Hélio Schwartsman > O medo como remédio Voltar

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  1. Guilherme Scarpellini

    Lembrando que o risco iminente de morte também é uma hipótese de exceção à autonomia do paciente. Ótimas considerações, como sempre. Abraço, Hélio.

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  2. Paulo Silva Barbosa

    Interessante que os laboratórios farmacêuticos donos da patentes mundiais , a Norvartis da cloroquina e hidroxicloroquina e a MSD ( Merck Sharp & Dohme0, da patente ivermectina, já publicaram na imprensa norte-americana e europeia, para seguirem a bula e evitarem o uso destes medicamentos no tratamento da covid-19, pois, não há nenhuma evidência de ação terapêutica nesta pandemia e assim eximem de processos futuros daqueles que foram tratados erroneamente e tiveram efeitos colaterais .

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  3. José Cardoso

    Conheço um sujeito que ganha a vida fabricando em sua casa remédios homeopáticos que consegue vender para fazendeiros aplicarem em animais. Os bichos não tem efeito placebo, mas provavelmente as coincidências de algumas melhoras reforçam a crença dos clientes e rendem histórias de curas para o vendedor. A cloroquina tem fundas raízes sociais...

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  4. Danilo Raslan

    Só esqueceu de falar sobre os efeitos colaterais, né colega?!

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  5. Vinícius Bazílio

    Sou estudante de medicina em Santa Catarina, um dos estados cujos médicos mais se propõe a utilizar o tratamento precoce, mesmo sem comprovação científica. Excelente e esclarecedor texto do Hélio, o qual acompanho nessa Folha há muito tempo!

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  6. Vito Algirdas Sukys

    Por outro lado a filosofia, como crítica dos pressupostos da ciência, parece enfrentar problemas. Kant assume que a ciência resulta de proposições sintéticas a priori. E pergunta como a natureza da mente torna esse conhecimento possível. A ciência moderna não aceita os pressupostos de Kant de conhecimento a priori da natureza. Kant diz para não mentir. O efeito placebo envolve uma mentira do médico. Como justificar a validade do efeito placebo? Pelo empirismo ou pelo racionalismo?

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    1. JOSÃ EDUARDO FEROLLA

      Vito, a (in)validade do efeito placebo não seria associação mental de conversão a um processo mágico que não é nem racional, nem empírico? Apenas suspeito e perigoso. Não existe o 'cogito', nem influência do ideal Kantiano- somente crendices. Sempre tem uns esquisitos prontos para justificarem a irracionalidade... .../Claudia F.

  7. Vito Algirdas Sukys

    Hume tentou levar o método da ciência a questões morais. Como empirista, indagou sobre o problema da indução. Por que a evidência de uma indução parece ser maior quando as instâncias observadas são maiores? Se eu queimo meu dedo quando toco um fogão quente eu posso generalizar? Hume não encontrou resposta para isso. O efeito placebo parece se encaixar no problema de tocar com meu dedo um fogão quente. Ele vai funcionar na próxima instância? 0 empirismo por si só parece não dar conta.

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    1. Jove Bernardes

      Fiquei sabido.

  8. ricardo arantes martins

    A disseminação de remédios falsos ao povo é um verdadeiro absurdo. Por outro lado, os governadores tem alardeado que até o final do ano o povo deverá estar vacinado com a 2ª dose. Temos de ter paciencia. Encerramos o 1º semestre com apenas 12% da população totalmente vacinada e com cerca de 1600 mortes dia. No mais, para os anos vindouros (a vacinação será anual) teremos vacinas nacionais e baratas, que vão de butanvac, universidades federais, USP.... paciencia.

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  9. PAULO PROL MEDEIROS

    A diferença entre o veneno e o remédio está na dose, já diz o ditado. Temo que injetaram tanto medo na população que algumas pessoas irão precisar de tratamento psiquiátrico para voltar a uma vida normal. Conheço quem já tomou as duas doses, seus parentes também já tomaram as duas doses, há mais de um mês e ainda não se visitam desde março do ano passado, nem se encontram na rua.....acredite, é real isto.

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  10. Ayer Campos

    Nunca é demais lembrar que o medo é o afeto principal das relações entre os cidadãos e as instituições estatais. O medo instaura a confiança mínima no Estado protetor e a mútua relação entre proteção e obediência leva ao “protego ergo obligo", que é o 'cogito ergo sum' do Estado” (Karl Schmitt). A tragédia conjuntural brasileira é: contra quem e contra o quê esperar proteção de um governo como este?

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    1. MARCOS BENASSI

      Aparentemente, Ayer, é no mutualismo da associação entre cidadãos, que estamos vendo ocorrer nessas mostras de pé na rua, que conseguiremos nos proteger de um Estado torto, em última instância - se tudo vai pelo melhor caminho - endireitando-o. Não responde diretamente à sua pergunta, percebo, também porque a resposta seria negativa: esse estado, não nos protege de nada, muito menos dele próprio.

  11. adenor Dias

    Chegou-se ao ponto! Estão causando medo na sociedade para evitar o contágio, pois não há remédio apto para a cura do coronavírus... Lutamos bravamente, por uma vida ridícula...

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  12. MARCOS BENASSI

    Hélio, caríssimo, há questões que ficam soterradas nessa discussão. Quando não há tratamento, a possibilidade concreta é a lida com os sintomas, não o engodo. Há diversas afecções que não tem "cura" medicamentosa, mas sobre as quais pode-se agir no sentido de abrandar o sofrimento. Agora, placebo é substância inerte, por definição, coisa que a cloroquina não é; tratá-la como aspirina, que "mal não faz", é irresponsável e faccioso. A Bozofrenia transmutou Herda em pirita, o ouro de tolo.

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