Poder > Entenda o fim da escravidão no Brasil e as consequências do 13 de maio de 1888 Voltar
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O processo de negação a verdadeira liberdade dos escravizados no Brasil, vem acompanhado de um projeto de Branquitude, seguindo a tese da eugenia da época! Trazer imigrantes europeus para ocupar a mão de obra escrava nas lavouras servia para duas coisas: trabalhar a terra e clarear a população do Brasil em sua maioria negra na época!
13/5 pouco significou e continua não significando, nada. Afinal, se dependesse do antigo governo, a lei Ãurea teria sido revogada.
O motivo pelo qual as elites agrárias brasileiras mantiveram a monarquia - com o herdeiro do trono português no trono - foi justamente a permanência da escravidão e o medo de reformas sociais. Com o fim da escravidão, as oligarquias derrubam o Império e passam a governar sozinhas. Até hoje somos um paÃs com massas de um povo pobre e sem oportunidades e uma elite predatória: qualquer mudança social, é vista, até pelo povo pobre, como “Comunismo”.
Apenas 600 morreram?
Deve ser 600 mil.
Também reparei nisso, está errado. Acho que é seiscentos mil!
No Brasil bastou uma assinatura da Princesa, autorizada por D. Pedro, sabendo que lhes custaria o trono herdado de várias gerações. Nos Estados Unidos foi necessária uma Guerra Civil com 600 mil mortos e quase fim da federação. Nenhum libelo maior o poema de Castro Alves, Vozes d'Ãfrica, que a Folha deveria ter publicado hoje em destaque. A intenção de Isabel em indenizar os ex-escravos, fica clara,na carta enviada ao Visconde de Santa Vitória,em 11 de agosto do mesmo ano. Nos trechos abaixo.
Justamente por isso a Monarquia caiu. Nossa primeira república, foi muito mais elitista do que o Império.
Caro Senhor Visconde de Santa Victória Fui informada por papai que me colocou a par da intenção e do envio dos fundos de seu Banco em forma de doação como indenização aos ex-escravos libertos em 13 de Maio do ano passado, e o sigilo que o Senhor pediu ao presidente do gabinete para não provocar maior reação violenta dos escravocratas. Deus nos proteja dos escravocratas e os militares saibam deste nosso negócio, pois seria o fim do atual governo e mesmo do Império e da Casa de Bragança no Brasil.
Então Adonay, tipo assim, você está repetindo o que todo o movimento Negro criticou abertamente por décadas, que a Monarquia era boazinha com os escravizados. Se os Orleans e Bragança quisessem poderiam muito tempo antes ter feito medidas reparatórias, afinal... papai (D Pedro II estava no poder desde 1840). Então essa sua carta ou mitigação parece até as desculpas politicas preparadas, olha, nós tentamos, mas eles os maus não deixaram, vamos ser francos, foi justamente o contrário.
Nosso amigo Nabuco, além dos Srs. Rebouças, PatrocÃnio e Dantas, poderem dar auxÃlio a partir do dia 20 de Novembro quando as Câmaras se reunirem para a posse da nova Legislatura. Com o apoio dos novos deputados e os amigos fiéis de papai no Senado será possÃvel realizar as mudanças que sonho para o Brasil!
Com os fundos doados pelo Senhor teremos oportunidade de colocar estes ex-escravos, agora livres, em terras suas próprias trabalhando na agricultura e na pecuária e delas tirando seus próprios proventos. Fiquei mais sentida ao saber por papai que esta doação significou mais de 2/3 da venda dos seus bens, o que demonstra o amor devotado do Senhor pelo Brasil. Deus proteja o Senhor e todo a sua famÃlia para sempre!. Isabel
Um caso interessante ocorreu em baile na Corte. Convidado, José do PatrocÃnio, brilhante jornalista negro, não tirava os olhos de uma baronesa loura, zóio azur, pele alvinha, sentada. Respirou fundo. Tomou coragem e foi convidá-la prá dançar. A resposta foi curta, baixa entre dentes e rÃspida. -Não danço com negros- PatrocÃnio saiu arrasado, procurando um meio de sumir.
De repente lhe bateram à s costas. Virou-se tenso, decerto escravocrata a tirar satisfação. Era o Conde DÂ’Eu, marido da Princesa Isabel, sorrindo irônico. -Senhor PatrocÃnio, Sua Alteza pede que lhe dê a honra dessa dança-. PatrocÃnio dançou, e como todo negro foi o rei da noite. Passava perto da loura azeda, fazia de conta que nem via.
Tiraram os negros escravos da casa grande e da senzalas e os jogaram na rua para morarem em favelas. E ao invés de pagarem a eles pelos seus trabalhos os senhores do café açúcar e cana de açúcar trouxeram os emigrantes da Europa.
No 13 de maio não temos a comemorar o fim da escravidão, que deveria ter ocorrido muitos anos antes. Temos a comemorar a árdua luta dos milhares de abolicionistas que lutaram e tornaram irreversÃvel esta conquista. A princesa Isabel merece ser lembrada pela coragem de assinar a Lei Ãurea, ao contrário de seu pai, Pedro II, que sempre se omitiu.
Uma coisa que não se discute é o que Princesa Isabel teria feito no pós-abolição, caso tivesse sucedido na monarquia brasileira.
Excelente!
Faltou o Joaquim Nabuco!
Vero.
Grande Luiz Gama, o verdadeiro herói da luta pela libertação dos escravos no Brasil. Se eu fosse preto ou pardo eu lutaria pelo reconhecimento de Luiz Gama como o verdadeiro herói brasileiro e sÃmbolo da liberdade e do fim da escravidão.
Mas você pode lutar, independente da cor da sua pele. Pode lutar pelo que quiser e achar justo. Todos podemos!
E o mais incrÃvel é que algumas muitas pessoas, mesmo nos dias atuais, ainda pensam que Pedro II foi um grande estadista. Estadista baseado em um povo escravizado? Só se for uma estadista dos infernos.
Pedro II é o grande responsável pelo atraso brasileiro. Foi o imperador turista que se submeteu aos interesses ingleses em detrimento dos brasileiros. Sua maior falha porém foi na educação à qual deu pouca importância, com ações extremamente limitadas. Como pessoa era notável, como estadista fracadso completo.
D. Pedro II não deve ser julgado apenas pelos olhos do nosso tempo. Ele foi realmente um grande estadista e só por um milagre nosso Brasil permaneceu coeso e uma só nação ao longo do século XIX.
Tivemos mais de 300 anos de trabalho escravo no Brasil, pensem nessa maldade e insensatez contra as leis naturais. Quando finalmente a famÃlia imperial proibiu a escravidão em 1888, D. Pedro II foi destronado e expulso, e começou uma república na mão de despreparados que cederam o poder a um grupo de entreguistas corruptos. Ainda hoje os seres humanos sempre que podem buscam trabalhadores por um prato de comida.
Os qualificados como despreparados eram muito melhores do que os oportunistas nobres da corte, que atuavam exclusivamente para atender a interesses pessoais. Entreguista era Pedro II que se submeteu aos interesses ingleses.
O Brasil mantém a estrutura escravocrata. O ato polÃtico da Lei Ãurea não mudou a relação entre branco e preto, não mudou a realidade de explorador e explorado. Basta olhar a cor de quem mora na Barra, Leblon e Ipanema, e a cor de quem mora nas favelas adjacentes a esses bairros. Basta olhar a cor de quem estuda nos melhores colégios particules e de quem estuda nas periferias. Basta olhar a cor de quem faz os cursos de ponta nas universidades públicas. Basta olhar quem frequenta os shoppings.
A Elite do Atraso não acredita que acabou a escravidão no PaÃs.
A mentalidade escravocrata ainda repercute no Brasil, com a filha da empregada e o filho do porteiro. Os patrões não aceitam que a empregada viage para Disney, nem que os filhos de pessoas mais humildes estudem na mesma escola particular. Bem que Lula dizia, que a classe média se incomodava com isto. E é verdade mesmo. Em 2012 a classe média gourmet foi pra rua por conta de 20 centavos da passagem de ônibus e choravam com 1 dólar a 2 reais. Diziam que sem o PT seria melhor. 13 confirma.
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