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  1. Mauricio Soares

    Não é a história de nosso passado, exceto como passado mítico, que determina a tragédia do governo presente. É a crença de nossas elites de que podem aplicar ao país todo o modelo que tem tanto "sucesso" nas favelas cariocas: o controle pela violência do Estado em sua eterna presunção de inocência (o povo? todos bandidos!), pela presença das milícias, e pela pseudo-esperança dada pelas igrejas evangélicas. Bolsonaro é a personificação desse modelo, e fala a sua linguagem.

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  2. Paulo Silva Barbosa

    Pura verdade ! Nunca saímos da Casa Grande & Senzala , tão bem descrita pelo sociólogo Gilberto Freyre . Entra governo, sai governo e continuamos patinando por más escolhas e maus governos , onde a nossa educação nunca foi universal, de conteúdo e qualdiade.

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  3. Alberto A Neto

    Glauber Rocha apresentou o ''povo brasileiro'' em Terra em Transe: ''imbecil, analfabeto e despolitizado''. Darcy Ribeiro definiu a ''elite brasileira'' em Aos Trancos e Barrancos: ''ignorante, cruel e corrupta''. Celso Furtado declarou em O Longo Amanhecer: ''Nunca estivemos tão longe do país com que um dia sonhamos''. Registre-se que a extrema direita sempre fez o serviço sujo sozinha. Mas deste vez recebeu o auxílio luxuoso patrocinado pelos erros crassos de Dilma, Lula e PT.

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  4. Helano Timbó

    Análise perfeita. Todavia, todo o conteúdo é aplicado há tempos. Apenas, infelizmente, os que antes escondiam tais sentimentos - com a eleição do esterco -, brotaram sem pudor.

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  5. LUIZ ALBERTO SERENINI PRADO

    Autobiografia recente? Ela vem de 521 anos, com a nossa mesma elite extrativista, escravagista e cruel encastelada em tudo, da economia especulativa à mídia, da intelectualidade à falsa alegria e delicadeza que adoramos vender pros bobos.

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  6. ALEXANDRE DE OLIVEIRA FERREIRA

    Muito bom, muito triste e verdadeiro

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  7. Paloma Fonseca

    O comentário do Cloves me pareceu precipitado. O Brasil é uma nação: compartilhamos uma língua comum, a língua portuguesa; temos um passado comum pelo menos desde a independência do país; nossa relação com o mundo é como nação dentre outras, cujas fronteiras estão delimitadas; os outros nacionais nos enxergam, ainda que de forma estereotipada, como o país do Carnaval, do futebol. Somos uma nação emergente com várias mazelas e várias feridas.

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    1. Hernandez Piras Batista

      Nossa formação é tão diversa quanto a dos EUA. Eles tiveram, por diversas circunstâncias, um desenvolvimento econômico e político mais rápido do que o nosso. Mas, ali, como aqui, convivem descendentes de europeus, africanos, orientais e indígenas. Digam a eles que não existe ali nação. Você tem toda razão!

  8. MARCOS BENASSI

    Prezadíssima Dona Hermínia, eu custo um tanto a crer - embora entenda que uma boa pesquisa amostral reflete de modo razoavelmente fiel a realidade - que metade do país enxerga o Bozo de razoável para cima. Seus comportamentos nefastos, que não aceitaríamos de um vizinho, sendo tidos como minimamente razoáveis. Não vou dar murro na ponta da faca da realidade, mas é duro de crer. Talvez por conta da crença de que a empatia, só ela, baste para que os 50% caiam para 20. Cadê nossa empatia?

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  9. Cloves Oliveira

    Alguns colunistas da FSP usam as palavras do mesmo jeito que fazia o Humpty Dumpt, personagem fictícia criado por L. Carrol: 'Dou às palavras o significado que eu quero e não o significado que elas têm'. O Brasil não é um país nem uma nação. É um sub-continente de nacionalidades. A frase, original é do fundador do Paquistão, Muhammad Ali Jinnah, e se referia à Índia, mas também serve para o Brasil. Nos tornamos independentes sem ter estabelecido uma identidade nacional que caracteriza a nação.

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    1. Hernandez Piras Batista

      O autor do comentário aprendeu uma boa lição com o colunista Azevedo, que é a de emprestar a frase de alguém respeitável para enfeitar os raciocínios e preconceitos mais rasos. Os EUA são um país de imigrantes como o nosso: não são uma nação? Sim, uma nação mais bem-sucedida que a nossa. Só isto!

  10. Fagner Torres de França

    Um primor!

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  11. adenor Dias

    Fora as criticas sobre sobre a pandemia que não existia antes de 2018, o resto da matéria eu concordo com tudo no que se refere ao povo brasileiro ao eleger Bolsonaro. Hoje é fácil criticar o presidente por sua inoperância, mas não era difícil há uns três anos prever que Bolsonaro não era a melhor escolha a chefiar a nação brasileira. Isso nos mostrou a ignorância de um povo. Me lembro de uma campanha para saber em que país nosso povo queria viver, ele escolheu o de Bolsonaro...

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  12. José Eduardo Campos

    Excelente análise!! Concordo plenamente....

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