Hélio Schwartsman > Sistema eleitoral e a receita de instabilidades Voltar
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Você é tao inteligente....
É necessário analisar melhor a questão. Israel usa lista fechada e D'Hont a escala nacional, Brasil usa lista aberta e coeficiente eleitoral a escala estadual, não são sistemas idênticos. Argentina usa lista fechada e D'Hont a escala estadual e não há muita fragmentação partidária. De qualquer jeito, acho ruins os tres sistemas, eu preferiria algum tipo de sistema distrital, que estabelecem uma relação mais clara entre eleitores e eleitos.
Além da lista fechada (a qual, no Brasil, seria um deleite aos caciques), uma diferença é a proporcionalidade. Aqui, a Câmara não representa o princÃpio "um homem, um voto", pois há estados supereepresentssos e outros subrepresentados. A distorção é causada pelos limites mÃnimo e máximo de deputados por Estado.
Uma boa solução intermediária entre as listas aberta e fechada seria a lista fechada com voto preferencial. O eleitor seria obrigado a votar na lista de um partido e, se quisesse, num deputado de sua preferência.
O pior aspecto do nosso sistema eleitoral não é o sistema proporcional, mas a lista aberta, que favorece os piores males da nossa vida polÃtica, o individualismo extremado e o personalismo. No Brasil, no fundo, cada deputado é seu próprio partido.
Quando fala que o stf não entende de tudo, a derrubada da cláusula de barreira foi uma dessas votaçòes que permitiram mais que trinta partidos no paÃs. Claro, não existe como ter estabilidade polÃtica com tamanha pressão por espaço polÃtico, fundo partidário e no orçamento público. Esteve na mão do stf e passou, agora pra arrumar tá difÃcil pois eles não votarão contra eles. Imagina o presidente Bolsonero nem partido tem, duro. O partido mais forte daqui o centrão manda desde 1988 sem registro.
Esta quantidade absurda de partidos, pois, não existe tantas ideologias assim, é uma maneira de usufruir do dinheiro público, pago pelos contribuintes para satisfazer as vontades de seus donos e não da Nação, espoliada por tantos polÃticos que usam da má fé para satisfazer suas ambições pessoais e terem uma vida de benesses e privilégios incompatÃveis com o momento que passa hoje o paÃs.
O sistema proporcional é superior na minha opinião apesar de suas falhas. As divisões em Israel são da própria sociedade e os partidos apenas a espelham. Por aqui a grande distorção é o fundo partidário qye dá incentivos à simulacros de partidos que não representam nada além de seus chefes.
Há alguma relação entre o sistema eleitoral que adotamos e as consequências empÃricas dele resultantes? Ou as consequências empÃricas dele resultantes só podem ser analisadas por modelos teóricos do nosso sistema eleitoral? Podem as consequências empÃricas refutar, por si só, um sistema eleitoral??
O grande problema nosso é a reeleição no executivo e não ter limite no legislativo. Devemos resolver isso. Outra questão que precisa ser mudada é a remuneração de vereadores em municÃpios com menso de 5.000 habitantes. Esse cargo deveria ser trabalho comunitário. IrÃamos melhorar muito a qualidade do legislativo nesses municÃpios. Há projetos em tramitação, mas estão engavetados. Precisamos de estadistas para enfrentar estas questões.
Totalmente a favor de extinguir a remuneração a vereadores de cidades pequenas. Mesmo por que dificilmente eles se reunem mais de 2 vezes por mês. Mas as medidas sao muito mais amplas, a cláusula de barreira tem que aumentar progressivamente, implantar voto distrital misto também ajudaria, reduzir benefÃcios sem sentido...
A situação no Brasil é diferente de Israel. Enquanto lá o multipartidarismo decorre da própria divisão da sociedade, aqui no Brasil, o multipartidarismo gera um grupo uniforme com único propósito: sugar os recursos do Estado independentemente quem esteja no poder. Lá em Israel, a segmentação ideológica dificulta a governabilidade. Aqui no Brasil, a única governabilidade possÃvel é por meio de uma negociação espúria com o centrão.
Hélio , bom artigo
Eu que gostaria de ver o parlamentarismo no Brasil pelo menos como um teste, fico pensando quantas vezes trocarÃamos de primeiro ministro a cada ano! Se já houvesse o parlamentarismo em 2018 aqui, Bolsonaro não duraria um mês no cargo.. Como dizia o Chacrinha, polÃtica não veio para explicar e sim para confundir...
Tudo distorções. A começar em fazer do poder governo, aberração exacerbada com entrada do estado em serviços, saude , escola, etc. A democracia, como limite ao poder, nunca foi governo, ñ foi feita para partidos mas pessoas. Na rotação de poder se troca pessoas e ñ partidos a corrupção e vÃcios são inevitáveis, como foi o Pt 13 anos no poder. Partidos são facções jamais deveriam ser reconhecidos como meio de acesso a poder. Formação de maioria em congressos é outra aberração, q aqui se compra.
No sul de Minas tem uma expressão muito boa para isso, Hélio: "co'didoido, sô!" É também uma coisa de punguista, porque, dessas, umas 18 são somente pra bater a carteira do contribuinte e empalmar uma graninha. Co'dimentirinha, outrossim, dado que seus nomes não representam coisa alguma, conteúdo e etiqueta não batem quase nunca. Pode ser uma boa hora para a folha nos alfabetizar sobre formas diversas de pleito e organização legislativo/executiva, já que tá tudo zoado e temos eleição no horizont
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