O ganho com importado barato gerou perdas exportando empregos, atrasou a técnica de fabricação. O ocidente enfrenta a crise do monetarismo que fez tudo girar em torno do rentismo fechando fábricas. A China, com reserva elevada, e planejamento centralizado, prossegue ampliando a fábrica mundial e sua influência na economia tornando difícil a recuperação da competitividade do ocidente. A economia mundial desequilibrada tende à ruptura, ampliando as tensões geopolíticas.

O Brasil deveria voltar esforços incentivando a produção de alimentos e produtos naturais. Agroflorestas, arquitetura sustentável, sintropia...

Não existe distância maior entre o discurso e a prática do que na área de livre comércio, principalmente nos EUA. Além das tradicionais tarifas, o país se vale dos subsídios para proteger seus mercados. De 1995 até o presente, foram mais de de $500 bi só para a Agricultura. Em 2020, 40% da renda dos agricultores veio de subsídios e ajuda direta do governo. É óbvio que essa não é prática exclusiva dos Americanos, mas de todos os países ricos e a tendência não é de queda, mas de aumento.

Os dinossauros foram extintos, por não serem capazes de perceber as mudanças acontecendo ao seu redor.

A estratégia americana de focar no mercado de serviços e abandonar o de manufatura, no século passado, foi economicamente bem sucedida. Gerou uma crise social, com baixa da renda da classe média e aumento de importações. A Alemanha, por exemplo, continuou forte na manufatura. É hora de valorizar a manufatura, ao invés de adotar políticas protecionistas e conflitos internacionais. O programa de investimentos de Biden deveria focar no desenvolvimento de tecnologia e retorno à produção industrial.