Ilustrada > Paulo Mendes da Rocha doou seu acervo para Portugal meses antes de morrer Voltar
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Esse grande arquiteto deixou sua marca na arquitetura de Goiás. É dele o belo Estádio Serra Dourada, que da minha janela eu sempre tenho o gosto de admirar
Quem consultar o sÃtio da Casa da Arquitectura, verá que é uma instituição com a missão de preservar e divulgar acervos e espólios de arquitetos. Ela possui um setor educativo voltado para diversos públicos. Numa só mirada, é possÃvel ver que se trata de instituição de memória, com atributo da conservação e preservação de documentos. Para o arquiteto, sem dúvida, tratou-se de resguardar seu patrimônio material e também de uma decisão afetiva. Há notÃcia de seu acervo na instituição.
CompreensÃvel essa decisão, embora dolorosa para nós. O acervo dele, aqui no nosso paÃs, poderia ficar entregue a poeira, as traças e até ao fogo. Ficam as obras dele, a magnÃfica Pinacoteca com destaque, assim como seu pensamento inovador.
Fez muito bem em doar seu acervo para outro paÃs. Na favela Brasil nada se preserve, tudo acaba em incêndios, vandalismo, roubos ou furtos, etc. Não podemos esquecer dos indicados polÃticos tomando conta da chave do cofre também.
Não há mal que dure, mas no momento Brasil é um grande vetor de ódio no planeta. Qualquer produção séria corre o risco de ser incinerado na fogueira da loucura. Qualquer intelectual tem o direito de recusar a oferecer um watts se quer de energia para esse movimento de destruição. O mundo salvou a Alemanha de si mesma preservando a produção de grandes autores alemães durante o perÃodo do nazismo. A história se repete.
Com certeza a obra dele estará bem organizada para o mundo em Portugal . Foi escolha dele e ninguém tem o direito de questionar. Vivemos tempos incertos e obscuros no Brasil e se ele elegeu Portugal terá tido suas boas razões.
O grande arquiteto Paulo Mendes deveria ter entendido que a resistência é aqui no Brasil. Em nossa terra está a obra dele encravada. Se por egoÃsmo ou por orgulho, ambos não são justiçáveis. Ele era grande para ser pequeno na morte. Os deploráveis passaram e o grande Paulo "passarinho"...
Não conheci o arquiteto. Não entendo nada de arquitetura. Mas ele deve ter pensado, dentre outras coisas: "olha o quê aconteceu com o Museu Nacional; e a minha obra? qual o futuro dela?"
Talvez precaução, se consideramos que os museus aqui no Brasil costumam pegar fogo, um deles por sinal teve sua reforma projetada por ele. Seja como for, não cabe a nós julgarmos qual destino de um acervo particular. E até onde eu sei, não temos nenhum centro em São Paulo, maior cidade de um paÃs e maior que um paÃs, que tenha suas atividades voltadas a exibição de arquitetura.
Ele fez o que quis fazer e só ele tinha esse direito . O resto , bem , o resto é o resto.
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