Ruy Castro > A novilíngua do Brasil Voltar

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  1. flavio cavaleiro

    quantidade > quantitativo

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  2. Ayer Campos

    Mais dois ultimos (desculpem regurgitar): 'ressignificar' (transitivo) e a onipresente 'impactar' - nada 'afeta' ou 'produz efeito', como dantes; tudo impacta, causa impacto, por mais insignificante que seja... É o trivial e o anódino travestido de relevância narcísica.

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  3. roberto oliveira melo filho

    Faltou combinar com os russos (soviéticos à época)... rs. Num país colonizado, desigual e pobre de ideias, princípios e valores civilizatórios, o futebol é uma verdadeira catarse, aquela das profundezas da psique humana. Sublima muitos dos recalques, que tão bem Nélson Rodrigues soube explorar em seus escritos. "Bola pra frente", ainda que não façamos o tão esperado golaço...

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  4. EDUARDO DEMAMAN

    Palavras válidas CANCELADAS também é ótimo exemplo de PEDANTÊS.

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  5. josé Teixeira

    Ainda tem o "derby".

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  6. Henrique De Conti

    Tenho vários incômodos linguísticos, que eu imaginava porque eu seja de outra época. O citado "performar" é um deles, mas não se compara à "disturbância" que ouvi há algum tempo (seria "perturbação"?). "Disruptivo" também não fica atrás. O futebol começou a ter sintomas quando os jogadores passaram a recusar apelidos e a serem chamados por nome-e-sobrenome(Pelé não serve, mas Marcos Assumpção serve; Leivinha, nem pensar; Zico hoje seria Artur Coimbra). Parece que jogariam de terno e gravata!

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  7. JOAO JORGE PERALTA

    Grande Ruy Castro!

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  8. Jorge Sá de Miranda Netto

    Saudades da Zona do Agrião. A grande área é a Zona do Agrião, expressão criada pelo saudoso João Saldanha. O agrião é plantado em terreno que retém grande quantidade de água onde é preciso se mover com cuidado. Lançou e explicou o que era a zona o agrião, e pegou, mas não usam mais.

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    1. Ayer Campos

      Saldanha tem várias boas, hoje em desuso. Várias do Apolinho foram deturpadas: 'encarar' não era simplesmente enfrentar, como hoje; o 'vai encarar?' ou 'não dá pra encarar' tinha uma conotação de gravidade, de desafio...

  9. Dirceu Alves da Mota

    O que foi que aconteceu com o velho “perdeu para”? Ontem o Palmeiras perdeu “do” São Paulo (Hã!?) O que quer que isso signifique.

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  10. Peter Janos Wechsler

    A contribuição do "informatiquês" também não é desprezível. Não se guarda ou arquiva, mas se "salva". Não se apaga, mas se "deleta". etc., etc.

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  11. Humberto Isidoro

    E o "movimento não natural " para explicar pênaltis? Isso é a coisa mais estupida que já ouvi. Como um movimento de braço pode ser anti natural? Fora do futebol , resiliência tem sido um saco.. depois vem , mudaram empregados para "colaboradores". Fim de um trabalho como "entregas" e a tal m e r d a de de HH (homem hora). como se a não tivessem gastando a vida das pessoas. E o lucro extorsivo passou a ser geração de valor.

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  12. Marcio Machado

    Eu acho que esse artigo é um "bait", só para ganhar engajamento.

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  13. Vera Lúcia de Oliveira Jesus

    E tem outra, Ruy: ninguém mais bebe água, "se hidrata"; sem contar as chatas " gratidão", "foco", "energizar", etc etc.

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  14. Marco Aurélio Mello

    Gostava de acompanhar futebol pela Rádio Globo, na década de 1990. Hoje, de fato, é preciso ter uma paciência enorme para acompanhar pela TV. Usam uma linguagem sem relação alguma com o contexto.

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  15. RAFAEL VICENTE FERREIRA

    Diziam "a vida imita a arte ou a arte imita a vida". Hoje eu diria: os algoritmos e a internet imitaram a vida, agora a vida imita a internet ou os algoritmos. "Nada de novo debaixo do Sol". "Palavras" titânicas.

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  16. paulo roberto assunção nascimento

    Ruy Castro, ótimo comentário, assistir futebol pela TV está um nojo, quando estou interessado em um jogo, vejo sem o áudio para não ficar irritado, não preciso de narrador e nem comentaristas para ver um jogo.

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    1. Ayer Campos

      Linguagens verbais à parte (já se disse quase tudo), o nojo é inevitável quando se ouve os gritos e arreganhos do Luis Penido, da Globo/CBN, narrando/torcendo pelos times do Rio contra os demais. Falta de compostura.

  17. NACIB HETTI

    O Tite vai virar imortal. Se ganhar a próxima copa vai ser eleito na ABL por um placar expressivo, antiga balaiada.

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  18. nestor jung

    Não esqueçamos do insuportáveis ‘encaixar’ e ‘romper linhas’. Eu trabalhava/morava em Caxias do Sul quando o surgiu o Tite como treinador do time do Caxias. Achei que não vingava. Me enganei, e pior, e temos de suportá-lo por ainda quanto tempo.... Imagina um diálogo dele com o Inominável.

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    1. nestor jung

      ...dos insuportáveis...

  19. Ayer Campos

    Resiliência é dose pra elefante, mas 'disponibilizar' é mais indigesto. 'Corroborar' é de lascar, ainda mais quando seguido por 'com'. Pessoas inteligentes não apontam ou assinalam, 'pontuam'; ninguém acerta ou ajusta nada, 'articulam'. É a indigente homenagem que o rasteiro acha que presta ao sofisticado. 'A mídia' ('os/los media' em Portugal e Espanha) é a culpada, por 'repercutir' idiotices pra vender mais fácil.

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    1. Marcos de Toledo Benassi

      Ah, se nossa estupidez tivesse somente um vetor de origem, Ayer, eu ficava tão feliz... É essas "mídia demelda", os consensos "do que é bom", tácitos ou explícitos, os valores domésticos tortos - mantidos via escolarização doméstica e domesticante... O que não falta é força estupidificante.

  20. DEROCY GIACOMO CIRILLO SILVA

    O Overlapping do CLáudio Coutinho, técnico da seleção brasileira, era café pequeno para a avalanche da atual novilíngua do Brasil.

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  21. Heitor Vieira de Resende

    Ruy se esqueceu que jogador nenhum mais faz falta mas, " chegou atrasado ". Ontem no jogo São Paulo/Palmeiras, um comentarista argumentou que gostava mais da " leitura " de Crespo. .

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  22. Adalto Fonseca Júnior

    Nem vejo mais televisão e ouço mais raramente ainda rádio, um dos motivos é o desconforto com esta linguagem mascarada que os meios de comunicação insistentemente usam como se fosse um verniz elegante quando na verdade é uma violência desnecessário contra as palavras mais simples e poéticas, logo elas que são belas e frágeis.

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    1. Ayer Campos

      Tô nessa também...

  23. Jose Carlos

    Quem ainda ve futebol? Outro dia um amigo me falou que tinha um argentino bom de bola no time que eu costumava torcer. Cai na besteira de tentar ver um jogo pelo estadual e não consegui ver 20 minutos. Passei para o Netflix. O argentino? Grosso e mascarado. Dá umas viradinhas rapidinhas de um lado para o outro. Parece passarinho no poleiro.

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  24. SERGIO saraceni

    Mas vc não mencionou o pior de tudo, Ruy. Falha imperdoável. Há muito tempo deixou de existir o jogador de futebol, ou simplesmente o jogador. Agora são tratados por atletas. O atleta isso, o atleta aquilo. Absolutamente insuportável!

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  25. sandoval abreu sader

    E o senador Renan Calheiros chama seus colegas de icelencia e da paricer com auturidade.

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    1. Hernandez Piras Batista

      Aqui se comenta a linguagem, não o sotaque.

  26. Paulo Roberto

    A palavras empatia está na moda justamente pela falta de empatia.

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  27. José Augusto Bernabé

    Kkkkkkkk. É isso. O velho programa CQC do Tass mandava a Mônica entrevistar nos Corredores do Congresso, Deputados e Senadores, e tinha cara lá que não sabia onde ficava o Estado de Alagoas, por exemplo, acho que esse "Senador" do Amazonas da CPI foi um deles, fala grosso e bonito, mas nunca deve ter ido um uma UBES de Manaus.

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    1. Marcelo Rosa

      Muuuu

  28. Lorenzo Frigerio

    Espero que tenha uma "parte B" do artigo dedicada somente aos estagiários da Folha. O verbo "colapsar" é campeão. Também para essa turma, furta-se o lugar em si, não objetos que nele se encontram. Outro dia, uma jornalista formada referiu-se a San Marino como um "encrave" na Itália. E por aí vai; o cargo de revisora foi extinto há muitos anos. Acharam que não era necessário. Dá para ver...

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    1. Paulo César de Oliveira

      De fato, os revisores foram extintos mas a necessidade de revisão nunca deixou de existir.

    2. yara novis

      Quase infartei com o “encrave”.

  29. MARCOS BENASSI

    Ô Ruy, meu ótimo (o velho "meu bom" é pouco), isso é fenômeno velho, nem foi afetado pela Bozofrenia - incorro em imprecisão, uma vez que esta some com palavras sem trazer novas expressões em seu lugar, senão o vazio mental. Em mais de 20 anos de trabalho para grandes empresas, pude observar a "evolução"do corporativês, mistura de mau português com inglês empobrecido, temperada com uma vaidade deslocada e uma vergonha da brasilidade. Será sua descrição a extensão do corporativês à vida comum?

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  30. Said Ahmed

    Com este breve ensaio sobre a novilingua no futebol, Rui se habilita ao cargo de tradutor-chefe das manifestações tuitianas do Sr. Carluxo. Os leitores agradecem caso venha aceitar o cargo. Quem sabe possa contar com a ajuda do amigo Marcos Benassi que a algum tempo vem desenvolvendo um glossário de termos bozofrênicos, próprios do bozoverno. ;-)

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    1. MARCOS BENASSI

      Hahahahah, agradeço a confiança, caro Said, mas, nem minha habilitação profissional é essa, nem meu fígado tem a necessária resistência (resiliência!) para ler Carluxidades... Hahahahah! Mas conte comigo para neologismos contra-bozofrênicos, é nóis na fita. Ao Bozo, todo ridículo é pouco - é sempre um gggoozo!

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