Qualquer coisa pode ser automatizada e através de um incremento brutal dos dados e de uma busca personalizada chegar a resultados que vão parecer corretos, mas nada disso vai responder ao sentimento, seja ele qual for.

Já temos evidências suficientes do comportamento anomalo dos algoritmos e corporações que as dominam. Nos últimos anos as corporações entregaram prioridade a ideias de extrema direita com farto financiamento. Já deu, há atividades humanas incompatíveis com automação sem controle. Política é uma delas. Proibir perfil fake e robô é o começo. Não dá, dá sim, fez tá fora, inelegível.

"E se começarmos a ser governados por algoritmos que não têm a menor ideia do que estão falando? " Dica ao colunista, leia a coluna de sábado de (irmã, esposa, sem relação?) Amanda Lemos, sobre o documentário "Coded Bias", e verá que isto já começou faz tempo.

Pelo menos em relação à "IA" aplicada aos teleatendimentos das operadoras, posso garantir que a resposta à sua pergunta é Sim. Você questiona um "detalhe da fatura" e te oferecem uma "troca de senha". Na busca "avançada" do Google não é diferente. Você procura por um produto, exceto os oferecidos pelo Mercado Livre, mas a maioria das respostas o contém.

Lakoff acredita que a semântica só é adquirida pela sensação corporal. A sintaxe se resume a isso mesmo: concatenar sintagmas, por isso fácil para IA. Aquilo que seria interessante é pensar como essa IA vai começar a sentir o ambiente e a si mesmo para começar a conceptualizar..

Por que o articulista usa "sintática" como substantivo? Ele desconhece a palavra "sintaxe"?

Que dirá da pragmática? Perguntaria C.S. Peirce, acerca das intenções e resultados que motivam as comunicações.

E o que acontecerá quando a máquina entender a semântica? Porque mais cedo ou mais tarde isso vai acontecer. Eu tenho uma suposição: nascerá Deus.

E se começarmos a ser governados por algoritmos que não têm a menor ideia do que estão falando? Acho que ainda seria melhor do que ter um sujeito que além de não saber o que está falando também é péssimo em sintática.

Esotérica nada, carro Ronaldo, você meteu o dedo numa ferida em pústula. Essa história da autonomia da máquina baseada em volumes brutais de dados ainda vai se tornar nosso pesadelo - aliás, por que não, pode ser posto no presente, só não está acontecendo aqui no Brasil. Mas e na China e em Hong Kong, onde a tecnologia é onipresente, a vigilância, intensa e os dados são disponíveis? O pior lugar do mundo é aqui, e temos somente o Bozo e a burrrice; e se tivéssemos o Bozo e a IA? Nosfú!