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Não precisamos esquadrinhar a vida pessoal de todos que lemos e admiramos, mas quando ficamos sabendo de algum crime ou provável crime, precisamos fazer algo, como sociedade. Para não ficar parecendo que ele é perdoado por ser um bom intelectual. É uma questão ética ... Queria ver se os comentadores (homens até agora) encheriam a boca para chamar de "melindre" se o crime fosse outro, por exemplo, se o cara tivesse matado um filho deles. Pimenta no olho dos outros ...
Gosto muito de Roth. E de Bukowski também. Que gente mais melindrada.
Parece que a autora do artigo se esqueceu de um fato básico da vida em civilização: a presunção da inocência do acusado. Acusar não equivale a condenar. É a regra básica em um "estado de direito". Além disso, não é necessária a pureza ética ou moral para publicação de conhecimento/interpretações. Esperemos por Justiça, pois "canceladores" (i.e., "linchadores") já começaram os "trabalhos". Caso alguém se incomode, que não compre a obra.
Segundo o penúltimo parágrafo sempre que quiser ler um livro terei que ler antes a biografia do autor para ver como julgar suas escolhas. Mas antes de ler essa biografia, terei de ler a biografia do autor da biografia, etc etc. É de uma burrice tremenda.
Até nessa discussão sobre as acusações , aparece o gado pra distilar sua ignorância politico-social.
Se raciocÃnios como os que leio nesse texto valessem, ninguém leria Louis-Fernand Celine e seu belÃssimo “Viagem ao fim da noite”. O autor era racista e nazistoide, mas o livro nao.
Exemplo: alguém usa Reiser File System versão 4?
Claro que não! Aquele assassino!!!!
O uso incansável do nome de Roth nos tÃtulos é algo precisa ser mexido, Folha. O crime parece estar mais associado ao autor do que ao biógrafo, o acusado.
Bizarro! Que obra literária não tem um viés? Tudo que pensamos e escrevemos tem um viés. Como submeter uma obra literária aos julgamentos de feministas extremistas. O autor está sendo punido sem nenhuma prova, apenas por acusações. Isso é a China? Cuba? Venezuela? Coreia do Norte? Bizarro! Quem não quiser ler a obra que não leia! O azar de Bailey é não ser Simone de Beauvoir.
Sem dúvida, Guilherme Silva, a editora tem todo o direito de publicar o que ela quiser. No entanto, estamos falando de obra pronta e com data prevista de lançamento que é interrompida por causa de uma acusação. Nesse caso, a editora entende que a acusação tem o mesmo valor de um processo jurÃdico e que a obra de arte está sujeita ao caráter do autor. Sendo assim, teremos que proibir as obras de Heidegger, pois ele era nazista, ou as obras de Sartre, pois ele era stalinista, etc.
Ora, essa mesma arbitrariedade que você colocou (em relação aos leitores), se aplica as editoras. Sendo assim, quem não quiser publicar; não publique.
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