Tati Bernardi > Me isolem, por favor! Voltar
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Tati gosto muito do seu ponto de vista aflitivo de quem está numa posição privilegiada e quer tentar manter um pouco de ordem nesse caos , é comovente e tragicômico . Porém estando do outro lado ( sou médica infectologista ) vejo problemas drásticos aqui. Não tem cabimento uma pessoa com COVID agendar exame em clÃnica junto com os não COVID, o erro é total da ClÃnica ! Quem tem COVID não deve sair de casa, exceto para PS ( área COVID) quando tem sinais de alerta de gravidade.
Você poderia escrever sobre os profissionais de uber e aplicativos de entrega que trabalham sem estar vacinados e quase nada recebem de proteção ou incentivo além de máscaras. O correto seria seguro e cobertura trabalhista.
Quatro horas da manhã baixou O santo na porta bandeira... Gente muito engraçada! Incorporou a adolescente pentelha alienada ,mas de com força!
Acabei de ler e amei! Não tem medo? Gentinha sem noção. Isso me recorda há uns vinte anos, num ônibus pequeno,Vila Gumercindo. Todo fechado! Aquele calor e sufoco. Eu em pé! Falei alto: dá para alguém abrir a janela. Como se eu tivesse falado em javanês.E eu de tpm. Da Santa Cruz até em casa um km e pouco. Comecei a tossir(fingindo, por óbvio!) E falei alto: gente, estou com tuberculose, se alguém pegar, não tenho culpa.Por encanto, as janelas se abriram...
Essa sua covid rende bem mais do que duas ou três crônicas; rende um livro.
Querida Tati: com um histórico de seis pneumonias, eu não tenho medo: eu fico apavorado!
Muito bons, o relato e o texto!
Ótima crÃtica social, Tati. Se é para ser de classe média, que tenhamos, no mÃnimo, consciência.
Tati, me veio à mente a frase de Flaubert, quando lhe perguntaram quem era Madame Bovary na vida real. Ele respondeu: madame Bovary sou eu. Eu faria o mesmo depois de ler seu texto: Tati Bernardi sou eu. Parabéns.
Não me leve a mal, mas você, ainda que bem intencionada, tratou os funcionários com um ar superior, ignorando o que eles te diziam e fazendo valer a sua vontade. Simplesmente causou um transtorno na rotina deles.
Quando há alguns anos tive que levar a minha filha com suspeita de caxumba ao médico, avisei antes e fomos colocada em uma sala de espera à parte, com ventilação, sem mais ninguém. Procedimento muito simples. Se fosse nesse lugar aÃ, terÃamos ficado na sala junto com bebês recém nascidos e suas mães, com crianças pequenas em volta encostando em tudo e colocando as mãos na boca.
Porque eles precisam estar lá senão perdem o emprego e morrem de fome. A crÃtica não é para os funcionários, mas sim para um hospital e clÃnica que não protegem seus funcionários. E, imagina, são da área da saúde. O que sobra para o resto, então? Não são valorizados porque se morrerem tem mais 50 para ocupar a vaga deles. Assim como os professores, e tantas outras categorias expostas sem proteção. E depois vem os donos desses locais, em seus carros, fazendo carreatas pela "abertura".
Transtorno é pra dizer o mÃnimo dessa doença horrorosa. Que a Tati tenha tentado proteger as pessoas ao redor e isso tenha sido considerado um ar de superioridade é uma leitura torta do texto. O comportamento dela, apesar de arriscado pra ela mesma, deveria ser o padrão, mas parece que as pessoas simplesmente não querem mais saber e querem ou precisam tocar suas vidas.
texto fantástico!
Atroz.
Uma amiga foi ao melhor laboratório do paÃs para exames essenciais de acompanhamento de tratamento um tumor. Ao redor de maio/junho do ano passado. Estava isolada e com todos os cuidados possiveis. Pegou covid. No único lugar onde foi. Vc explicou bem. Boa recuperação para você.
Sou advogado e, antes e acima disso, cidadão responsável, Tati Bernardi. Você está e tem a minha solidariedade. Esse segurança idiota, se o Brasil fosse o paÃs sério que não é, não teria agido como agiu. Agindo, como agiu, seria responsabilizado à altura do ilÃcito cometido. Também me consolo momentaneamente e fico feliz, não ao comprar plantas e almofadas, mas ao comparar idiotas como o tal segurança com pessoas racionais. Saúde, Tati!
Mas claro tem uma crÃtica social pesada no texto. A personagem principal do texto que pode ser confundida com a própria Tati é uma pessoa com muita ansiedade, alienada de si e do mundo. Na percepção de mundo da personagem, a pessoa foi ensinada a não ter medo. Isso é um delÃrio! Uma presunção digna dos adolescente! É claro que aos funcionários representados no texto possuem medo e muito medo. Tudo no texto são manifestações da percepção equivocada da personagem.
Valdinar, a Tati criou uma personagem. Todos ali são personagens. A sensação de que é tudo verdade é um recurso de veromissilhança da escrita literária usado pela Tati. Mas é uma piada inventada pela Tati para nós divertir. Só isso! Não leve tudo tão à sério.
Leia novamente por favor. Vc simplesmente não entendeu o texto.
Você leu, mas não entendeu nada. O segurança pertence ao mundo do andar de baixo, neste paÃs terrivelmente desigual. Como disse a leitora aqui embaixo, a pobreza não permite que se cultive o medo é justamente essa gente "idiota" , como vc diz, que tem que trabalhar, com vÃrus ou sem vÃrus, desassistida e vacina e proteção...
Não entendi por que se apresentar pela profissão. Desnecessário também usar termo pejorativo para classificar o segurança.
Sim, ele pode ser um idiota-negacionista-manipulável. Mas também alguém que aprendeu desde cedo que pobreza não dá muita margem para o medo. E essa desigualdade estrutural foi muito bem destacada na coluna.
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