O “turismo vacinal” sob o ponto de vista ético suscita de forma evidente o “imperativo categórico” de Kant que traz o preceito de que ser não for bom para toda a humanidade não será benéfico para o ser humano. Se o recurso da vacina é um bem de saúde escasso para a maior parte da população, como justificar a evasão maciça de camadas privilegiadas financeiramente para os EUA com o objetivo de obter a vacina antecipada ? Do ponto de vista epidemiológico também não traz vantagens de imunização.

A maior ironia é o Sr. ter que explicar que está produzindo uma para evitar possíveis interpretações de que novamente és a favor de mortes. Pelo jeito o Sr. foi vacinado e evita o espalhamento de futuras convocações por leis ditatoriais.

Com td respeito, apelar para o ganho marginal do turismo da vacina beira o cinismo. Acima de td, é imoral - além de menos eficaz de pública - os EUA mercantilizarem a vacina ao invés de doar ou vender essas doses para acelerar a imunização dos grupos prioritários dos países pobres. Contudo, as elites desses países poderiam se articular exigindo essa atitude. Pelo contrário, agem de forma egoísta e aceitam esse mercado. Na minha opinião, é imoral tbm, além de covarde.

Não precisa ser milionário e não é turismo tomar vacina no exterior. No Brasil pode ser uma necessidade, pois faltam vacinas e o gerenciamento da vacinação é incompetente.

Pode-se considerar injusto alguns terem acesso a vacinas porque têm os meios para viajar e se vacinarem no primeiro mundo. São uns privilegiados. O mesmo raciocínio vale dentro do país. Há os que podem pagar um plano de saúde e há os que dependem do SUS. A injustiça e o privilégio são os mesmos.

Esta foi a primeira vez que li sobre qualquer crítica ao turismo vacinal. Acho que Helio está criando um balão de ensaio. Há muito mais assuntos muito mais importantes que esse a serem analisados pelo jornal.

Essa tese é de uma hipocrisia sem tamanho. Então vamos imaginar que um trabalhador comum tem um câncer de difícil tratamento e indicam o Hospital Albert Einstein como o melhor tratamento possível para se curar. Como não tem recursos, vai se tratar no SUS. Infelizmente, a vida é assim injusta. Se o casal com dois filhos, com posses, não for para os EUA se vacinar por questões éticas, e um dos filhos morre de COVID. Qual será o sentimento dos pais?

Concordo com as premissas, mas o grande problema é que boa parte dos que praticam o turismo vacinal ainda batem palmas para esse governo. É sempre bom frisar JB que sabotou o projeto de combate ao vírus. De referência nacional em vacina, tornamos párias.

Em uma só linha, desde que existimos como "uma-nidade": é pra quem pode, não é pra quem quer...

O pior mesmo é que a fração social rica que tem condições de viajar para outro país para se vacinar não se esforça para cobrar o governo daqui a oferecer a vacina para todos! Vivendo na "bolha" social, essa parcela da população só pensa em si mesma, não tem empatia pelo povo sofrido que todos os dias morre aos milhares no país! Tristeza!

O Hélio tá, constantemente, tentando justificar o injustificável com um recurso retórico que não se sustenta. Comparar, mesmo que hipoteticamente, uma doença terminal como o câncer com o covid-19 é um absurdo, tanto quanto dizer que o vacinado é incapaz de transmitir o vírus. A discussão precisa ser feita, mas não com premissas e argumentos equivocados!

Esse exercício mental funcionaria se o câncer fosse uma pandemia global. Mas enfim, o problema não é impedir quem possui recursos à irem para outros países para vacinar, essa é uma visão míope. O grande problema é morar num país com recursos para tal, capilaridade logística e ao mesmo tem não ter a menor ideia de quando será vacinado pela livre escolha mesquinha de um governo que mais atrapalha do que ajuda. Nosso legado falido reverberá por anos.

Não vejo problema nenhum em procurar nos países desenvolvidos algo melhor. Mas tem que escolher o lugar. Tenho um amigo um ano mais velho que eu que por coincidência mudou para Portugal um ano antes da pandemia. Já recebi as 2 doses, e ele ainda aguarda a segunda.

1Estou seguro, q apesar d discurso liberal, Helio aceitaria pelotão seletivo, quem sabe p Bnaro pra consumar suas nuances autoritárias já manifestadas aqui.- Nacionalismo chulo: se houvesse muitos milionários por aqui a empresa viria fabricar aqui.A pergunta é anterior: é justo ter milionários e q ele use seu dinheiro? É, os produtivos são benfeitores sociais. Proibir é proibido. Mas, o q os governos arrogantes estão planejando, e sou contra, e cobrar imposto de importação sobre q se gasta fora

2Se todos que tivessem casos graves morressem, inclusive os de Covid, e se atendessem os 90% de atos médicos simples, a chamada medicina básica, fraturas, ferimentos, diabetes, pressão, etc, teríamos a melhor medicina do mundo. Sus e a cara o problema, ñ e solução. Foi criado, com dinheiro da seguridade, como facilidade as dificuldade de acesso criadas pela regulamentação da medicina. O estado sempre cria dificuldades boas pra vender facilidades ruis. A outra são os convênios

Foram esses mesmos 'turistas milionários' que trouxeram esse vírus para cá, começando com aquele fatídico primeiro caso de fevereiro do ano passado. Por sinal ele continua anônimo até hoje, por que será?

Poderia até concordar não fosse o fato de que a maioria desses que vão ao turismo vacinal apoiaram e ainda apoiam um presidente que desdenhou de ofertas de vacinas e luta o quanto pode a favor do crescimento da pandemia. Aqui dentro os “turistas”apoiam quem sabota a vacina para todos, mas com dinheiro, vão para países onde a vacina é oferecida fartamente.

De novo a vontade de matar? Vergonhoso. Essa hora tenho saudades do Francis.

Concordo com o Hélio porém acrescento que passa a ser um problema quando a família que ficou um ano protegida num sítio e foi se vacinar nos EUA porque podiam fazer ambas as coisas, voltam ao Brasil pedindo pra abrir tudo com apenas 10% da população completamente vacinada e, pior, ainda votam em quem deixou de comprar vacinas quando estas foram oferecidas.

Hélio, meu caro, concordamos em não restringir a liberdade de vacinar-se fora do país, mas não na ética da coisa: se o milionário for Bozofrênico, parece-me, sim, anti-ético. Porque apoiou os quadrúpedes ora no poder, sonegando aos concidadãos o direito a uma vacina tempestiva, e depois usa seu poder econômico e para ficar por cima da carne seca (e morta). Edir Macedo&Cia. tinham mais é que aguentar o tranco, já que são co-responsáveis pelo desastre. Mas ética e Bozofrenia não combinam, sabemos.