Circulação desimpedida (ou natural).

Pelo que observo aqui em Brasília, tudo voltou à circulação normal, poucos estão usando máscara corretamente e as medidas de distanciamento perdem muito a eficácia nesse contexto. Dá para se dizer que vivemos uma circulação desimpedida (ou natural) do vírus por aqui.

Não é novidade no Brasil, Manaus permitiu à variante P1 esgotar sua população alvo, diminuiu depois porque não tinha mais quem atacar... Eles tinham 16% de vacinação da 1a. dose, me lembro, na época - pouca significância e com foco em grupos já atingidos antes. Sobrou ao grosso da população deixar a 'Escola passar' e fazer sua 'evolução' conforme o enredo do carnavalesco.

Acho que a tendência no resto do Brasil vai ser assim. Bolsonaro ganhou a gue.rra cultural e não vamos ter mais isolamento 'de verdade' nessa pandemia. Já não temos aliás, pois tudo fica aberto durante o dia... De noite mandamos os bê.bados mais cedo pra casa. Resolve alguma coisa? O vírus é notívago?

A P1 passa por nós e a gente vai seguindo. 1%, 2%, 3% das pessoas se vão, a gente endurece, vai seguindo. É isso que nos sobrou, ter sorte de que a vacina chegue antes do vírus. Ter sorte, se isso não acontecer, de não ser grave. Ter sorte, se for grave, de vencer. Ao Deus dará...

Mas acho ainda que alivia saber que agora tem leito, que diminuiu a demanda, triste contabilidade. Ambição de se livrar da transmissão com a vacina ou isolamento, só se Deus (e o dinheiro) ajudarem muito.

A conta gotas, pouco mais de 1/6 da população de Brasília teve a 1a. dose (tá chegando nos 600 mil), 2a. dose metade disto, nem 10%. Se até o final de junho dobrar, 20% da população vacinada com as duas. Um em cada 5 imunizado e ainda tem o tempo de 'fazer efeito'... Até o final do ano quantos? O Pazzuello falou que é 70%, mas ele é mentiroso... ;)

Relevante, também, esclarecer que alguns são referentes aos cargos públicos mais altos da república e, por isso, atraem milhares de concorrentes, não mais de 10% dos inscritos residem no município que ocorrerá a prova. Ou seja, provoca intensa movimentação de serviços e interações extramuros. Mais importante, são a conduta e o simbolismo transmitido à sociedade pelas instituições que deveriam constitucionalmente preservar, em tese.

Embora previstas regras sanitárias pelas instituições, sabe-se que a coordenação de milhares de pessoas, com vários comportamentos, é mera intenção ficcional e inocente. Várias situações de aglomerações e infrações sanitárias foram relatadas na aplicação da prova à PRF pelo CEBRASPE, que originou ação civil pública ajuizada pelo MPF. Ante o objeto a ser preservado, a vida e saúde da coletividade, não permite ensaios, mesmo que bem intencionados. Por óbvio, preveem-se as graves consequências.

Alexandre ao menos aí tem exigência e controle do uso de máscara, já no comércio, bares, praças......