Ruy Castro > Cambalhotas na língua Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Acrescento o advérbio "infelizmente". Cansada de ouvir.
Daqui para frente, "simples assim" só deveria ser aceito se entoado tal qual Francis!
Não mais se emprega diz, fala, comenta, etc. Pontua.
Também merecem homenagem aqueles que começam a resposta a qualquer pergunta com "Então,..."
Eu, enquanto leitor, não intindi nada disso daÃ.
Advérbio de lugar ONDE usado em lugar nenhum, a todo momento, no lugar de QUANDO: "Eu estava febril e foi ONDE vi que podia estar com o vÃrus!"; "percebi que a senhora estava com dores e foi ONDE que eu chamei a ambulância". E por aà vai....
E "o(a) qual" no lugar de "que"? "A Coronavac, a qual é produzida pelo Instituto Butantan...". Aff!!!
Pois é,né.
Boa! Acrescento o advérbio: Efetivamente.
Ruy, tenho observado já algum tempo, que as pessoas não falam, e não escreve; POR CAUSA, tudo é POR CONTA, com relação a Covid só pode ser por causa, esse vÃrus está CAUSANDO um estrago no Mundo. Um atleta não pôde participar da competição POR CAUSA de uma torção no tornozelo, aà falam, ou escrevem por conta, e por vai.
Boa.
Com esta ranhetice ninguém vai concordar, mas sinto certo constrangimento com o uso cada vez mais comum de palavras e expressões espaciais ('lá atrás', 'ali pelos anos 90', 'lá na frente') para se referir a eventos temporais. Acho que estamos diante de uma cronosfobia coletiva, que evita referências ao passado e ao futuro (presentismo: eterno presente).
Pois é, nossas neuroses são pequeninas cadeias que construÃmos para morar dentro. Sofremos por gosto. Depois que uma expressão dessas cai na rede da nossa atenção, é difÃcil nos desvencilhar. Lembra do tempo da esposa grávida que faz com que todas - todas, eu disse todas! - as mulheres prenhes desfilam nas mesmas horas e lugares que nosso olhos pousam, fazer o que haveremos de?
A coluna de hoje, "ela" veio ao encontro( e não de encontro) de uma de minhas implicâncias com essas tendências que agridem a boa norma. Sempre me irrito quando alguém fala esse "ele" ou "ela" após o sujeito, sem nenhuma exigência ou recomendação gramatical. Ao contrário. São incontáveis sustos diários. O uso do aÃ, ali, sem referência a lugar, também espalhou-se como praga "aÃ" pelos repórteres e jornalistas da televisão. Tenho outras implicâncias. Racionalidad, ranhetice ou traço da idade?
Preciso e impagável o seu comentário, Jove. Vou estar rindo por um bom tempo.
É tudo isso junto e misturado. (Não pude estar resistindo!)
Boa e santa ranhetice, Sylvia: também detesto, 'tipo assim', como o 'isso aÃ'. O 'aÃ' dos jornalistas parece que é um tique nervoso... Aliás, o uso de termos espaciais para referir conceitos de tempo ('lá atrás', 'lá na frente') parece também um sintoma de certa cronosfobia,,,
DifÃcil, mesmo, é quando a telefonista ela diz que vai estar cadastrando nosso número. Arre.
Gerundismo, não gerindismo.
De fato, este gerindismo produzido por péssimas traduções de manuais estrangeiros de telemarketing é uma tragédia. Uma abominação!
A que mais me irrita é "acaba que".
Em tempos de CPI, inclusive, crônica muito pertinente e oportuna. Risos...
Muito boa esta coluna! Como sempre! Faltou o “todo um processo” e o uso do verbo no presente para contar o passado. Os comentaristas dos canais de notÃcias atualmente só contam casos assim.
"Elencar" é de matar. "Perpassa" não tem graça. "Ao nÃvel de" é de muito baixo nÃvel. Haja paciência para suportar tanta tortura na nossa querida lÃngua portuguesa. Sem falar que tem um governante que nem consegue elaborar uma frase completa.
"Fato é" que também 'minimizo' o uso d "isso aÃ"...
Paulo Afonso e Valdemar fizeram boas anotações. Estranho também o 'tipo assim...' e o 'isso daÃ', este último caro a JB. Curiosos são os tipicamente femininos 'saia justa' (que raros homens usam) e o 'enfim...' (sem que o inÃcio e o meio sejam enunciados). Mas o insuportável mesmo é o sujeito redundante ('o Brasil, ele...) a que se referiu o Ruy.
O insuportável mesmo para mim é o "enfim". Quando vc pensa que a pessoa vai detalhar seu raciocÃnio, vem um "enfim" que termina a frase.
Também o "Sim!" das assembleias : "Se o governo não responder, nós vamos entrar em greve, SIM!"
Ruy, deixaste de falar no "com certeza" e no "onde" como substituto de "quando", "em que", "de que", entre outras expressões.
O primeiro é imitação vira-lata do 'sure' dos anglófonos; o segundo, uma imitação corrompida da conjunção ou advérbio 'whereof' (mas expressa uma indigência verbal especial...)
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Ruy Castro > Cambalhotas na língua Voltar
Comente este texto