Hélio Schwartsman > Entre o amor e o mal Voltar

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  1. Nivaldo Dias

    Tá difícil. Hannah foi de uma outra época, de outra sociedade e com amplo conhecimento do mundo e das idéias, tinha o direito de errar. Quem somos nós pra julgar ainda mais pelo grande trabalho que ela praticou. Nós, somos instrumentos de uma sociedade voltada a guardar o lugar por meritocracia e ver o noticiário que interessa a que o edita. É fácil ?

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  2. Hernandez Piras Batista

    No início do séc. 20, havia um desdém generalizado entre os intelectuais pela democracia liberal e o que se entendia então como o governo dos medíocres. Aí está um dos motivos pelos quais aderiram ao governo do "homem excepcional" que era Adolf Hitler.

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    1. Hernandez Piras Batista

      Foi só depois que perceberam que se tratava de pessoa excepcionalmente fanática, ignorante e desprovida fe escrúpulos, mas, então, já era tarde.

  3. Hercilio Silva

    Conheço quem se separou de quem é minion radical. Como pode ficar com quem vai a eventos defendendo matar quem é de esquerda? Quando você é o parceiro ou parceria de esquerda da pessoa. Tá só falando porque não pode fazer ainda.

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  4. Hercilio Silva

    Perdoa-se a quem não foi por ideologia, a quem não apoia ativamente, a quem até deu um voto iludido. Perdoa-se a quem por medo se calou, as vezes porque falar teria o destino dos perseguidos. Fora isso, a quem deu apoio expresso, atacou a loja do vizinho judeu, dedurou o conhecido comunista, perseguiu subordinados no trabalho, isso não se Perdoa não. Temos pessoas iludidas prestando esse serviço aqui e temos quem concorda com isso. Nem vou comentar quem suja as mãos de sangue ou defende fazer.

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    1. Antonio Carlos Moreira

      Concordo totalmente com você, Hercílio. Respeito quem, em 2018, votou iludido em Bolsonaro e hoje o condena. Mas não perdoarei, ainda que parentes, como minha irmã, sua eleitora, e no segundo turno de 2022 vier dizendo: "Tudo bem que Ele foi o responsável pelo genocídio de 600 mil brasileiros na Covid. Mas, peraí, gente, votar no Lula não dá!"

  5. José Cardoso

    Quando se tem um relacionamento pessoal com alguém, o posicionamento político é uma característica entre muitas outras. Acredito que ela conhecesse bem o filosofo para perdoar sua ingenuidade política. E bota ingenuidade nisso, afinal ele já tinha uns 40 anos quando aderiu ao nazismo. Já para os leitores comuns, sua filosofia perde muito do interesse, pois parece escrita por quem tinha a cabeça nas nuvens, e não enxergava um palmo diante do nariz.

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  6. Peter Janos Wechsler

    Se Arendt tivesse conhecido os "Schwarze Hefte" de Heidegger, publicados muito depois da morte de Arendt, certamente não teria reatado com ele. Nazista inveterado que apreciava os "Sábios de Sion".

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  7. Galdino Formiga

    Primeiro domingo de inverno com boas indicações literárias. Felizmente sem assunto indigesto da medíocre política.

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    1. Mauricio Soares

      Galdino, onde não há política na coluna? É uma crítica aos asseclas que defendem o genocida miliciano (indireta, se quiseres, para que bolsomínions se iludam). E aos que conseguem conviver com os ditos. Leia com atenção...

  8. irzair correa

    Se levar o conta o mal que o nazismo causou para os judeus e amaneira como isso foi engendrado, por uma questão de princípios seria sensato que Arendt se distanciasse de Heidegger. O extermínio de judeus pelos nazistas que Heidegger apoiava não foi um evento fortuito, um acidente de percurso, foi planejado, executado com uma racionalidade instrumental assustadora e Arendt entendeu isso. Difícil para eu, é entender a força do amor e a capacidade de perdoar de alguém profundamente machucada.

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  9. Vito Algirdas Sukys

    É, no mínimo, obscuro, o que ocorreu entre Heidegger e sua discípula filosófica, Arendt. A filosofia de Heidegger, órfã da dimensão de poder ser testada pela experiência empírica, não conseguiu enxergar, apesar de seu pretenso rigor, e muito do seu obscurantismo, o mal que Hitler trazia para o mundo. Uma explicação racional ainda se faz necessária para o que se passou. Devemos ir na direção da razão e não da paixão...à procura de uma teoria plausível.

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  10. ricardo arantes martins

    Em 2018, Conheci muitas pessoas que da noite para o dia foi se tornando Jairista. Algumas eram pessoas próximas, com o coração bom e até muito estudadas. Eu nunca fui afeito as mídias sociais, então não entendia a velocidade que as coisas estavam acontecendo. Mas notei que Jair e asseclas trabalhavam o ódio. pegaram a decepção popular ao ver a extrema corrupção que assola a nação e transformaram em ódio. Conheço muitos que já saíram desta linha. Precisa de paciência, amor e muita conversa

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  11. Ayer Campos

    Tenho pessoas queridas propensas à 'estética' bozofascista, gerada por um fundo de ressentimento e rancor um tanto indeterminado e difuso, contra um mundo que realça a ignorância (tecnologia digital), sacode tradições longevas (patriarcalismo, binarismo sexual e de gênero) e (desculpem a obsessão) os contrastes obscenos entre os deleites imagéticos da sociedade do espetáculo e a miséria real que nos toca viver. No fundo, o medo.

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  12. SUELI Iossi

    Tema pertinente, no Brasil de hj temos que perdoar todos os dias, pessoas do nosso relacionamento que teimam em sua cegueira e defendem explícita ou veladamente JMB , em nome da paz , mas fora o círculo íntimo, não perdoo ngm, principalmente marcas, colegas, artistas e afins...boicote geral e irrestrito. Opinião política todos tem direito, mas apoiar gente maligna/miliciano é fora de qq limite do bom senso.

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  13. SUELI Iossi

    Tema pertinente, no Brasil de hj temos que perdoar todos os dias, pessoas do nosso relacionamento que teimam em sua cegueira e defendem explícita ou veladamente JMB , em nome da paz , mas fora o círculo íntimo, não perdoo ngm, principalmente marcas, colegas, artistas e afins...boicote geral e irrestrito. Opinião política todos tem direito, mas apoiar gente maligna/miliciano é fora de qq limite do bom senso.

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  14. MARCOS BENASSI

    Essa pergunta é candente e apropriada, Hélio. Ocorre que, na forma da propositura, há algo de muito definitivo: "há perdão?" Depende de tantas coisas... O tamanho da proximidade e do afeto, a constância e intensidade do envolvimento com as ideias facinorosas, como se dá esta prática etc. Em princípio, eu diria sim, evidente. Não tenho nenhum Bozofrênico em meu círculo imediato de afetos, este dilema não se põe para mim no momento. Mas evito conscientemente relacionar-me com quem o seja.

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  15. Roberto Gomes

    Carl Gustav Jung viu nos primórdios do movimento nazista algo de positivo, que depois criticou muito quando a Alemanha entrou em guerra, inclusive fazendo auto-crítica em sua própria obra.

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