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Maria de Felipe Martinez
Ótimo artigo!! As línguas são dinâmicas e acabam sendo aquilo que as pessoas falam e que corresponde ao que desejam expresar. E que é compreendido pelo entorno. Contudo, haveremos de convir: como é bela a língua portuguesa! A que aqui se fala com todos seus sotaques e a que se fala alhures.
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Sérgio Silva
Pra começar: adorei o final haha! Como linguista, contribuo aqui... O incômodo é resultado do que chamamos de percepção da mudança. Quando se vive a mudança, ela nos incomoda. Quando "nascemos" após a mudança, ela é natural. Assim tem sido... sempre nos sentiremos incomodados ao nos olharmos no espelho e enxergarmos no fundo as formas a mudar. Ninguém se incomoda com verbos irregulares porque já nasceu no meio deles... Arrepiamo-nos com o "já tinha chego"... mas outras gerações aceitarão isso.
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José Cardoso
Eu tinha uma crença diferente sobre essa língua geral brasileira. Que era predominante até o final do século 17, quando os governantes do Nordeste precisavam de intérprete para se comunicar com o paulista Domingos Jorge Velho, chamado para combater Palmares. Ele praticamente não falava português. Mas o grande influxo de portugueses com o ouro de Minas Gerais tivesse praticamente acabado com ela ao longo do século 18.
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Ayer Campos
Caro Sérgio, entendo seu mal-estar, mas a deseducação e os meios de comunicação de massa estão levando o brasileiro à beira de uma protolinguagem, principalmente oral. Já reclamei aqui do absurdo 'mídia', não vou repetir. Nem corroborar 'com' e similares. A última constatação que dá engulhos é a abolição dos pronomes átonos 'lhe', 'o' e 'a' para a 2º pessoa. Horror factual: na tv, a âncora se dirige ao professor como 'senhor' (sujeito) e como "te'' (objeto): agora queremos 'te' ouvir, professor.
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José Geraldo Pereira Baião
Prezado Ayer, por que então não voltamos todos a falar o latim clássico, incensada língua adâmica, em face da qual todas as línguas latinas supostamente apresentam parentesco? Meu caro, a língua é um fenômeno histórico dinâmico que sofre mudanças que a adaptam a sociedades distintas. O português ideal que você tem como paradigma seria uma língua de bárbaros para um letrado romano das antigas. Lembre-se da máxima do Mário Quintana: "A única coisa eterna são as nuvens". Um abraço
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Maristela Gripp
Excelente texto!
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