado, além de nos poupar os tímpanos...

É bem verdade o que o autor se refere. Já a realidade tem uma categoria de vilões que acabam suas vidas bem nutridos, gordos, rodeados de netos, às vezes até bem quistos pela vizinhança...Mengele, Franco,Mobutu,a lista é longa...mas sempre temos a esperança de ver alguns dessa categoria dependurados de uma vulgar marquise de posto de gasolina

Pude imaginar certos vilões padecendo de males semelhantes. Sem remorsos.

Sobre literatura ou frases feitas, prefiro a de De Maistre, de 200 anos atrás: Todo povo tem o fevereiro que merece.

Boa Sérgio, também João Ubaldo nos deleita com a escalação do time do São Lourenço, padroeiro da Ilha: "Um goleiro, dois beques, três halfs e cinco linhas. Ganhava todas. Já o manda-chuva escalou seu time assim: "Eu no gol e mais dez generais", e um assessor alertou, mas o da saúde tem que ser um médico presidente! "E daí, quem manda sou eu!" Perdeu todas para o covid.

Sergio Rodrigues nos brinda sempre com textos que revelam fina ironia e arguta inteligência. Textos incompreensíveis para o vilão mor do país e para sua claque.

No Brasil, os vilões terminam bem, muito bem, desde que seus colarinhos sejam brancos ou sigam usando black tie. Na regra geral da Casa Grande não há exceção.