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  1. Jose Renato Monteiro

    Você pode dissociar a obra do autor, mas não pode faze-lo do mundo, no qual, até o autor tem que viver. A obra não inocenta o autor dos desvios de caráter nem de conduta , mas pode torna-lo rico e famoso. É a vitoria da dialética sobre a ética, ou não?

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  2. Vito Algirdas Sukys

    Deveríamos, então, perguntar: Qual é o interesse específico do grupo que quer fazer o justiçamento moral? É o mesmo da sociedade como um todo? Precisamos de uma nova teoriteoria moral para responder tais questões?

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  3. Vito Algirdas Sukys

    Esse justiçamento moral pode ser visto na atividade acadêmica "impura" que liga o Vale do Silício e a Universidade de Stanford. No Brasil ligar a USP a laboratórios particulares é anátema. Rogério Cézar de Oliveira Leite diz no livro "Um Aprendiz de Quixote " : "O conceito de moral, todavia, não é senão uma construção erigida em benefício de interesses específicos de um grupo ". Mesmo assim Stanford vale mais que muitas universidades brasileiras.

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    1. Peter Janos Wechsler

      Stanford vale mais do que todas as brasileiras somadas. Mais de 30 prêmios Nobel.

  4. Herculano JR 70

    Qdo se compra um bem esta embutido nele confiança no agente produtivo,É assim com as almôndegas, se desconfiamos da idoneidade do produtor duvidamos do produto, mais quando nunca o consumimos. Ora, editoras querem vender, mas se o publico perde a fé no autor do livro, elas pode prever uma ma venda, e sai fora antes do prejuízo. Culpa do publico ñ da editora. Pior mesmo é a rejeição do autor por mera acusação, sem culpa firmada q pode ate mesmo ser armação.

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  5. anderson rodrigues da silva

    E eu tenho a esperança de que os designers da Folha redesenhem essa página e tirem essas propagandas em vídeo do meio dos textos. Até assinantes têm leitura e atenção interrompidos por essas imagens. É péssimo estar lendo um artigo e, entre uma ideia e outra, receber a oferta de compra de um veículo. Em respeito aos leitores, arrumem isso.

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    1. MARCOS BENASSI

      Use um bloqueador de propagandas, Anderson. Você provavelmente encontrará um que possa anexar ao seu navegador como um complemento.

  6. PAULO Andrade

    Tem toda razão, não fosse assim perderíamos os saborosos relatos que resultaram no clássico filme Papillon, dentre milhares de exemplos...

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  7. Sylvia Alves Corrêa

    Imperativos categoricos à parte, penso que evitaria o açougueiro da esquina se soubesse que ele deu um soco no cliente que reclamou do preço da carne. No entanto, o meu relacionamento com obras de autores representantes das diversas artes é de natureza diferente. A qualidade do trabalho fala mais alto que a vida pessoal do autor. Se a biografia de Roth tiver qualidade, que o livro seja publicado. Com relação ao cinema, continuo sendo fã de carteirinha do trabalho de Woody Allen. E por aí vai.

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  8. Nelson de Paula

    Se o limite é ler somente escritores com biografia e mente corretas, sobram apenas alguns autores de autoajuda. Quando muito.

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  9. José Oliveira

    Epa, Rimbaud, Apollinaire, Baudelaire, Batman...

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    1. Eduardo Rocha

      Borges, que elogiou Pinochet, e Neruda, que elogiou Stalin. Leio ambos com gosto (obviamente não falo de Pinochet e Stalin).

    2. Eduardo Rocha

      Henry Miller, devasso e cruel. Maravilhoso!

    3. Mauricio Soares

      Caravaggio, Gesualdo, Michael Jackson...

  10. José Oliveira

    Terão de queimar Sade, a Bíblia et alii, o Alcorão, Conrad, Joyce, Wilde, Byron, Hugo, Gide, Agostinho, Miller....a lista é de 51%

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    1. Eduardo Rocha

      Noel Rosa e Mario Lago, por machismo. Afinal, Amélia é que era mulher de verdade. Monteiro Lobato, com tintas racistas.

  11. Peter Janos Wechsler

    O articulista está certo. Rimbaud deve ser ignorado?

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  12. Aderval Rossetto

    Mas, e se alguma das estrupradas fosse sua filha, ou o açougueiro esquartejasse seu pai? Espero que "seja da boca pra fora", por sua importância na formação dos jovens.

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    1. Eduardo Rocha

      Que comentário ridiculo! Recomendo para a sua formação e dos jovens, que leiam Rimbaud, Baudelaire, Henry Miller, Joyce, Oscar Wilde, Byron, etc.

  13. MARCOS BENASSI

    É, caro Hélio, dia desses disse que " Silósofo é Soda", e sustento; mas admiro que sou mais chato do que você: eu não compro cadáver de açougueiro Bozofrênico - há outros no mundo, prefiro colaborar com a existência destes. O produto cultural, como é único, vá lá, se instigante; mas a commodity? Assim como o serviço: eu não tô nem aí pra "diversidade" em minha casa, quero distância do BozoMindset. Até porque, na raiz daquela almôndega, pode haver um pecuarista queimador de mato. Eu, hein?

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  14. Henrique Hermida

    Mas eu concordo em gênero, número, grau, objeto, local e função, e onde mais eu puder.

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  15. leonardo gandara

    Concordo plenamente! Esse justiçamento moral nos privaria de gênios do intelecto humano, que são... humanos.

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  16. Cícero Carvalho

    Parabéns, é isso mesmo!

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  17. Derrobson Trombetta

    Excelente texto. Compartilho da mesma opinião do autor. Se o livro e bom, vale a pena a leitura. Se o escritor é criminoso, que a lei seja aplicada.

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  18. FRANCISCO Eduardo de CARVALHO VIOLA

    Se o sujeito fez uma obra original, criativa , q sensibilizou e permaneceu no tempo, não cabe sensura, o público julgou. Tolher antes , eh censura prévia. Por ex. Se o Bozo produzisse uma obra de arte assim, deveria ser considerado. Mas no caso dele , fiquem tranquilo, além de ser um abjeto, eh um incompetente completo, vc nunca terá dúvidas sobre ele.

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    1. FRANCISCO Eduardo de CARVALHO VIOLA

      Perdão digitei errado..censura.

  19. Plinio Góes Filho

    P 1- Se Hélio desse bolas para essas delicadezas semânticas, nem trabalharia na Folha, q foi denunciada pela Ombudsman por não divulgar acusações de exploração sexual envolvendo o empresário Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, crimes da mesma cepa dos q acusam Bailey. P 2- Hélio podia usar esse recurso principiológico e reconhecer as qualidades do GF sem se fixar na pessoa do PR. Afinal, se um governo é bom, não há por que deixar de saudá-lo, por maiores q sejam as restrições ao Bozo...

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    1. MARCOS BENASSI

      Você perde a sutileza de que o Hélio trabalha pra uma organização que, seja o que for, mantém uma auto-denunciante remunerada em seus quadros, o que não é pouca coisa. Quanto ao Bozo, o pobrema é que ele é horripilante e, seu governo, nefasto. Só será saudado ao deixar o poder - e olha lá, porque a vaia também é instrumento de despedida...

  20. Paloma Fonseca

    No meu caso, seria um desprazer intelectual ler esse miserável. Prefiro acessar Philip Roth por suas obras, que adoro: Pastoral americana e Nêmesis estão entre meus livros prediletos, que em geral são autobiográficos, sobre a presença de comunidades de ascendência judaica no leste dos Estados Unidos; os livros com o personagem alter ego Nathan Zucherman são divertidíssimos. Ademais, por que leria a biografia feita por um estúpido, um cara que cometeu crime grave? O que ganho com isso?

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  21. ROBERTO GOMES DA S FILHO

    Anacronismo, não se muda o passado, mas a história nos ensina como devemos enfrentar nosso presente. foi dessa forma, "passa do pano" para débil que chegamos nessa situação insustentável no país.

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    1. Henrique Hermida

      "Não defendo obviamente a impunidade". Sabes ler, Roberto? Ninguém está passando pano: ao criminoso a lei. Agora, o que sua obra tem a ver com isso? Publique-se a obra e puna-se o criminoso, ora! Não queres ler? Não leia, ora, mas não queira impedir os outros.

  22. Regina Zimmermann Guilherme

    Eu não levanto a ficha policial do açougueiro, mas se ficar sabendo que ele é um estuprador, bate na mulher, nos filhos ou no cachorro, não compro mais dele. Tenho esse direito e essa liberdade. Parece-me que esse é o caso da editora em questão, que não quer seu nome associado ao de um estuprador. "Ponto". Philip Roth que conte sua história para outro ou que espere uns 100 anos, quando não houver mais sobre a terra uma alma ressentida pelos dissabores causados pelo dito autor.

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  23. ALEX M

    Se existe a anedota do cara no ponto de ônibus com "O vermelho e O Negro", que foi "gentilmente indagado" sobre o pertence, que dizer de algo tão contemporâneo? Preconceito tolo? Certos livros devem ser lidos sem alarde ou divulgação. Exemplo pessoal: "O Príncipe". O livro da matéria ficaria restrito a círculos de leitores. Demoraria alguns anos para reabilitar o autor. Fracasso comercial é possível.

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  24. Victor Henriques

    Fernando Pessoa era um racista furioso que via benefícios na escravização dos negros, Francis Scott Fitzgerald acreditava na supremacia da raça branca como fato inegável, Hemingway era tão homofóbico que levanta até hoje suspeitas de ter sido enrustido, et j’en passe... Se fizessem um tribunal moral para julgar escritores, não sobrava ninguém.

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    1. Eduardo Rocha

      Borges, que elogiou Pinochet, e Neruda, que elogiou Stalin. Leio ambos com gosto (obviamente não falo de Pinochet e Stalin). O fantástico Henry Miller, devasso e cruel.

    2. Victor Henriques

      Dito isso, ninguém é obrigado a publicar um acusado de estupro no meio de um processo midiatizado. Se fosse o editor, cancelaria também.

  25. Marcos Capitão

    Vejo aí uma jogada de marketing.. Depois da polêmica o livro é liberado e eu serei um dos primeiros a comprá-lo. Philip Roth é Philip Roth, quero que o biógrafo se exploda.

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  26. Carlos Frederico de Vasconcelos Vilar

    Possível bom livro já era?

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  27. Glauber Carneiro Lorenzini

    O autor referencia Schopenhauer e outros pensadores consagrados num país que elegeu à presidência e à condição de mito o Jair Bolsonaro. E os inteligentinhos cancelaram o Monteiro Lobato...

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  28. Bernardo I

    Cuidado, autor, senão te cancelam por agrupamento.

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  29. Lourenço Faria Costa

    Penso que referir-se às restrições de leitura de Sócrates, por exemplo, seja anacronismo. Hoje não tem desculpas, não dá pra tolerar e não dá (nem se pode) separar. Eu particularmente não consigo dizer: ele abusou sexualmente da própria filha, mas é um ótimo cineastra e verei seus filmes como se nada tivesse acontecido. Podemos melhorar e nos aprimorar, sendo mais exigentes com comportamento humano, independente de quem seja.

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    1. Lourenço Faria Costa

      Sim Guilherme, pode!

    2. Guilherme Lins

      E escutar Michael Jackson pode? Não tem anacronismo nisso.