Opinião > Comorbidade é erro conceitual com impacto indesejado na vacinação Voltar
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Só acho que os últimos a serem vacinados deveriam ser os negacionistas e apoiadores do genocida...e isso, somente se, começarem a divulgar que querem ser vacinados, estão usando máscara, não se aglomerando e que acreditam na ciência
Com essa polÃtica de comorbidades, abriram a porteira para os fura-filas, só que agora mais facilitados. Como bem mostra o artigo, algumas "comorbidades" da lista são facilmente burladas com um único atestado ou uma mÃsera receita. O critério dado de patologias antigas e documentadas se mostra mais razoável e evitaria que oportunistas e fraudadores levem as poucas doses de vacina que temos no paÃs.
Há 1 ano, no inÃcio da pandemia, o que mais se ouvia nas mÃdias (rádios, jornais e tvs) eram expressões como: empatia, meditação, yoga, o outro, solidariedade, as pessoas vão sair melhores depois da pandemia e o novo normal. Bom, excetuando-se os casos reais de comorbidade, essa nova regra de vacinação trouxe à tona atitudes oportunistas, sejam de profissionais que deveriam se ater à ética, sejam de pessoas que se apresentam convenientemente como "vulneráveis". O novo normal já nasceu velho.
Continuando: não me assustaria também, se viesse à tona, que curiosamente os possÃveis espertinhos, seriam os mesmos: negacionistas/individualistas que não usaram máscaras, não se confinaram, se aglomeraram e preferiam ser cúmplices do discurso de quem tratava a tragédia anunciada como uma "gripezinha". Um certa cumplicidade subliminar, inclusive no momento de se apegar à máxima do "salve-se quem puder" ou "farinha pouca meu pirão primeiro". "Nada de novo debaixo do Sol", "Palavras" titânicas.
Seu Paulo, entendo perfeitamente seu ponto, é de se considerar com cuidado. Há a descrita dificuldade em discriminar as falsidades, e isso é uma coisa. Mas como realizar a escolha, sendo diabético, acerca de se antecipar aos concidadãos? Entendo ética como baliza prática: podendo me vacinar em cidade na qual tenho endereço, mas não resido, não o fiz; aguardarei o momento em que o farei sem burlar a regra de residência. Caso o diabetes não seja entendido como agravante, aguardarei. Como decidir?
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