Opinião > A longevidade e seus descontentes Voltar
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Se a velhice for tratada como doença só trará benefÃcios aos exploradores da matéria; gostarÃamos de saber como mudarão o curso da natureza.
Para os planos de saúde a velhice já é uma doença pre-existente. Quem vende seguros não pode fugir da realidade dos números. Mas talvez pudesse haver descontos (ou adicionais), dependendo dos resultados do check-up anual...
Pô, seu Jorge, discussão classuda. A modernidade, aqui, estará em separar gente de lúmpen com base na faixa etária: "gente" chega bÃpede aos 80, e passa dos 100 em bom estado. Não que, na prática de hoje, o lúmpen não morra antes, muito antes, claro. Mas a "geopolÃtica da velhice", como jogo macro de poder, oficializará o apartheid: os "com tempo" e os sem.
Benassi foi ao ponto. "Gente" chega trÃpede aos 80, 90, com próteses e cuidados domésticos - velhos desvalidos morrem na fila. PaÃses como o Brasil (pensam que) têm problemas mais urgentes pra resolver. Acho que profunda mudança cultural é necessária para lidar com isso, mas o caso paradigmático do Japão deixa margem a dúvida sobre o que esperar do fator ético-cultural sem as conquistas econômicas. Pacto intergeracional é coisa séria e difÃcil.
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