Hélio Schwartsman > Viés de imunidade Voltar
Comente este texto
Leia Mais
O desgoverno não se equivocou no planejamento, mas sim planejou se omitir para colocar em prática seu plano sinistro da obtenção da imunidade de rebanho. Como bônus da aliança com o vÃrus, fará uma "limpeza" demográfica, mais efetiva do que a reforma da Previdência. Não precisa de ser nenhum gênio para chegar à tal conclusão: basta prestar atenção aos atos e omissões, mas principalmente, à s palavras proferidas pelo chefe e seu estafeta da Economia.
Acho que Daniel Kahneman foi muito bem lembrado, mas já que você o citou, poderia perguntar a ele como classificaria esse fenômeno relacionado a pandemia. Em uma palestra no TED ele fala em algo como "ilusão de ótica". Qual seja nossa dificuldade de vislumbrar coisas que nos tiram do conforto. Nesse caso, creio que diria ele, ignoramos uma análise mais realista em favor de algo mais rápido e intuitivo que desejamos.
Hélio, o princÃpio da mediocridade se adapta à constatação do padrão brasileiro e suas caracterÃsticas macunaÃmicas , essa mescla triste, nossa marca de nascença. Apesar da certeza de uma 3ª onda podemos esperar a mesma desarticulação, um Deus nos acuda e a explosão de mais e mais mortes, .../Claudia F.
Desculpe, mas argumentos estão mal concatenados. Dá a entender que é inútil fazer planejamento e orçamentos. Que tal aprendermos a planejar melhor, tentar acabar com os vieses?
Aqui impera o "princÃpio do jeitinho", também conhecido como "princÃpio de planejamento pra quê?". Em especial, sua variante "princÃpio do Deus é brasileiro". 3ª onda? Que nada. Na hora, daremos um jeitinho! E se não der certo, não tem problema. Somos doutores em tapar o sol com a peneira e em fingir que está tudo bem.
A mediocridade já é bem posta aqui na terrinha, mas não como princÃpio.
Haverá quarta onda se vier a terceira? E a quinta onda quando chegará? O método cientÃfico parece não poder responder a essas questões agora mas a atitude cientÃfica poderá indicar caminhos.
Penso que seria muito útil a imprensa começar a fustigar as autoridades constituÃdas no sentido de tomar atitudes visando preparar o Brasil para uma muito possÃvel terceira onda de covid-19. Fechar contratos de compra de imunizantes já seria uma iniciativa válida.
O que parece que nos faltou foi a atitude cientÃfica. Lee Macintyre no livro "The Scientific Attitude" de 2019 diz que a ciência opera por ceticismo e mente aberta. Não há método cientÃfico mas uma atitude cientÃfica compartilhada pela comunidade de cientistas. Larry Laudan acha que é impossÃvel uma definição objetiva de critério de demarcação entre ciência e pseudo-ciência; nunca houve consenso.
Uma explicação para o otimismo no planejamento é a pressão corporativa (ou governamental). O engenheiro prevê, talvez já com algum otimismo um prazo e custo. A gerência e diretoria não aceitam: é metade do tempo e do custo. Acaba tudo no dobro da estimativa original...
Caro Hélio, ciência, filosofia, humor e literatura andam juntinhas. Nos meus tempos de peão corporate, no meio de budgets, assignments e outras bobagens em corporativês, eu botava uma linha na planilha: K H D = 20%. Auto-evidente, né? Margem pra Herda (sempre tinha mané que achava que era acrônimo em inglês). E dá excelentes frases lapidares, no estilo da primeira do seu texto: "De viés, todo mundo bate co'as dez". "By bias drop dead the mayans". "Com o Bozo, o Brasil ficou horroroso". Que tal?
As medidas restritivas são paliativos. Se nunca forem relaxadas, não é por isso que a pandemia vai desaparecer. O que mais decepciona é a incapacidade de fabricar as vacinas disponÃveis. A receita, fórmula, o que seja, deveriam ser amplamente disponibilizadas.
Lembro que o (des)governo brasileiro foi contra a abertura provisória de patentes das vacinas.
No caso do impiche do 'cara da casa de vidro', os otimistas acham que a CPI da Covid vai dar uma forcinha. Nesse contexto, o princÃpio da mediocridade é encarnado pelo chefão do centrão Ciro Nogueira, que garantiu a empresários que 'não vai dar em nada'... Tá mais para Lampedusa: a lufa-lufa da CPI é a mudança que é preciso ocorrer, pra que tudo permaneça como está... Afinal, desde quando ineficiência, ineficácia e omissão são condenados neste paÃs?
Ah, as parcerias são assim, cada um entra com seu cada qual, amalgama-se e faz o produto final. E olha que cê deu de bandeja um "lampedusa" e um "lufa-lufa" que nem usei... ;-) Grande abraço covÃdico, compadre
Pô, Marcos, vc é um letrista popular nato: faz do limão limonada, faz das tripas coração... Não sou tão criativo - pra mim, nogueira só rima com nojeira...
Ainda não saiu o primeiro ensaio, mas a parceria é promissora, Marcos. Tenho predileção pelo canto das três raças, a mitologia afrobrasileira e a exaltação de nossos raros heróis nacionais, como Nabuco, Machado, Rondon, CecÃlia Meireles e Drauzio Varela...
Vejemos se a censura libera o samba-enredo que fiz em parceria com você, Ayer... ;-)
Óia, Ayer, isso me soa em ritmo de samba-enredo: "Tava na hora / de mudar o Brasil $ mas chegou Ciro Nogueira | E aos compadres garantiu # E só fazer a CPI | Pra gente fingir altruÃsmo * Ineficiência, Ineficácia e omissão / são primos do mau-caratismo \ Ôôôôô parentes do falso altruÃsmo |
Não entendo nada de virologia, mas se há a possibilidade de novas variantes da covid-19,a vacina é inútil! Pode ser que este vÃrus seja uma farsa, mas caso não seja, estamos em situação de desespero...
De fato, Adenor, sua primeira frase é certamente verdadeira. Todo o resto, não. Diferentes métodos de produção da vacina oferecem maior ou menor flexibilidade em relação a mutações. E, por sua vez, há mutações que permitem ao vÃrus "escapar" dos mecanismos imunológicos, outras mutações não o permitem. A única coisa farsa nisso tudo é qualquer certeza, excetuada uma: o vÃrus é de verdade. Aliás, duas: o Bozo mente.
Como assim, farsa? As pessoas que perdi para esta peste eram bem reais para mim. E como uma farsa enganaria nações e cientistas ao redor do mundo? Cada coisa...tsc, tsc...
1Planejar é essencial, ainda q possa ser, eventual/e, revisto,e, muitas vezes, e a causa do atraso ñ conseqüência dele: ñ tem grana ñ faz. Mas p governos deveria ser pior, mas devido a Casa da Moeda, é surreal. Governos ñ tem fé publica porque ñ oferece garantias e demanda judicial e difÃcil, ñ interessa, e por isso, uma obra so deveria ser feita se dinheiro esta *empenhado*, reservado, mas virou falácia. A rigor, se deveria fazer em um exercÃcio o q se arrecadou em exercÃcio anterior.
2 Já no Covid a visão de futuro foi ignorada, nem o imediato foi atendido, dinheiro desviado, absurdos. O estado foi manipulado por muitos interesses, menos o popular. Ademais ñ é apenas a visão sanitária q influi, mas a economia fala alto nas decisões. A sobrevivência é q conta e se defender de doenças e importante, mas tratar da comida, da roupa, da moradia e muito mais essencial. Se é verdade q o Covid matou todos os milhares as medidas contra mataram e sacrificaram milhões, genocidio.
O problema não é só a volta à normalidade antes da hora mas também as variantes de Manaus aqui na América do Sul(Brasil, Uruguai e Argentina estão em situação crÃtica) e a variante indiana, mais transmissÃvel e letal, fazendo o paÃs asiático beirar 400.000 casos por dia.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Hélio Schwartsman > Viés de imunidade Voltar
Comente este texto