Ilustríssima > Recusa em debater o neoliberalismo mostra isolamento da economia Voltar
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em primeiro lugar, liberdade não tem a ver com competição, mas com responsabilidade no exercicio da liberdade. só uma pessoa imatura se propoe a ter liberdade para fazer o que quiser, sem medir as consequencias. assim, no brasil não existem neoliberais conhecidos, apenas aves de rapina.
Belo artigo, Lauro Gonzalez e Daniel Pereira Andrade! Debate fundamental. Receio, contudo, que muitos economistas não consigam nem chegar ao final deste artigo. Se conseguirem, imagino que poucos entenderão. Contudo, caso um punhado entenda a urgência do debate, duvido muito que se mobilizem para fazer as leituras sugeridas e avançar na discussão que vocês estão propondo. De qualquer modo, vale a tentativa de vocês, de chamar para o debate. Parabéns!
Será que os economistas são tão tolos? É inocência da esquerda supor a inferioridade intelectual de seus adversários. Lamentável que com tantas derrotas morais que ela sofreu não tenha aprendido esse be-a-bá.
Levando em consideração, a grande concentração de neoliberais na editorial de Mercado da Folha isso me parece uma capitulação. Com as recentes medidas tomadas pela administração Biden, inspiradas na China 2009 se evidenciou o colapso desta matriz ideológica. O que vemos aqui é uma tentativa de salvá-la do cemitério onde já estão tantas outras ideologias do passado. Economia que não olha para as pessoas não é ciência. É um meio de garantir privilégios e a supremacia branca.
Na minha humilde opinião o capitalismo que tem na sua concepção apenas a geração e acúmulo de riqueza não produz o resultado necessário para que uma sociedade possa viver harmoniosamente e com justiça
O espantoso é ver a Folha inserir no meio de uma análise de alto calibre como essa, imagens com crÃticas ao funcionalismo público, imagens da "inclusão social" feita por multinacionais, e imagens da polÃtica liberal do Guedes sob ameaça rsrs! Ao mesmo tempo em que publica uma reflexão crÃtica sobre o neoliberalismo, fica dando recados por metalinguagem das suas reais preferências.
Tangencial, porém não menos problemático: num texto que clama pela qualidade dos debates, é inadmissÃvel uma citação (ou melhor, uma alusão) tão escolar e vulgar a Pierre Bourdieu - o tom de moral de escoteiro é constrangedor.
"Li Bourdieu e acho que entendi. Como está meio fora de moda nas Ciências Sociais, vou dar uma espinafrada, pra ver se ganho um pouco de atenção".
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Felicito as boas intenções do texto, mas ele padece de uma inocência comovente. Estariam os economistas mainstream realmente interessados em um debate "mais sofisticado"? Não sabem eles que a vulgaridade dos "conceitos" nas redes não servem de base para um diálogo qualificado? Claro que sabem. Simplesmente não desejam "sofisticar" o debate.
Acho que vc tem razão. Os economistas mainstream não são almas boas e curiosas em busca da verdade que simplesmente esqueceram de olhar para outras aristas do problema: na maior parte são intelectuais orgânicos do capital, só pensam e podem pensar desde essa perspectiva.
Um diálogo entre a economia e as ciências sociais é bem vindo. Da forma como Bordieu fez. Ler os originais da economia e fazer a crÃtica pertinente. Assim como Adam Smith fez em sua época: economia polÃtica que deu ramificações na economia. Trazer novamente pressupostos sociais e éticos na teoria econômica faria bem aos economistas de hoje.
Toda teoria cientÃfica existiu por tempo limitado na história, contribui para o avanço até que fatos e evidências as consideram insuficientes. Na fÃsica os exemplos são didáticos, força e movimento de Thales a Galileu, da fÃsica e da cosmologia de Descartes à gravitação newtoniana, do próton de Rutherford aos quarks de Gell-Mann, Nambu. Assim também, na economia, teóricos que se pretendem sérios não veem que os fatos e as evidências os atropelam.
Justa lerda, senhores, que artigo instigante e delicioso. Terei anda mais umas duas leituras proveitosas, isso antes de seguir os links - o que farei acanhadamente, aliás. Pena não ter companhia intelectual para empreender um avanço no tema, pra mim é sine qua non. Mas agradeço a reflexão e os horizontes apontados. É um daqueles artigos que, por bem escritos, permitem às gentes de fora da seara um bom e proveitoso passeio. Obrigado!
O Samuelson foi a encarnação do mainstream na economia na chamada sÃntese neo-clássica do pós guerra, que incluÃa a contribuição de Keynes. Entretanto a ascensão das economias asiáticas, baseadas em sociedades mais autoritárias como Japão, Coreia e China derrubaram aquele consenso ocidental. A competição vem de lá, e me parece que as ciências sociais são muito eurocêntricas e não dão conta disso.
Ótimo comentário, José Cardoso. Um certo Hernandez reagiu ao que escreveu e parece não ter entendido nada. Fez o mesmo num comentário meu - dirigido exclusivamente aos autores, e não àqueles que compraram o texto na chave do "me representa".
Que desculpa esfarrapada! As ciências sociais são muito eurocêntricas! Você acha por acaso que não se faz ciência social de qualidade nas excelentes universidades do Extremo Oriente? E se as ciências sociais não dão conta, só economia dará, não é mesmo?
O Neoliberalismo é um conjunto de polÃticas econômicas defendidas por uma parte de economistas, tendo como mestres Milton Friedman e Thomas Sargent, cuja Escola referencial é Universidade de Chicago. Em geral defendem que o indivÃduo ao querer maximizar os seus interesses pessoais conduz a sociedade a boa-aventurança e a soma desses indivÃduos conduz uma Nação ao apÃce econômico. Não há preocupação com o social. No passado, essa teoria chamada Liberal conduziu o mundo a 2 Guerras Mundiais.
Fui incompleto. O neoliberalismo produz estagnação econômica concentradora e portanto frequentes crises que são solucionadas pelo estado. Nesse sentido se equivale aquele jogador ruim que não ataca, não defende, atrapalha e ainda pede ajuda. Além disso, resulta em deterioração das condições sociais e insatisfação popular com polÃticos e polÃtica. É, ao mesmo tempo, uma ameaça ao bem estar da sociedade e a democracia.
Comentário perfeito. O Neoliberalismo atende aos anseios de uma superestrutura social que não abre mão dos seus privilégios, principalmente àqueles que favoreçam a concentração e a centralização do capital. Economistas que defendem estas ideias são chamados Chicago's Boys. Paulo Guedes é um deles.
O experimento real dos últimos 40 anos mostra que o neoliberalismo é um retumbante fracasso. Produz uma espiral de estagnação econômica concentradora a exigir reformas estruturais. É fundamentada na relação entre tribos onde todos os indivÃduos são produtores e consumidores de produtos desejáveis e como tal talvez funcionasse entre meia dúzia de tribos amigáveis de no máximo 100 indivÃduos cada praticando escambo.
Parabéns pelo texto e pela excelente contribuição ao debate. Vale sublinhar que, conforme o próprio Bourdieu, ao falar apenas para si, para o seu próprio campo, envolta a linguagem técnica e hermética, a economia cumpre determinado papel ideológico de sustentação do neoliberalismo, justificando "cientificamente" o projeto. Nesse sentido, parece que há um motivo fundamental para tal insulamento.
*envolta à linguagem
Entendo pouco de economia, mas neoliberalismo é sinônimo de concentração de renda, pobreza, subdesenvolvimento e outras refletem e potencializam as diferenças sociais.
A "teoria da competição" não sobrevive a um estudo sociológico minimamente detalhado. O efetivo progresso de uma determinada sociedade está intrinsecamente ligado a se estabelecer polÃticas públicas voltadas a beneficiar a todos os seus integrantes, ou, pelo menos, à imensa maioria. Caso isso não ocorra, a tendência é haver concentração de renda e injustiça social...
E, por fim, que está na hora de voltarmos a ter mais de uma teoria. A Folha poderia voltar ao caderno de economia, por exemplo.
Sugiro que tentem assistir alguma classe do Friedmann na internet. É fácil compreender que: um vendedor de ilusões é economista e pode virar Nobel, se contar a "teoria" grata aos donos da bufunfa; economista bom é o que faz a " teoria" que melhor justifica o ganho dos ricos; como um Guedes pode ser economista,
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