João Pereira Coutinho > Humoristas não podem errar, segundo a realidade paranoica progressista Voltar
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O que se passa com os jornalistas deste jornal? O que os problemas familiares do cineastas Wood Allen têm com a citação feita pelo sr. Coutinho? Wood Allen é digno de ser citado sem qualquer menção aos seus problemas familiares. Esta difÃcil suportar as ambiguidades da equipe de jornalistas da FSP, seja no plano cultural ( o Chico Buarque é somente cantor, não um excelente compositor e um excelente escritor), seja no plano polÃtico...
Texto fraquÃssimo. Uma tentativa desnecessária de defender piadas contra grupos minoritários. Por quê defender esse tipo de piada? Dizer que é pela defesa da liberdade de expressão ofende minha inteligência. Portas dos fundos tá há anos mostrando toda semana que é possÃvel fazer humor sem ser racista, homofóbico, misógino e etc. Ninguém tira deles o direito de liberdade da expressão. Qual o preço para se fazer um bom humor? Se o preço for fortalecer discursos excludentes, tá caro demais.
Resumindo seu comentário: "não vem com essa de liberdade de expressão não que é só não falar o que não pode que pode falar o que quiser"
O humor não pode ter limites. Se a piada é boa, há risos; se não é, há vaias ou crÃticas. Uma piada ocorrida há tanto tempo tem que ser vista com a realidade e costumes da época. O exagero do politicamente correto em todas as áreas, deixa em dificuldades até as avós do presente ao contar para seus netos as passagens cruéis de histórias infantis, que os netos do passado adoravam e pediam: conta de novo, vó. Na fabulação do pensamento infantil, tudo se resolvia com a punição do malvado da vez.
Punir alguém por algo dito há 20 anos é surreal. Mesmo se fosse um crime já estaria em fase de prescrição, e no caso eram apenas palavras.
É preciso muito engenho e arte para fazer humor com temas assim. Há alguns dias passei inadvertidamente por uma manifestação e, ao escutar o Hino da Independência, lembrei de Woody Allen dizendo que toda vez que ouve Wagner, tem vontade de invadir a Polônia.
Criticar em todos os tons é direito de quem lê e escuta. Proibir é o problema, e acontece muito.
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