Luís Francisco Carvalho Filho > Inocentes presos Voltar

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  1. W Oliveira

    Em 30/12/2010 essa mesma Folha publicou a seguinte matéria: Governo lança novo documento de identidade (Cotidiano). Era um dos documentos mais modernos do mundo segundo o então Ministro da Justiça. Esse novo documento, o RIC (Registro de Identidade Civil) substituiria a cédula do RG no Brasil e resolveria boa parte desses casos. Lançado com pompa pelo presidente Lula e pelo ministro da Justiça Luiz Paulo Barreto, o RIC tinha um prazo de substituição gradual de 10 anos, mas foi puro marketing.

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    1. W Oliveira

      Estamos em 2021, já temos carteira de motorista e título de eleitor com foto e biometria, mas o tal do RIC, assim como tantas outras bravatas ditas naquela época ficaram só na propaganda.

  2. ROBERTO GENERALI BURGESS

    Segundo a reportagem, de 100 presos injustamente havia 60 negros. Está mais ou menos na proporção populacional. Não há como concluir que há racismo. Agora, as reportagens deixaram muito claro a injustiça que se comete com gente pobre. Porque tenho certeza que não aconteceria isso comigo nunca ou com qualquer um que possa pagar um advogado mediano.

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  3. Werner Koenig

    No século 19, antes da Guerra da Secessão, a suprema corte americana declarou que nenhum negro poderia ser cidadão americano. Mesmo com todas as conquistas que a população negra americana conseguiu, o racismo continua presente nos USA. No Brasil é pior. Não bastasse a desigualdade social, temos um baronato das castas e a violência policial conjugada com um racismo institucional e endêmico.

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  4. Paloma Fonseca

    É uma polícia e um sistema judicial que perpetuam práticas do Brasil escravista: escravos fugitivos, além de libertos 'capoeiras' e 'vadios', eram alvos preferenciais das incursões de capitães do mato e agentes de polícia. Essa mentalidade de que negros são inferiores, perigosos e suspeitos de antemão advém de uma das maiores violências contra a humanidade, a escravidão. (Luís, você ouviu a reportagem, um podcast do G1, "À mão armada", pela jornalista Sônia Bridi? Se puder comentar...).

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  5. João Teixeira de Lima

    Infelizmente, em muitos casos, a "justiça é que nem serpente, só pica os pés descalços".

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  6. MARCOS BENASSI

    Xiiiiiii, seu Luís, ao invés de modus operandi, poderíamos falar de "modus displicenti" ou "assassinanti". É um horror, bem como as prisões que se estendem ao infinito sem sequer sentença. Mas alguém tá aí com isso? Mais do que as balas "perdidas", isso só atinge pobre e preto, não é pobrema...

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  7. Manoel Neto

    7 homens negros roubaram o carro e arrastarem a criança João Hélio por 7km nas ruas do Rio de Janeiro, 100 casos identificados pela Folha não colocam em cheque o fato do Brasil ser violento, peçam as pessoas negras pararem de matar negros e brancos

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  8. Barbara Maidel

    O problema não é ''racial'', é social. Não se desconhece que grande parte das vítimas de erro judicial é formada por negros, mas porque negros são a maior parte dos pobres do país, não porque haja um ''racismo judicial'' ou ''racismo institucional'' como muitos tentam fazer crer. Alguém já ouviu falar de negro rico preso injustamente? Nunca. E de branco pobre preso injustamente? Vários. Portanto, repito: o problema é contra pobres (grande parte formada por negros), não étnico ou ''racial''.

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    1. Manoel Neto

      bárbara meus parabéns, é bonito ver inteligência hoje em dia, algo que raro, seu comentário é perfeito

  9. Jose Walter Da Mota Matos

    O perfil sociológico dos suspeitos e acusados não muda mesmo após o ministério público obter independência funcional e ser o controlador externo da atividade policial desde a CF de 1988. Crítica se a polícia e o judiciário, e cala- se ante a omissão grotesca do órgão incumbido pela Lei de requisitar diligências complementares na fase investigativa, oferecer denúncia ou propor arquivamento na fase processual e recorrer pelo Estado quando a sentença não é justa. Até quando a imprensa vai calar?

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    1. Maria Lopes

      Tem razão. Cada vez mais clara a inoperância seletiva do MP.

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