Grato, Carolina. Minhas palavras não estão apoiadas no romantismo da questão. Minhas palavras estão apoiadas na tristeza destes nossos tempos pós-modernos. Afinal, pela narrativa sempre provocadora do nosso querido Pondé, fica explícito que o personagem citado era um depressivo crônico. E o evento por que ele passou, pode ser explicado como um EAC. Sob as luzes da psicologia. Estado Alterado da Consciência. Tanto quanto fico eu, nos meus momentos românticos entre 4 paredes. Cadê Deus? Está além.

Voltamos ao ponto de partida porque a humanidade não foi a lugar algum. E nem vai. Os velhos modelões onde o meu modelo de Deus é melhor que o seu persiste. É a tônica errante da narrativa sectária. E penso desconfiando, que Deus vai muito além do que é proposto pelos egos inflamados de tais considerações. Estamos no século 21. E o presente de Deus é tão absurdo quanto são os seus castigos. Um Deus na essência máxima de sua significância, estará acima do iPhone novo. Professor, sou seu fã.

Infantil e inconveniente é a fiscalização que fazes com o que todos aqui escrevem. Não é o Cegalla ou o Houssais que vão determinar o existir ou não de deus, menos ainda nomina-los. Queres seguir isso, faça! E não se intrometa na licença poética ou estilo das pessoas. É muito feio e papai do céu não gosta. Como diz Manoel de Barros, é preciso saber bem errar nossa língua.

Carolina Figueiredo, achas mesmo que foi descuido gramatical colocar deus com letra minúscula? Foi e continua sendo proposital. Para mim é um substantivo simples ou comum, e na gramática da língua portuguesa se grafa com letra minúscula. Vá ler José Saramago e perceberás que isso é até mesmo um estilo. E tua opinião, se concordas ou não comigo, me nada me interessa.

deus é o que nos falta para compreendermos o que não compreendemos. Se assumirmos o fato de sermos finitos e limitados, sobretudo aceitarmos que não compreendemos, tampouco compreenderemos no curto espaço de uma vida, muitas das coisas que nos cercam e das emoções que sentimos, a ideia de um deus seja qual for se torna absolutamente dispensável e desnecessária.

Dentro do nosso espaço espiritual mutante e livre tem lugar para tudo: da graça divina, experiências cósmicas ao zen-budismo. Instrumentos que orientam o caminho para esclarecer, assimilar, liberar e dar significação. Campo de luta sem exigência de recompensa. O homem só e os 'sinais do tempo', as incontingências da vida, os valores essenciais, o eu que se analise e analisa o mundo. Tudo faz parte dessa 'teia assombrosa', onde temos a graça de existir. .../Claudia F.

Deus esta morto faz mais de um século. A vinda do Super Homem judeu americano é prova disso. O nome Kal El depois modificado para Clark Kent é o começo da hegemonia americano que fez propaganda nos quadrinhos. E também o branquinho Capitão América, guardião da liberdade dos povos. O fim do Deus já tinha sido bem antes com a obra de Friedrich Nietzsche: Assim falou Zaratustra, um livro para todos e para ninguém.

Eu nunca entendi está condição de estar em graça. Certa ocasião uma pessoa me disse que eu estava em estado de graça. Naquele momento eu não entendi nada. Eu era adolescente. Hoje, com 40 anos eu consigo decifrar o que pode ser. É aquela sensação de paz consigo mesmo, se sentir em harmonia com tudo e com todos. É uma felicidade sem motivo. Sinceramente no fundo tem motivo e é óbvio na minha opinião. São processos químicos no corpo e no cérebro gerados por pensamentos.Mantras são facilitadores.

Uma esperança religiosa ateia era a sociedade comunista marxista. Não existe mais. A graça divina se manifesta no humanismo da fé na ciência em superar as contradições da realidade. A iluminação para a descoberta de uma nova vacina, ou de melhores tratamentos para a doença, ou novas formas de organização econômica , política e social que melhorem a convivência humana. É no vir-a-Ser da dialética hegeliana, o Absoluto, o conhecimento de Deus em processo.

Eu já associo o conceito de graça divina ao fato de que quase tudo o que somos e pensamos, a começar pela própria língua, nos é ensinado, vem de fora. Ela se manifesta a todos, desde o convívio com os pais e a escola.

Certamente, Pondé! A Graça de Deus tornou-se acessível a toda a humanidade naquele momento em que Jesus declarou, na cruz, que tudo estava consumado. Na mesma hora o véu do templo se rasgou de cima a baixo. Esse véu é mais resistente e espesso nos intelectuais, porém Deus, de vez em quando, surpreende e intervém de cima pra baixo. Que loucura isso!

Teologia não é uma ciência. Jamais poderia sê-lo. Kant já demonstrou isso há mais de duzentos anos. Essas tentativas de fazer com que discussões sobre crenças e mitos judaico-cristãos passem por filosofia estão no mesmo nível das terapias que o autor menciona. São jogos de palavras a partir de conceitos que funcionam dentro de um código específico, como os de "Matrix" ou "Star Wars", mas sem ligação com a realidade empírica. A graça e o lado escuro da força têm o mesmo valor para a ciência.

Teleologia não é uma ciência. Jamais poderia sê-lo. Kant já demonstrou isso há mais de duzentos anos. Essas tentativas de fazer com que discussões sobre crenças e mitos judaico-cristãos passem por filosofia estão no mesmo nível das terapias que o autor menciona. São jogos de palavras a partir de conceitos que funcionam dentro de um código específico, como os de "Matrix" ou "Star Wars", mas sem ligação com a realidade empírica. A graça e o lado escuro da força têm o mesmo valor para a ciência.

Que top, que artigo show.

Tenho a fé e absoluta certeza de que não vai ser o caso de Felipe Pondé.

Quanta bobagem, meu deusx

De qual Deus falam? Do seu, do dele, das Escrituras traduzidas? Deus é um conceito, tomemos o melhor. Deus é amor. Neste não há escolha. As escolhas são humanas. Mire-se no amor e verá Deus. As teologias são dadas a especulação. Falta aí um pouco Santo Agostinho.

À graça eu me sinto imune, por absoluta falta de fé (mas não de uma esperança 'humilde',,,). Aliás, sobre esta última, conto com um desfecho coerente e lógico: não ser tentado a beijar o crucifixo, ou outro signo sacrossanto, no derradeiro instante... Até porque, se assim me re-signar, o entorno não vai chamar de conversão piedosa, mas de graça outorgada.

Alguém um dia me disse que rezava para não ser escolhido por Deus. Quando perguntei por que, ele respondeu: os escolhidos têm uma vida de sofrimento e muitas vezes uma morte dolorosa, dando os exemplos de Moisés e de Jesus e seus discípulos (Pedro, Paulo e outros). A graça de Deus não está nos palácios e na vida confortável. Sob o ponto de vista humano, é uma danação. Belo texto de Pondé, o ateu que escreve como agnóstico. Ele tem muito a dizer quando fala de questões de fé.

Eu perdi parte da minha fé, espero que exista um Deus que restaure a parte perdida, me concedendo um milagre.

Ateu receber uma graça não me impressiona, mas a maioria dos nossos políticos não estarem atrás das grades, isso sim, é uma graça difícil de se entender..

Misteriosa a manifestação da graça divina ao preservar a saúde e bem-estar do algoz e conduzi-lo em segurança ao encontro de sua vítima. Mais misteriosa é a manifestação da graça divina ao povoar a Terra com uma espécie triste e mesquinha, que tanto pratica o mal em nome do criador se dizendo feita à sua imagem e semelhança.

Boa coluna - o colunista só vale a pena neste tipo te tema. Resvalou novamente ao classificar o zen budismo como bobagem superficial. Longe disso. Revelou ignorância e preconceito.

"Mas, como todo mundo sabe, essas formas de espiritualidade de consumo são todas falsas". Toda forma de espiritualidade é falsa pois espírito é folclore...

Belíssima coluna!

Adoro estas viagens...Afinal que Deus é este que se manifesta sobre o que de pior temos em nosso meio: a religião. Afinal, em nome dela se mata, escraviza, tortura, humilha, discrimina, ofende, rouba...

Deus não gosta do homem óbvio e nem do difícil, simplesmente porque Deus foi criado pelo homem e simplesmente não existe.

Primeiro precisamos saber se existe alguma divindade. Se existe e se for justa concederá a graça a qualquer cidadão de bem, com fé ou sem fé.