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  1. Alexandre P Cabral de Medeiros

    Vivemos a Era "É Bonito Ser Feio". O mau gosto, a vulgaridade, o desprezo pela simetria e estéticas clássicas. Passa uma mensagem muito perigosa para os jovens: "eu posso ser importante, rico e famoso sem me esforçar pra absolutamente nada!". Esse é o mindset do corrupto, do ladrão, do falastrão, do mentiroso, do pastor tele-evangélico, do traficante temente a Deus e da funkeira crente.

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  2. MARCELO SA DA SILVA

    Esse assunto me lembrou das regras moralistas religiosas que expressam a necessidade humana de retidão frente às Leis universais mas, com razão, são taxadas, com justiça, de utopias (em bom eufemismo). Da moralidade à etica, da arte plástica à literatura, administração e criação de filhos... todas os dogmas terão seus iconoclastas. Para cada velha teoria, os revolucionários. A boa e velha Dialética. Que a boa Razão nos leve à felicidade um dia... será mais bom.

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  3. RODRIGO DORNELLES

    Comparar a Santa Inquisição com a tal "escrita inclusiva" beira à desonestidade intelectual. Ainda mais para um intelectual como você, Coutinho. Não concordo com muitos dos seus textos; muitos outros, apesar de discordar, me fazem refletir e ver por um prisma diferente (e interessante). Este texto, como diz outro colunista desta Folha, deu até preguiça. Obviamente, não precisa concordar com a chamada escrita inclusiva. Mas, acredito, você tem melhores argumentos. Melhor sorte na próxima, amigo!

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  4. José Cardoso

    A que ocorre com as chamadas ciências humanas talvez tenha um paralelo com o que ocorreu com as artes visuais. No tempo em que você precisava de um pintor se quisesse o retrato de sua família, o ofício do artista era bem definido, por mais que houvesse diferença entre a pura habilidade e um algo mais que seria o talento artístico. Depois da fotografia tudo mudou, e hoje não há vinculação alguma entre habilidade em desenhar por exemplo e ser um artista plástico.

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  5. MARCIA TAMANDARE UCHOA

    ... traz um ato falho, denunciando preconceito através de uma ironia sobre "búzios". Bom, voltando, essa escrita inclusiva é talvez um nome bonito pra tolerância com analfabetismo funcional, porém com certeza é um processo irreversível de transformação social forçada, uma vez que o estado e a sociedade seguem negligenciando o ensino e a formação humana de base.

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  6. MARCIA TAMANDARE UCHOA

    ... colonização portuguesa, escravocrata e católica, deixou marcas profundas na sociedade, feridas não cicatrizadas de tamanha brutalidade cruel. As sequelas tremendas são fáceis de constatar, somos campeões de desigualdade e negacionismo tosco. Nossa língua é diferente da sua, temos milhares de palavras incorporadas do iorubá e do tupi-guarani. Sem dar o devido crédito aos povos originais, o processo de transformação da língua deve ter passado por críticas como a sua. Um aparte, seu texto ...

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  7. MARCIA TAMANDARE UCHOA

    JPC, gosto muito de ler sua coluna, muito culto inteligente, sempre traz referências preciosas. Não tenho formação em humanidades, mesmo assim vou te apresentar outra visão, falando estritamente sobre o meu país. Aqui o analfabetismo funcional é maioria e já invadiu as formações superiores, fruto do descaso e desmonte de décadas no sistema de ensino público básico e da mercantilização do ensino superior. Isso atinge todas as classes sociais. Por outro lado, é importante nunca esquecer que...

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  8. MARCELO DAWALIBI

    Antes mesmo da pós-modernidade, o relativismo tirou o sono de Immanuel Kant. O alemão já sabia onde isso ia dar. Do relativismo ao niilismo, e daí ao cinismo, foi um pulo. Em um mundo onde tudo pode ser verdade só os mentirosos triunfam; mas os envolvidos não se importam com isso, desde que a sua mentira prevaleça como verdade. O problema é que tudo tem consequências e cedo ou tarde a mentira engole o mentiroso. Cevamos um mundo pior.

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  9. adenor Dias

    Me ensinaram que há casos que o erro ortográfico, pode acarretar prejuízo! Porém na minha opinião na maioria dos textos, vale a máxima de que para quem sabe ler um pingo é letra...

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  10. Joao Antonio

    O zero-dois poderia beneficiar-se amplamemte dessa tal "privacidade hermenêutica".

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  11. João Eduardo

    Tal "distopia" já existe nas federais. Passeie pelas mas federais do interior. Verifique os casos de pessoas que formam sem assistir aulas. Analise os exemplos de alunos que participaram de ocupações a reitorias e tiveram sua formatura adiantada para entrar no mestrado. Leia e verifique o nível das dissertações dos alunos aprovados em mestrados mesmo não tendo feito uma das etapas do processo. Fora o clientelismo. É triste!

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    1. Carlos A C Nascimento

      Vi coisas bem piores, João Eduardo, nos 40 anos que passei na UFBA - especialmente os últimos 20! Os casos mais terríveis se aglomeram nas chamadas "ciências humanas". Agora já atingiu as artes e as Letras. Já pensou quando atingir as áreas Exatas e da Saúde?

    2. Carlos A C Nascimento

      Vi coisas bem piores, João Eduardo, nos 40 anos que passei na UFBA - especialmente os últimos 20! Os casos mais terríveis se aglomeram nas chamadas "ciências humanas". Agora já atingiu as artes e as Letras. Já pensou quando atingir as áreas Exatas e da Saúde?

  12. Fabio Trombini

    Por mais que tentem os bilhões de pessoas continuarão escrevendo errado, falando errado e o mundo não para nem vai parar por isso... Além do que neste caso específico nenhum prejuízo ínfimo é causado a ninguém, somente ao orgulho bambo de quem só tem essa muleta linguística para se apoiar.

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    1. Carlos Victor Muzzi Filho

      Experimente ler uma cláusula contratual redigida por um adepto da escrita inclusiva. Prejuízos há, e muito, cabendo, no final, a um juiz decidir o que está escrito no contrato e o que quiseram realmente escrever...

    2. Fernando Reis

      Escrever bem é muleta linguística? Ah não, você não disse isso, finge que clonaram sua senha.

  13. Luciano Ferreira Gabriel

    Parabéns pelo artigo. Precisamos de mais análises como essa. Me parece que alguns jornais aderiram pelo "valor de face" a pauta da "indústria da justiça social".

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  14. Luiz Candido Borges

    No Reino Unido também?! Que desgraça, eu pensei que este horror fosse coisa dos "progressistas" nacionais. É a inclusão pelo nivelamento por baixo: não se ensina nada, pois esta seria uma proposta elitista. Se o cara come com as mãos, ensiná-lo a usar talheres seria uma forma de opressão. A idade Média será um breve estágio antes de retornarmos ao paleolítico - sem passar pela Antiguidade (os gregos e romanos eram muito esnobes). A turma do neolítico era muito metidinha...

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    1. adenor Dias

      Aqui eis um elitista nato...

  15. Geraldo Junior

    Parabéns pelo texto, saiba que a FOLHA é no Brasil o arauto dessa guerra contra a língua culta, a matemática cartesiano e a razão. Tudo nesse jornal se põe a palavra racismo, num movimento de construção de ódio que não existia antes, típica pauta marxista!

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    1. PAULO ROBERTO SCHLICHTING

      *Parabéns pelo texto (ponto).* Saiba que sua referência ao marxismo na Folha foi adequadamente tratada no comentário abaixo.

    2. Luiz Candido Borges

      Hideraldo, esta pauta nada tem de marxista. Este propunha o aperfeiçoamento do Homem numa fraternidade universal, o ódio era reservado aos que controlavam os meios de produção e oprimiam as classes trabalhadoras, assim como às religiões - todas! - que serviam para o controle social. Se você quer um bom exemplo de quem é contra a língua culta, a matemática cartesiano e a razão, os Bolsonaros são espécimes perfeitos.