Djamila Ribeiro > Mulheres não sentem inveja do pênis, mas sim do que ele é capaz de proporcionar Voltar
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Infelizmente o Brasil, pelo andar da carroça e de quem está puxando-a e conduzindo-a para o passado, nunca deixará de ser colônia. Outras colônias, muito poucas e sem a herança ibérica, católica e patriarcal, há muito tempo trilham outros caminhos, com o mesmo fardo colonial, mas sempre em luta para se desvencilhar dele. Aqui não, brasileiros se orgulham de seus atavismo e o anátema da casa-grande, da senzala e do feitor ou seria do jagunço togado ou não?
"mas a famÃlia herdeira do colonialismo angariou com o passar das gerações mais condições materiais de suporte. " Desnecessário. Nós , mulheres, sempre lutamos pelos nossos direitos.
Ao dizer que a menina tem inveja do pênis, é a partir de uma outra realidade, da realidade psÃquica que Freud efetua essa constatação. São trajetos inconscientes percorridos pelas crianças ao se depararem com a diferença sexual. A menina não possui, o menino tem medo de perder. O órgão, ao ser transmutado em um mero significante, o falo, vem dizer da falta, da incessante busca pelo outro, da impossibilidade que um encaixe se realize. Tendo, o ser falante. que se haver com a divisão, com a inco
Excelente artigo, apenas substituiria mulheres negras por mulheres pobres, mesmo reconhecendo que a maioria das mulheres negras são pobres.
Me emocionei! Grande Djamila!
É mais um brilhante ensaio sobre a condição da mulher em uma sociedade patriarcal. Djamila destila, parágrafo por parágrafo, toda a sua instigante especulação. E isso torna maior as mulheres.
Por que a autora do artigo não se limitou a denunciar os tormentos que cercam as mulheres negras? Destruiu todo o seu libelo contra a mulher negra para apelar a um chamariz utilizado por uma burocrata : o penis. Grande coisa. Ainda por cima recorreu a uma filósofa e defensora das mulheres para sustentar um argumento grotesco que é o que as mulheres temem o poder do penis!!! Faça-me o favor.
O que Djamila levanta é tão importante que não cabe num artigo de jornal. Embora passÃvel de reparos em suas conclusões tem o mérito de tocar em ponto que compromete Cultura, PIB, Educação, Saúde e Sanidade, Criminalidade, Segurança Alimentar, Emprego e Renda. Que futuro fermenta num paÃs onde o lar é um ninho de vulnerabilidade? Temos, e ignoramos uma antropologia reversa. O debate não deve morrer, mas começar aqui.
Nunca uma autora de artigo foi tão feliz e inteligente com o tÃtulo ora posto ! Admirável !
Argumentação rasa sobre o que a psicanálise descobriu e Freud disse sobre as mulheres vienenses de seu tempo. "Inveja do pênis" é melhor entendida (se quiser!) se traduzida por "inveja do falo" (ou seja, da potência!) que mulheres (ou quem estivesse rebaixado naquela posição) não tinham ou, se tinham, teriam de escamoteá-lo, fingir!. Mulheres hoje (num crescente) têm sim potência e, por isso, não precisam invejar nada dos homens, têm é de se responsabilizar por ela. E nem todas querem fingir.
Psicanálise banalizada com falas e teorias já há muito tempo desenvolvidas e atualizadas. O preconceito pode ser é geralmente é um caminho de mão dupla. Precisamos sim é pensar as relações frágeis e os indivÃduos empobrecidos. Ver os ângulos sob diferentes pontos de vista é sempre interessante para autores que se debruçam sobre temas como os acima.
Excelente texto... Pena que, suspeito, a maioria dos homens nem entendem textos assim... Parece-lhes algo sem sentido. Perceber que se está errando é doloroso, exige esforço mental, mas é imprescindÃvel, caso queiramos uma sociedade, realmente, justa. O machismo, que em mim habita, precisa, sempre, ser combatido em suas manifestações (antes que estas afetem outras pessoas). Aprende-se a lutar contra ele... Basta querermos de verdade.
After de Simone de Bouvoir, a Psicanalista Karen Horney, ali pelos anos 30 (discÃpula de Freud) já falava de womb envy (ou belly envy), a inveja dos homens pela capacidade criativa das mulheres. Precisamos resgatar essas psicanalistas porque o patriarcado também está nos institutos de psicanálise.
Um texto saboroso sobre uma realidade amarga. Um trecho: "mulheres sem brilho nos olhos, sem sal, açúcar, pimenta ou dendê."
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