E isso não deve ser colocado por o órgão (CFM , sociedades) ser "bolsonarista ou PT ou centro", ele sendo ou não, pois há muito mais em jogo.

A medicina baseada em evidencia é, como o nome diz, "baseada na evidencia", ou seja, ela não é um protocolo que o médico é obrigado a seguir, uma vez que o profissional tem que ter autonomia para prescrever de acordo com o Paciente que ele esta atendendo, suas condições de saude, complicações, reações previas, que não estão necessariamente descritas e colocadas em estudo. Dessa forma, não tem como CFM obrigar o médico a prescrever ou proscrever uma medicação, a função dele é orientar.

O CFM endossa a homeopatia, que não passa de um curandeirismo, proíbindo a prática pelos seus associados, de outras terapias sem respaldo científico como: aromoterapia; cromoterapia; iridoterapia etc. Essa omissão em se posicionar frente ao tratamento precoce da Covid-19 é um atestado de subserviência ideológico, lembrando, que diferentemente das terapias inócuas, o propalado tratamento, possuí efeitos adversos.

Tenho a impressão de que o confrade Marcos Benassi, em sua bonomia e generosidade intelectual, anda jogando pérolas aos porcos...

Mas, ainda que de forma simbólica, concordo que o CFM deveria se opor a esse kit covid que o governo promove. Está sendo subserviente.

A relação do CFM com os sucessivos governos é complexa. Tem algum poder e alguma autonomia, mas limitados. Quando o governo federal tem uma posição diferente do CFM, passa por cima e pronto. Foi assim com o mais médicos, por exemplo. Se formos pensar na qualidade do profissional, o ideal é que todos os formados em medicina, independente do país de origem, fizessem uma prova de ordem. Como a prova da OAB. Aí sim poderíamos nivelar a qualidade dos profissionais sem impedir que estrangeiros atuem

O corporativismo da classe médica sempre foi a tônica da categoria. Não à toa têm o apelido de Máfia de Branco. Atitude deles perante os médicos cubanos foi uma vergonha. Mas agora estão bem acompanhados dos motoqueiros. Quem sabe quando receitarem cloroquina vão usar tarja no nome no jaleco como os motoqueiros usaram nas motos

A maioria dos conselhos federais de fiscalização do exercício profissional se transformaram em sindicatos, zelando mais pelos interesses dos seus filiados. No caso da 'autonomia' do médico para prescrever, fico com a abalizada opinião da doutora Luana Araújo, que não negou a autonomia, desde que alicerçada no tripé: conhecimento das evidências científicas, ética no relacionamento com o paciente e responsabilidade civil e penal pelas decisões tomadas sob o 'guarda-chuva' da autonomia profissional

Independentemente se a Ivermectina, Hidroxicloroquina, Colchicina , tem algum valor no tratamento de Covid 19 quando iniciados entre o primeiro dia até o terceiro dia dos sintomas o fato é que essa hipótese ainda não foi testada e não sabemos se num teste duplo-cego seria refutada ou não. Tentar uma pesquisa com esse rigor iniciada em casa é quase impossível e é só possível impressões baseadas em observações clínicas.

De fato, quando um espaço de representação de uma classe é tomado por um grupo ideológico minoritário a situação atinge uma complexidade muito grande. Como recuperar o espaço de representação para que a verdadeira ciência seja o paradigma a ser seguido?

Interessante né Helio. Um conselho de categoria profissional tem como função regular, fiscalizar e orientar a atuação profissional. No caso do CFM, isso quase que se resume a garantir que aqueles que tem registro profissional não façam charlatanismo, mas pautem sua ação nas melhores práticas respaldadas pela comunidade científica. Ou seja, pra que mesmo que existe ESTE CFM?

Conselho Federal da Mortalidade . Uma vergonha. O posicionamento contrário ao Mais Médicos deixou milhões de brasileiros sem assistência adequada. Agora o apoio a médicos de especialidades como Ortopedistas e Anestesiologistas em sua luta anti-ciência e pró Kit Covid é cumplicidade com crimes sanitários. Um dia a justiça será feita.

"Sair apequeneado" é um eufemismo insuportável diante da violência de 500 mil mortos. Imagino que palavras sejam importantes no jornalismo. Me choca (mas não surpreende) todas os dias a incapacidade da imprensa de enfrentar um governo desrecalcado e radicalizado com artigos sopesados numa normalidade que nos encaminha para o abismo.

saudade do tempo em que os " leigos" eram técnicos de futebol e não médicos.

Quando um conselho subestima a ciência e torna um órgão partidário e ideológico por motivos de simpatia , aí perde a crediblidade . Como não temos um Dr. Anthony Fauci, um imunologista renomado e especialista em saúde pública que deu um pito no ex-presidente Trump, para parar de divulgar medicamento sem efeito terapêutico no tratamento da covid-19, seremos obrigados a conviver com estes achismos e obscurantismo em pleno século XXI.

Verdade.

Eu tenho 54, mas esses velhos do CFM estão mais "gágá" do que eu!! Rapaz, Brasil sem futuro!!

Hélio, como médico digo que vc sempre perde a oportunidade de ficar calado! Fala o que não entende! As posição do CFM é essa. É básico na medicina o tratamento off label. E o CFM é mais importante que a OMS na pandemia!! Portanto, por que não te cala?

O maior problema, a meu ver, é transformar o uso off-label em política pública, em detrimento de outras preventivas comprovadamente eficazes. O mesmo ocorre com o uso da homeopatia, aceita pelo CFM em 1980 mas implementada no sus em 2006. Cada governo tem suas pagelanças preferidas, aparentemente, e o cfm não parece muito autônomo a eles. Os médicos, por sua vez, são também heterogêneos ideológica e intelectualmente, a capacidade de discernimento científico é algo variável na classe médica.

Parte dos médicos e todos os seus conselhos, apoiam qualquer um que lhes garanta uma certa reserva de mercado, o que no caso é manter o país com médicos abaixo da capacidade. Regula a renda pra cima, permite escolher onde não trabalhar, receber do SUS sem ficar todo dia no SUS, mantém a aura de médico tem de ser rico, é uma profissão superior as outras.

Excelente lançar luz sobre esse debate necessário e urgente Hélio. CFM, há décadas, sempre esta jogando contra a sociedade, qdo deveria buscar alternativas a favor dela. Não serve à sociedade brasileira e sim a um grupo seleto e elitista da categoria médica.

Essas associações de classe são inúteis. Não sei se o Cfm cobra anuidade dos médicos, mas o Crea por exemplo só existiu para mim no boleto obrigatório anual. O sindicato dos engenheiros é outro caça-níqueis. A reforma trabalhista, que extinguiu o imposto sindical esqueceu de abolir a fonte dessas sinecuras.

O médico tem a liberdade da prescrição , mas o CFM omite escandalosamente , que deve ser pautado na ciência. O CFM tem todos os trabalhos científicos do mundo a sua disposição, sua omissão é criminosa . Opinião sobre tratamento não tem base científica.

Médicos cubanos atuam em diversos países do mundo, G7 incluso. Mas, para pessoas que enxergam vermelho, comunismo ou "tênis" em todo lugar fica difícil aceitar que em um país comunista exista faculdade, medicina ou vida.

Acho estranho que o Hélio Schwartsman ao mesmo tempo condene o uso de práticas que não funcionam ou que não dispõe de evidências de sua efetividade, e par-e-passo se cale (no mínimo) diante do descalabro de lançarmos no mercado supostos "médicos" cubanos que ninguém sabe ao certo se são médicos, paramédicos ou auxiliares de enfermagem; ou seja lá que diabo mais! Será que Hélio acredita na tese esdrúxula do "notório saber" de qualquer um que a ditadura pós-castrista apresente como "médico"?

Parabéns, Hélio! Finalmente alguém tem coragem e fala o que precisa ser dito. Depois desse tempo com a pandemia e vendo tantos médicos falando os mais diversos absurdos, além da classe em sua maioria parecer apoiar o Bozo, eu fico muito desconfiado quando vou a qualquer médico novo, alguém que eu ainda não conhecia. Após sair do consultório consulto o Google para ver se o médico é bolsonarista, se for, jogo a receita no lixo! Para que fazer faculdade, vou na curandeira da vila então!

Concordo, exceto sobre a oposição ao mais Médicos. A oposição do CFM não foi ao Programa proposto e sim à participação de médicos sem diploma revalidado. A revalidação do diploma antes de ser uma pauta corporativa, é de interesse público considerando que lidam com vidas. Sabemos que muitos cubanos que vieram e ficaram no Brasil, sequer conseguem comprovar que cursaram uma faculdade de medicina em Cuba! Como seu leitor e identificado com suas ideias, sugiro que se aprofunde neste ponto específico

Colocado na berlinda devido à sua posição no caso da cloroquina, o CFM antes era apenas uma entidade de classe da qual pouco se ouvia falar, salvo algumas ocasiões pontuais. Agora, com sua defesa da autonomia médica na indicação da cloroquina e afins, escancara tendências políticas que não pode confessar. Autonomia não cabe no caso específico de uma droga ineficaz e, ás vezes, mortal. Lavar as mãos na pandemia é bom, mas o CFM o faz no outro sentido da expressão: não me meto, deixa prá lá.

Vamos aos fatos, em 2019, segundo dados do Ministério da Saúde, houve por aqui cerca de 400 mil mortes determinadas por algum tipo de erros médicos, ou por incapacidade profissional ou por falta de estruturas locais que deveriam ser providenciadas pelo Poder Político, onde estavam o CFM e esses "Especialistas"? Ora, até hoje e nos casos de Covid faltam Profissionais competentes que são formados por essas Faculdades de Medicina fajutas bancadas por algum Político. Pois não?

Vamos aos fatos, em 2019, segundo dados do Ministério da Saúde, houve por aqui cerca de 400 mil mortes determinadas por algum tipo de erros médicos, ou por incapacidade profissional ou por falta de estruturas locais que deveriam ser providenciadas pelo Poder Político, onde estavam o CFM e esses "Especialistas"? Ora, até hoje e nos casos de Covid faltam Profissionais competentes que são formados por essas Faculdades de Medicina fajutas bancadas por algum Político. Pois não?

Certamente, a presidência e a diretoria do Conselho Federal de Medicina não representam a opinião da classe médica brasileira - embora fosse sua obrigação. Talvez, a ideologia de seus mandatários explique a atitude acéfala diante da pandemia. Não é caso isolado. O ministro da Saúde Marcelo Queiroga "Pazuello" seja presidente licenciado da Socidade Brasileira de Cardiologia, segue a bíblia bolsonarista de matança em série. Nem Freud explica!

Seu Hélio, o conselho da medicina fajuta é lambedor de botas por definição, né? Diferentemente de outros, como o de psicologia, que têm posições sustentáveis e aguerridas. Agora, lamber o que quer que seja, em defesa da guilda, está num nível; avançar a dentadas em cima da saúde pública, ultrapassa a consideração ética e entra na seara criminal. Esse povo tem que torcer pro Bozo conseguir golpear a democracia constitucional e se manter impune:se ele cair, vai sobrar pros curandeiros conselhistas

então, Senhor, quando esse indivíduo será convocado a prestar esclarecimentos à CPI da Covid ?

Mais preciso, impossível. Parabéns e obrigada pela precisão e clareza. Ps. Para os que acham que dizer esta verdade é esquerdismo radical ou algo do gênero, minha recomendação de que procure um psiquiatra.

O "mais médicos" como se mostrou foi uma maneira de enviar bilhões a ditadura cubana, bem de acordo com os princípios do Foro de SP, a vanguarda do atraso. A "liberdade" da prescrição off label é um princípio, conforme vc mesmo lembrou não foi inventado para a Hidroxicloroquina, e não exime o médico da sua responsabilidade frente aos próprios conselhos e a justiça comum. Que tal falar da OAB , e seu sistema esdrúxulo de eleições, que segundo muitos transformou a entidade em um puxadinho do PSOL?

O Cfm é corporação q zela pela regula/ão q nega médicos e causa o genocídio q vivemos, bem antes da panfolia Covid. Mas nesse episodio estou com ele, a autonomia do medico ñ pode ser ameaçada por interesses corporativos, nesse caso excepcional concordo. O jornalista é que se apequena, falando em ciência já tão desprestigiada, em perseguir a cloroquina, tratamento controverso q pode fazer bem e deveria ser respeitado porque mal ñ faz. So a oposição política justifica oposição sistemática.

Quase nunca concordo com este colunista, mas hoje ele acertou.

O médico deve ignorar o CFM e as sociedades de especialistas e ir direto à literatura. Encontrará evidências de que o uso precoce de hidroxicloroquina com azitromicina reduz a mortalidade por Covid(C19study: Lagier et al., Derwand et al., Procter et al., p. ex) e que, até o momento, não há nenhum estudo em que o uso precoce de hcq + azi não tenha sido eficaz. O desafio continua: quem souber de algum trabalho em que o uso precoce da combo não tenha funcionado, favor postar ref. bibliográficas.

Um bom tema aberto a discussões. Hélio, sua analise foi curta e cirúrgica. Concordo com você: o CFM meteu-se em política e deixou muito claro seu apoio intempestivo ao Bolsonaro, quando deveria pautar-se pela Ciência e não o contrário!