Prezada Vera, não me considero omisso, mas não descobri a fórmula para que ocorra o que milhões de brasileiros desejam para que essa crise possa ser resolvida. Se tiver mais soluções e menos cobranças, somos gratos.

E a insistência em recomendar terapias alternativas? É possível que um médico que administre cloroquina perceba que vários pacientes melhorem, mas não se controla nesses casos o efeito placebo, ou simplesmente a reação natural do organismo. Nessa lógica terapias pseudo científicas como homeopatia, águas termais e psicanálise também deveriam receber apoio oficial.

Nossa atuação na pandemia, a começar nas instituições constitucionais até nós povo, será mais um pecado a carregarmos. Não haverá narrativas ou desculpas, como não há para a ditudura, o racismo, a destruição do meio ambiente ou o genocídio indígena.

Me lembrei da Hannah Arendt em suas reflexões sobre educação: para ela, o mundo está rente à destruição, e a educação é um dos elementos para conservá-lo a cada nova geração. Desse ponto de vista, o governo atual prescinde dos elementos que poderiam conservar a vida e joga contra ela (má gestão da crise sanitária, liberação indiscriminada de armas e munições etc.). Por que você considerada que provavelmente a CPI dará em pizza, Vera? (Hoje, achei seu texto deprimido).

A cidade de Londres, na Inglaterra, foi palco de atos contra o governo de Jair Bolsonaro ao longo de todo o sábado (19.jun.2021). Durante o dia, um protesto percorreu as ruas da capital. À noite, manifestantes projetaram um pedido de prisão do presidente na Torre de Londres. Ativistas brasileiros se juntaram ao grupo britânico Projections on Walls para exibir imagens do chefe do Executivo federal acompanhadas dos dizeres “Jail Bolsonaro” e “The Hague Bolsonaro”. Não é 'tragédia'. É catástrofe!

Hoje a maior responsabilidade pela tragédia que se desenvolve na saúde pública se deve ao Congresso Nacional que não avança nos processos de impeachment contra o presidente da república. Fatos jurídicos e políticos que sustentem essa decisão há por demais.

‘O paradoxo do prazer na violência e na destruição, o engajamento na política da morte de alguns para o gozo de outros’ já se encontra também em Sade. Talvez se possa falar também de sadismo e perversão para tentar dar conta desse real monstruoso.

Uma correção (ou atualização), Vera: Pelas pesquisas, recém feitas, não 90.000, mas, pelo menos, 400.000 pessoas teriam sido salvas (75% das mortes), caso as medidas de prevenção tivessem sido tomadas pelo Governo Federal... Nem dá para comentar sobre isso...!

Muito bem dito. É uma perversidade eleita e anunciada, com a complacência das FFAA. Um desastre!