Alvaro Costa e Silva > Pandemia acelera a morte das salas de cinema Voltar
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Imensa saudade desse prazer sem igual: ir ao cinema
Ir ao cinema é um passeio, um evento. Ficar em casa não é. Vai diminuir, mas não vai morrer. Nem todo mundo vai querer passar a vida com a bunda no sofá. Por isso salas que passam filmes que não são apenas comerciais sempre enchem. E há cinéfilos jovens.
não acelera, não. apenas joga a última pá de cal nesta agonizante defunta, que teima em sair da cova onde está há muito tempo...infelizmente. das salas de cinemas de BH de minha infância e de minha juventude, nem pó resta mais. Por outro lado, todas as vezes que fui a cinema de shopping, se não saà delas tive que passar raiva até ao fim do filme. Pois além da conversa fiada de jovens e adultos, os seus imensos e ruidosos smarts phones, concorriam com os telões, como num filme surrealista...
Sim, Amarcord. Amarcord das chapelarias, amarcord dos alfaiates, amarcord dos relojoeiros e ourives, amarcord das selarias. Amarcord da revelação e cópia de fotos, amarcord de fazer maionese em casa, amarcord de comer fora sempre à la carte, amarcord que os táxis mandavam e desmandavam na cidade, amarcord que ir ao dentista era sofrer horrores, amarcord de baile de debutantes e de apanhar de professores na escola. Prefiro hoje.
É soda, seu Ãlvaro, reconheço. Inda mais que cinema ficou caro pra burro, e talvez essa seja mesmo a saÃda: transformá-lo num bagulho de elite, cheio de rococós como 3D, cadeiras frenéticas etc. A conferir...
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