Muito bom artigo. E pensar que alguns dizem ler só para se distrair...

Excelente artigo.

Senti um Artaud por aí.

Literatura pensada assim perde a graça, ler é, antes de mais nada, diversão. Mas para se divertir o leitor precisa descascar a laranja, o que não é fácil. Embora seja difícil, deve ser divertido, ou fica sem graça... E estamos de volta ao começo!

Literatura faz pensar, mas pensar e tirar suas próprias conclusões dá um trabalho.

É isso. A literatura é para os que leem, a busca incansável de uma representação, de um ser-estar, de uma identificação que transcende a nossa lógica e os nossos sonhos. Mas para os que escrevem, a transposição real daquilo que é vista e lembrada pelas mãos testamenteiras do escritor.

Muito bom!

Nada contra aqueles que puxam a sardinha para o próprio prato, mas sobre o tema prefiro a perspectiva do Fernando Pessoa: Literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A questão é que para sobreviver a maioria não pode ignorar a vida. Li Tolstoy, Machiavel, Sheakspeare e muitos outros, mas o que garantiu meu sustento foram os manuais, compêndios e uma pilha de livros técnicos, chatos, mas sábios.

É um ponto de vista. Mas lembro de um livro do Augusto Boal "teatro do oprimido" em que ele defende uma espécie de pedagogia, com o teatro funcionando como uma espécie de escola, ressaltando inclusive o método do Brecht de interromper a cena para explicar alguma coisa.