Opinião > Reforma prioritária Voltar
Comente este texto
Leia Mais
O setor público brasileiro é uma grande casta que se mantém à s custas da exploração da população; acontece que o povo está ciente disso e não admite mais um estado mastodontico travando o desenvolvimento do paÃs em troca de privilégios para uma minoria
A proposta propugna pela DESCONSTRUÇÃO do ESTADO mediante ofensiva ultraliberal em busca do seu aparelhamento: a posse dos cargos de direção por burocracias eleitas. É o pior ataque ao construto constitucional inscrito no artigo 37 da Carta de 88. Há um paralelismo motivacional: a captura dos centros de decisão estatais igualmente à proposta de Collor de Mello, em 90, cujo projeto resultou rechaçado no Parlamento conforme o Parecer do Relator, à época, o senador Cid Carvalho do MDB/CE.
Em um paÃs de pouca tradição democrática, embora seja meritória, essa reforma acabará por precarizar o serviço público, colocando os servidores à mercê de interesses pouco republicanos, como soe acontecer.
Creio que corrigir desigualdades com uma boa reforma tributária tem prioridade.
Tenho uma ideia melhor, creio eu. Que tal se antes de uma reforma administrativa fizéssemos uma tributária cuja fonte maior de recursos fosse obtida não por impostos sobre o consumo, mas pela renda? Tipo assim, ó, a gente pega um percentual maior de IR de quem ganha mais e de forma justa. Podemos também, sei lá, angariar recursos com um percentual superior a 8% sobre heranças ou então, se acharem bacana, vamo lá tributar os dividendos de pessoas fÃsicas. Não é mais legal? Eureka, descobri a roda
Trabalhei durante dois anos no serviço público antes de entrar na iniciativa privada e na minha experiência existe um paradoxo. Enquanto de um lado existem pessoas dedicadas e sérias, do outro o sistema é vulnerável a todo tipo de penetras e parasitas, fruto do clientelismo e do nepotismo. Portanto o problema do setor está em torna-lo imune á influência politica, ao mesmo tempo que se valoriza os bons funcionários. Dai a César o que é de César.
Assim como as reformas trabalhista e da Previdência não surtiram efeitos benéficos ao paÃs ou à população por terem como base equÃvocos propositais de conceitos, também a reforma administrativa, nos moldes como vem sendo colocada, tende a ser mais um instrumento de manipulação polÃtica. Há fortes evidências de que ocasionará precarização no serviço público, prejudicando a parcela majoritária da população que dele faz uso cotidiano. Mas é difÃcil lutar contra uma imprensa ajustada à elite.
A folha como sempre, afinada com o capital financeiro e respaldando a polÃtica implementada por Guedes/Bolsonaro, querem esmagar os servidores públicos, poupando apenas as forças de repressão e aquelas que dão sustentação ao poder do capital, vocês não enganam ninguém, sua oposição ao governo é apenas tópica, "para inglês ver".
Reforma tributária é muito mais prioritária, principalmente se ter como o objetivo tornar o sistema mais progressivo. As grandes reformas administrativas no âmbito federal foram feitas por FHC, tiraram bastante privilégios, apesar de carreiras muito importantes como juÃzes criarem outras. Reforma do funcionalismo, dois grandes momentos: Lula e Dilma. Um pelo teto geral e a outra pelo teto da previdência. O resto é pingar no molhado...
Não merece crédito ou atenção nenhuma proposta que não ataque, ainda que com estratégia gradualista, a estúpida diferença salarial entre categorias de mesmos requisitos e nÃveis de complexidade. Enquanto um servidor de nÃvel médio do Legislativo tiver salário igual a um diplomata e duas vezes maior que um oficial de chancelaria de njÃvel superior, não se poderá falar de moralidade ou decência no serviço público federal.
Me parece que a Folha corre atrás dos fatos. Pelo menos onde eu trabalho, a progressão já não é automática faz tempo, a reposição do quadro já é parcial, já há um estágio probatório de três anos, já existe uma lei que permite a exoneração, e quanto ao custo, a atualização de pelo menos meu salário, mesmo com progressão, perde contra a inflação já antes do congelamento por dois anos. O teto de gastos já forçou, na prática, a diminuição do estado.
Ainda tem quem acredita que servidor ganhe salário integral na aposentadoria, graças a peças desinformativas e quase preconceituosas como esta Opinião. E mais: é fácil jogar números enormes de quanto daria para economizar em uma década. Com qual eficiência mágica teremos mais saúde, educação, segurança e ambiente com menos pessoas selecionadas em concursos menos concorridos com menores salários em carreiras inseguras trabalhando com menos recursos?
Faz-se o terror e o vilipendio contra as carreiras estatutárias, mas nada falam sobre os de nomeação por padrinhos polÃticos, que sem.nada fazer, recebem muitas vezes mais que o subsÃdio de um concursado, bastando ver o exemplo da mãe do menino Henry, que como Diretora de escola pública, recebia 04 vezes menos do que como apadrinhada no TCE carioca!
Ao invés de um discurso genérico contra o funcionalismo poderiam ser mais especÃficos. Vai equiparar a carreira de um juiz com a de professor como se tivessem as mesmas progressões de carreira?
A Reforma Administrativa abrirá o caminho para o nepotismo, a corrupção e o verdadeiro serviço público. O tempo mostrará isso. E sem muita demora. A Folha sempre defendeu o Estado mÃnimo, que abandona os mais pobres a própria sorte.
*o fim do verdadeiro serviço público.
Sem a estabilidade dos servidores públicos abre-se a porteira para os cabos eleitorais. Quem disse que os cabos eleitorais são mais eficientes do que os concursados com estabilidade? A falácia da direita reacionária só tem ecos nos ignorantes ou mau intencionados.
O estado é condição imprescindÃvel à existência do mercado. É ele que garante uma estrutura robusta, que dá todas as seguranças necessárias à civilização e as trocas comerciais. É ele que garante o acolhimento de toda a população nos momentos difÃceis e que cria a memória de nação e o sentimento de pertencimento a uma comunidade. Reduzir o estado significa a perda da potência de um povo e o subjuga ao poder exclusivo do dinheiro. Portanto não é uma bandeira progressista, mas uma visão enviesada.
Se com a estabilidade vemos casos como o do delegado da PF. Imagina sem estabilidade?
Se eu pagasse esse jornaleco, agora já teria cancelado a assinatura
É difÃcil compreender esse "ranço" que a FSP tem do Serviço Público Brasileiro e do funcionalismo em geral. Os editoriais que tratam "Reforma Administrativa", quase sempre, trazem inverdades, para induzir a generalizações desnecessárias. Não é verdade que todos os órgãos e agentes públicos são ineficientes. A afirmação de que não existe avaliação desempenho no serviço público também é leviana. Os servidores públicos estão entre os profissionais mais bem qualificados do paÃs. Merecem respeito.
Prioritária para os praticantes de Peculato, que esse jornal chama de rachadinha. Inclusive, situações como a do delegado que foi removido da Amazônia serão comuns, mas via demissão. Os cargos terão donos: os polÃticos picaretas!
Perfeito! Tenho nem maus saco para discutir essa visão troncha da mÃdia corporativa sobre o funcionalismo público. Na verdade, é a existência do Estado que incomoda, sobretudo se houver resquÃcios de Estado social. Foi para extirpá-lo que se deu o golpe, com apoio da FSP, com Supremo, com tudo, pois não? Affee!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Opinião > Reforma prioritária Voltar
Comente este texto