Ilustrada > Amanda Gorman, a poeta de Biden, acende debates sobre lugar de fala entre tradutores Voltar

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  1. Valdir Aparecido de Oliveira

    Quanta baboseira! As pessoas que estão fazendo essa celeuma não leram o poema pra saber do que se trata, ou se leram, não entenderam nada. Tradução para essa gente não adianta. Tem que desenhar.

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  2. PRISCILA BARROSO

    Que coisa absurda! Desde quando a etnia do tradutor poderia definir a qualidade da tradução? Estão caindo no exagero, uma pena.

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  3. Denis Sousa

    Se as coisas continuarem nessa toada, será necessário contratar tradutores do oriente médio para traduzir o velho e o novo testamento.

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  4. Ricardo Rezende

    Uma coisa é certa. Se todo autor tivesse esse cuidado com tradutores; buscando perfis adequados para o trabalho, não teríamos essas muitas traduções que são 'traições'. Enfim, já que o poema é sobre afirmação identitária, mais do que normal a autora querer um perfil de tradutor que saiba do que está falando, viva na pele o que está traduzindo. E os que estão reclamando é porque estão perdendo um lugar que nunca foi disputado, certa reserva de um mercado muito restrito e privilegiado.

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    1. manoel Albuquerque

      O problema desse exagero é que se um branco recusar que um negro que traduza uma obra sua usando o mesmo argumento vai ser chamado de racista... ja imaginou o absurdo de se negar a um negro conduzir uma sinfônica que toque uma música medieval pq ele "não teria a vivência" histórica dos fatos que influenciaram a criação daquela música!? Absurdo não achas?

  5. luiz rassi

    Quanta estupidez!! Então daqui para frente se um negro tiver que ser operado, temos que conseguir um cirurgião negro também??? Desde quando a cor da pele define alguma coisa?? Isso é um racismo estupido!!

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    1. Ricardo Rezende

      Não tem coerência na sua comparação. Uma operação é uma questão de saúde, não é um manifesto poético e político sobre a questão do negro numa sociedade clivada racialmente. Afinal, um autor negro tem direito de escolher um tradutor com lugar de fala semelhante. Estamos falando de um mercado em que reina privilégios de profissionais branco e estou achando lindo esse debate todo quebrando essa reserva de mercado de pessoas privilegiadas. No fim, sem pessoas como Gorman, estruturas não se abalam.

  6. Júlio Pedrosa

    Agora que o identitarismo chegou à tradução, qual o próximo território a ser ocupado? Com certeza a crítica literária: críticos brancos serão proibidos de analisar obras de não brancos. Depois a própria leitura: brancos não lerão não brancos, e vice-versa. Estou repensando certas escolhas minhas, e talvez deixe de comer sushi, beber arak e ouvir reggae; banho turco não frequentarei e o livro de Gorman não lerei...

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    1. Júlio Pedrosa

      À parte as ironias, tal comportamento, que poderíamos chamar quaresmismo, foi descrito por Lima Barreto em sua obra mais conhecida e menos compreendida: o major Quaresma achava que no Brasil não deveriam ser cultivadas plantas de outros países, o único instrumento musical a ser tocado era o violão, e só se deveriam tocar e cantar modinhas...

    2. Ricardo Rezende

      se tivesse chegado a mais tempo, talvez tivéssemos menos traduções-traições. LOL

  7. Marcelo Santana

    Isso é tolo e precisa ser parar agora, antes que criemos novos apartheids. Identitarismo é uma doença que realiza o pensamento neoliberal.

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