D. Hermínia, é sempre bom ler sua coluna!!!

O antídoto foi sugerido numa coluna do Hélio Schwartzman, reduzir o tamanho das forças armadas. O sistema constitucional é na prática uma competição entre as elites pelos votos da plebe. O respeito a essa tradição previne a guerra civil. Uma grande força armada frente a uma população desarmada é um fator de desequilíbrio como ocorre em Cuba, Venezuela, Irã. Uma facção das elites que coopte as FA degenera o país.

Nos EUA a fidelidade ao estado de direito é eufemismo para fidelidade às armas. Os EUA são o país das armas nas mãos civis, que as utilizam em centros de compras, cinemas e condomínios, e são o país das armas nas mãos militares, dos milhares de militares que, sob o comando republicano ou democrata, de trumpistas ou obamaristas, estão permanentemente matando em outras terras. Matam ou já mataram, inclusive, na Venezuela, em Cuba, no México.

Bola dentro para a colunista que incluiu Obrador entre os populistas iliberais - não é fácil desagradar a patrulha da esquerda, mas ela deve ter avaliado que a situação é gravíssima, sobretudo na América Latina cuja tradição iliberal é muito forte.

No seu conceito a "extrema direita é populista". Mas pelo que se vê o populismo é a alma (morta) da extrema esquerda. Os extremos, na política, nunca serviram pra nada, pois ó fazem algazarra.

Dona Hermínia, caríssima, nós temos uma peculiaridade: tanto no México quanto alhures, seus ditadores obram na cabeça do país e o do povo; aqui, a Herda do Bozo é antigravitacional e ventilotrópica. Assim que é KHagada, a Obra do Bozo vai incoercivelmente em direção ao ventilador mais próximo, e se espalha radialmente. Ele nem constrói grande coisa, mas obra diuturnamente; o cheiro de cavalariça está ficando insuportável...