Hélio Schwartsman > Vale gravar o presidente? Voltar
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Jove, pensei ter entendido q vc preferia o bendito e maravilhoso trabalho do q gastar tempo a comentar artigos e comentaristas da Fsp. Mas, continue. Voce discorda, mas e educado. E se ñ fosse meus comentarios divergentes era so ler o artigo q a gde maioria dos comentarios apenas endossa, nada a acrescenta.
Infelizmente vale tudo depois que o supremo usou conversas obtidas por hackers (bandidagem) de sites piratas. O que se conversa privadamente nada tem a ver com a liturgia em qualquer atividade humana. Alguém se salvaria?
Escrevi um comentário. Como sempre, usei de equilÃbrio na escrita, sem ofensas, mas dura na crÃtica. O fiscal de palavras da Folha acusou o envio do texto, com a devida moderação . Até agora o comentário não foi liberado. Vale censurar um comentário que não ofende os princÃpios do comedimento e da civilidade?
Antes de dar o meu palpite sobre se vale gravar o presidente eu teria outras questões a fazer sobre ele. Vale mentir? Vale negar uma pandemia e dar maus exemplos? Vale negar a ciência? Vale instituir moeda de troca com parlamentares? Vale nomear e manter ministros incompetentes? Vale culpar a imprensa pela divulgação de seus atos? Vale não sentir empatia pela famÃlia de mortos pela Covid-19? Se vale tudo isso, ética à parte, acho que vale gravar o presidente, com ou sem acordo prévio.
Acho que ninguém deve ser intocável, sobretudo as que são pagas por nós, para nos servir. Principalmente estas e que não se tocam.
Gravações e outras provas obtidas por meios ilÃcitos podem ser consideradas para garantir direitos bem maiores, como a liberdade. Quando a Forças se equilibram no fiel da balança (Bolsonaro X Cajuru) não se poderia esperar outra coisa a não ser esse clima de insultos mútuos. Tudo se resume numa pequena frase: FALTA DE ÉTICA.
"Se você grava sem avisar uma conversa Ãntima com seu melhor amigo e a divulga, fracassou nos deveres da amizade." O problema está no "e divulga". A coisa vem num crescendo: (1) não avisa, (2) grava e (3) divulga. Nenhuma violação à intimidade, nenhum constrangimento, nada imoral, nenhuma questão ética até que apareça um uso. Gravar para divulgar ou usar para chantagem é que faz a diferença. Gravar, gravem à vontade.
Foi ótimo ter gravado e divulgado a conversa. Ñ e nessa midia viciada q saira algo de bom. Mas, mais importante é o tema, a Cpi. E concordo com Bnaro, se houver a inadequada Cpi q seja pra a avaliar todos q tiveram alguma ação na panfolia Covid. Midia, Presidente, governadores, prefeitos, Congresso, Stf, Anvisa, Butantã, Fiocruz, etc. Investigar o presidente apenas e por si uma acusação. Mas, entendo, q Cpi antes q a panfolia tenha terminado e algo impossivel. Resultados parciais provam nada.
Ah, sim. Agora é só investigar o paÃs inteiro! Por que não o mundo inteiro? Afinal de contas, todos sabem que a OMS é comunista. Enfim, deve-se sim investigar a maior autoridade do paÃs e principal responsável pela operacionalização da saúde, principalmente depois de tanta coisa "inexplicável" que culminou em tanta tragédia. Esse modelo bolsonarista de justiça mais parece criança que não faz lição de casa: não quer levar castigo se o amiguinho também não for castigado.
Nessa questão de sigilo de conversas presidenciais, a melhor referência para mim foi a atitude do Itamar uma vez com o ACM, que ameaçava o governo com um "dossiê". O chamou para aparentemente ser devidamente chantageado. Só que na sala havia jornalistas para tornar o evento público. O chantagista recuou.
Lembro disso. Foi o evento a partir do qual passei a respeitar Itamar Franco, por quem alimentei um certo enfado até então.
Caro Hélio, é próprio do tempo atual o registro.das coisas, a gente perdeu a oportunidade da impermanência. Crer no anonimato ou na volatilidade de uma conversa é imperdoavelmente descuidado. Ou o Bozo o fez em acordo com o senador (hipótese possÃvel, dada sua "contenção") ou caiu de bobo. Enfim, pouco importa, porque a conversa revela nada, os comportamentos o fazem muito mais: revelam medo da responsabilização, mais uma conta pendurada nos cofres da viúva - e um centrão cada vez mais cevado.
Caro missivista, a questiúncula não é essa! O personagem do gravador não é um Mário Juruna. O senador é um velho conhecido do universo dos boleiros! Seu DNA, como sabemos é de um equinoide. Além da ética russoriana, falta-lhe respeito às instituições. Nem tudo na vida, é rede social! Falta-lhe pergaminho, para uma vida em sociedade.
Vale sim, Hélio Schwartsman! Tanto que incito vc a publicar na Ãntegra o que foi gravado. É um banho de honestidade e transparência! Agora, já imaginou se tivessem grado 1% do que seu bandi-do de estimação falou durante seu desgoverno?
Banho de honestidade e transparência é bom, hein? Hehehe.
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